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Após pressão pelo primeiro título, Grande Rio quer festejar na Sapucaí sem abrir mão da busca pelo bicampeonato

Escola de Caxias aposta na alegria de Zeca Pagodinho e na união da equipe para levantar mais um troféu

Ao desmitificar o orixá Exu no carnaval de 2022, o caminho para o título se abriu, a Grande Rio saiu da avenida ovacionada e levou o primeiro campeonato de sua história para Caxias, agora, para 2023 a expectativa pelo bicampeonato é enorme. A escola será a segunda a desfilar no domingo de carnaval, no dia 19 de fevereiro, quando levará para a Marquês de Sapucaí uma homenagem ao cantor Zeca Pagodinho, através do enredo “Ô Zeca, O Pagode Onde É Que É? Andei Descalço, Carroça E Trem, Procurando Por Xerém, Pra Te Ver, Pra Te Abraçar, Pra Beber E Batucar”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora.

Fotos: Allan Duffes e Nelson Malfacini/Site CARNAVALESCO

Desde 2008, quando a Beija-Flor de Nilópolis se sagrou campeã, o Grupo Especial do Rio de Janeiro não vê uma escola ser bicampeã do carnaval, a Grande Rio sabe do tamanho da responsabilidade, mas acredita que pode quebrar esse estigma, afinal, conversando com alguns segmentos é possível perceber o quanto a escola está feliz e empenhada a pisar forte na avenida para levar o segundo troféu para a comunidade de Caxias.

O diretor de carnaval, Thiago Monteiro, acredita que a força da escola está na leveza, o enredo sobre Zeca Pagodinho pede isso, a escola está alegre e incorporou o espírito do homenageado. Thiago compara esse ano com os últimos carnavais da tricolor, em 2020 o foco era respeitar a religião, em 2022 desmitificar a entidade Exu, para o próximo ano a escola quer celebrar o campeonato e embarcar no modo de viver de Zeca.

“Ser bi é mais difícil que ser campeão, a gente tem plena consciência disso e eu acho que a nossa força está na nossa leveza, na nossa simplicidade, alegria, no nosso celebrar. Eu acho que a nossa força tá aí esse ano, não tem essa pressão do primeiro título, mas tem as nossas pressões internas de manter isso e essa pressão interna é mais difícil que a externa. Então, a gente trabalha firme, trabalha forte, concentrado, mas dentro do nosso modo se o modo Tatalondirá era respeitar a religião, o modo do Exu era você desmistificar uma entidade, esse ano é celebrar um campeonato com o maior ídolo da música popular brasileira”, diz o diretor.

Ao ser perguntado se é uma vantagem para a escola ter mantido todo o time vencedor do último carnaval, Thiago acredita que foi muito importante e faz uma analogia com o futebol, para ele é como se fosse um time de futebol que joga junto há anos, toda a equipe já sabe onde vai jogar, todos se conhecem e o entrosamento é fundamental.

“Muito importante, claro. Aquele time que já sabe onde vai jogar, todo mundo já onde vai tocar a bola, onde a bola tá matada, aqui é um ponta esquerdo, aqui é um goleiro, todo mundo já sabe quem é o para-raio, quem é todo mundo, já tá tudo certo. Isso é uma grande vantagem, sim, da Grande Rio é manter o time”, pontua Thiago.

O primeiro título da Grande Rio também foi o primeiro de Thiago no Grupo Especial, perguntado sobre o que mudou em sua vida, ele diz que foi uma realização profissional e um sonho antigo, ele já havia sido campeão do acesso, mas que agora foi a concretização do sonho, ele ainda agradece a Grande Rio por ter proporcionado isso a ele.

“Eu tava perseguindo, né? Porque eu fui vice com a Tuiuti em 2018, fui vice com a Grande Rio em 2020, e graças a Deus chegou em 2022. Mudou que eu acho que é uma realização profissional, é um sonho que eu tinha antigo, tinha sido campeão na Império da Tijuca em 2013 no acesso, mas acho assim é aquela sensação, caramba, chegamos ali a gente lutou tanto, só que a gente gostou e quer manter, mas pra mim pessoalmente é uma realização profissional e pessoal muito grande, eu tenho muito a agradecer a Grande Rio por ter proporcionado isso”, conta Thiago.

Mestre Fafá, comandante da bateria invocada de Caxias, acredita que não existe pressão dentro da escola para o bicampeonato, o que aconteceu em 2022 foi algo único, mas ele acredita que se a escola conseguir repetir pode se credenciar para o bi. Fafá diz que o segredo é trabalhar bastante e correr atrás dos pontos necessários para o campeonato.

“Eu acho que não existe isso (pressão) porque em 2022 a gente fez um grande desfile. A gente sabe que se repetirmos o que a gente fez na pista eu acho que a gente se credencia ao bicampeonato. Mas cada ano é ano, cada desfile é desfile. Esse ano é uma nova temática, um novo pensamento, desenvolvendo Zeca Pagodinho. Então, acho que é a gente buscar tentar repetir o que a gente fez, que a gente sabe que é difícil e complicado, mas sabemos também do que a gente não pode deixar de fazer, os pontos que a gente conseguiu ter dentro da escola pra gente conseguir esse título. Quem sabe a gente não consegue esse bicampeonato, tem anos que isso não ocorre, vou ficar muito feliz se Grande Rio conseguir, é o que eu digo todos os dias, voltamos a trabalhar do zero e
sabedoria pra conseguir esse campeonato”, conta Fafá.

Assim como Thiago Monteiro, o título da Grande Rio também foi o primeiro de Fafá, ele diz que é extremamente grato ao carnaval por tudo o que conquistou e que o título possibilitou que muitas portas se abrissem para ele, como viagens a trabalho para dar aulas e outras tantas oportunidades.

“Mudou muito, primeiro você entra pra história da escola, a escola que eu fui nascido e criado, aonde eu devo tudo que hoje sou no carnaval e na música, fico muito feliz, mudou muita coisa, me abriu muitas portas, eu fiz muitas viagens, muitos conhecidos, dei muitas aulas em muitos lugares, eu já dava aula, mas me abriu muito mais leques de oportunidade. Então, fiquei muito feliz, muito feliz mesmo, estou muito agradecido”, finaliza o mestre.

Evandro Malandro, intérprete oficial da escola, diz que a homenagem ao Zeca surgiu no momento ideal, afinal, a escola está celebrando seu campeonato e a alegria do Zeca vem para somar, ele diz que o campeonato de 2022 foi fruto de muito trabalho e consequência dos belos trabalhos apresentados. Para Malandro, o carinho da comunidade somado ao espírito alegre do homenageado e a união da equipe levarão a Grande Rio ao bicampeonato.

“Eu acho que não tinha momento melhor para uma grande homenagem logo depois de um excelente campeonato. A gente etá muito feliz, focado, preparando um grande desfile e a motivação com certeza veio do campeonato, mas veio também dos belos desfiles que a gente vem fazendo. O carinho da comunidade só ajuda. Muito feliz de poder presentear eles, o carnaval de uma maneira geral colocando o Zeca Pagodinho como o nosso anfitrião e se Deus quiser é o cara que vai nos trazer o bicampeonato. Graças a Deus conseguimos montar um núcleo muito coeso, forte, unido, essa sementinha que deu frutos, o nosso presidente não quer deixar ninguém desgarrar. Acho que é justamente por aí. É a união que a gente teve e a gente levou isso a todas as nossas apresentações. O nosso diferencial está aí. Essa união que a gente fez, esse bom trabalho que é montado e executado, a gente vai levando isso pra tudo quanto é lugar e os frutos são o carinho virtual, o carinho presencial que a gente recebe”, diz o intérprete.

Evandro conta que morava em Friburgo e vinha para o Rio cerca de três vezes por semana para ensaiar com a Grande Rio, hoje, ele diz que a maior mudança que o campeonato provocou foi ele ter se mudado, junto com sua família, para o Rio a serviço da escola. Ele agradece a Grande Rio pela vida que tem hoje e diz ser muito grato por tudo.

“Na minha vida mudou tudo, para todo mundo que me conhece, o Malandro teve uma trajetória árdua, todo mundo tem, mas o fato de morar muito longe, morar em Friburgo e vou e volto três vezes por semana, às vezes quatro, vim pro Rio e voltar pra Caxias no mesmo dia e agora graças a Deus eu já estou morando no Rio a serviço da Grande Rio eu acho que a mudança foi gigantesca na minha vida. Agradeço muito a Grande Rio pela vida que eu tenho hoje em dia e vida da minha família”, finaliza o cantor.

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