A apresentação da Fiel Bateria de mestre Caliquinho foi próxima de correta. A tradicional subida de quatro dos surdos ecoou na bateria da São Clemente, possibilitando bom balanço na primeira do samba, junto com o arranjo musical que engloba uma espécie de virada no trecho “Pra platéia vibrar, gargalhar, delirar”. O swing das terceiras preencheu a musicalidade, propiciando um molho envolvente e amparando musicalmente repiques e caixas. O acompanhamento das peças leves teve uma ala de tamborins com bom volume sincronizada com um naipe de chocalhos que tocou com firmeza e coesão, além de uma ala de cuícas boa.

As paradinhas possuem grau de dificuldade de execução acima da média. Infelizmente o chapéu da bateria da São Clemente, que veio vestida de Dona Hermínia, abafou a audição dos ritmistas, impedindo um retorno sonoro adequado para a execução precisa das bossas. Esse fato representa um profundo desrespeito com os ritmistas clementianos, que tanto ensaiaram para no momento do desfile oficial perderem a capacidade auditiva, influenciando na execução das paradinhas que infelizmente deixou a desejar nos primeiros módulos de jurados. Foi possível evidenciar um sutil desencontro de surdos durante a execução da bossa do refrão principal na segunda cabine, no momento de um tapa cheio que deveria ocorrer de forma uníssona, mas acabou gerando certo choque rítmico.

Cabe ressaltar a boa educação, respeito e generosidade de um dos julgadores do último módulo, que após a bateria da São Clemente executar a sua paradinha de frente pro júri, sinalizou de modo imediato ao Mestre Caliquinho para prosseguir, devido ao tempo perto do limite de estouro.

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