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Ala musical e bateria são destaques no ensaio técnico da Império de Casa Verde

Ensaio teve como destaques positivos o intérprete Carlos Júnior, que continua abrilhantando o carro de som do ‘Tigre Guerreiro’ e a bateria ‘Barcelona do Samba'

O Império de Casa Verde realizou o seu primeiro ensaio técnico, na noite de sábado, visando seu desfile em abril. O treino foi marcado pela presença do influencer e humorista, Carlinhos Maia. O enredo da escola para 2022 se trata da comunicação e, o artista, por sua
gigante figura dentro da internet, está sendo homenageado pela agremiação. O ensaio também teve como destaques positivos o intérprete Carlos Júnior, que continua abrilhantando o carro de som do ‘Tigre Guerreiro’ e da bateria ‘Barcelona do Samba’, regida por mestre Zoinho. Porém, a harmonia e evolução da escola, deixou muito a desejar. Muitos momentos em que não houve sincronia e que precisa ser corrigido. Além do influencer Carlinhos Maia, o ensaio também contou com a presença de Waleska Reis.

Harmonia

É fato que o sistema de som do Sambódromo do Anhembi ainda não está totalmente pronto. Só o carro de som é base para a audição completa, mas há de se notar que vários componentes estavam perdidos e atravessavam a letra do samba. A comunidade teve um
desempenho satisfatório no canto, sabiam a letra, mas queira ou não, errar o tempo do samba, requer uma atenção especial do  departamento de harmonia da escola e da direção de carnaval. Vale ressaltar que isso foi até cobrado pelos próprios dentro do treino. Um exemplo é a ala “Q Fase”. Os componentes entraram na avenida sem cantar e, quando começaram a entoar o hino, perto do setor B, atravessavam o samba.

Rogério Tiguês, diretor de carnaval, fez um balanço geral. “Muito positiva a avaliação. A escola cantou, conseguimos colocar tudo dentro do programado dentro da pista, então foi tudo muito positivo. Ficamos muito contentes mesmo. Têm alguns detalhes, uma coisa ou outra. Alguns componentes que estão chegando agora e precisam de orientação, mas em geral foi muito bacana” analisou.

O diretor revelou uma alteração no regulamento de evolução e comissão de frente. “Só uma pequena alteração agora, que qualquer distância entre a comissão de frente e o que vem atrás agora não é mais julgado em comissão de frente, e sim em evolução. De resto
normal, e tudo que passamos, passamos normal”, falou.

O diretor de harmonia, Serginho, também fez uma avaliação geral. “Acho que foi muito bom o ensaio. Depois de dois anos, tudo que passamos na pandemia, com as pessoas preocupadas. Acho que foi muito bom. A escola veio com um contingente bom. A escola veio com um andamento legal. Claro que sempre tem coisa pra ajustar, é normal. Acho que não podemos que nos dar por contentes, que foi tudo certo. A gente tem que sempre que ter um olhar mais técnico, mais crítico. Mas vejo com bons olhos, e acho que foi um bom
ensaio”, comentou.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal de mestre-sala e porta bandeira, Rodrigo Antônio e Jéssica Gioz não deixou a desejar neste último ensaio. Na apresentação às torres dos jurados, mostraram boa sincronia e sorriso no rosto. O mestre-sala olhava para a porta-bandeira a todo instante. Destaque para a coreografia dentro do samba, principalmente na segunda parte do samba, onde eles se movimentavam de um lado para o outro, esquerda e direita. Jéssica estava vestida de azul e Rodrigo de branco. Cores do Império de Casa Verde.

A porta-bandeira, Jéssica Gioz, avaliou o ensaio. “Acho que a escola está super bem preparada. Não paramos de trabalhar nos últimos dois anos, e agora demos uma intensificada. Acho que o resultado para o primeiro ensaio técnico da escola foi ótimo. Sempre tem pontos a serem melhorados. Até um dia antes a gente até acerta alguns detalhes. Porque na dança é nos detalhes, é muito minucioso, até mesmo um dedo parado errado fica estranho quando duas pessoas que têm que espelhar uma dança. A gente sempre acerta”, analisou.

Jéssica também disse que houve mudanças na forma de julgar o quesito.”‘Colocaram elementos a mais. O apresentador tem que iniciar e finalizar a apresentação do casal, e em contrapartida o jurado continua avaliando dentro do campo de visão dele. Ficamos com muita dúvida, pois gerou muita ambiguidade de informações. Por isso que a gente está pegando nos detalhes, pois dança de mestre- sala e porta-bandeira é muito minuciosa”, completou.

O mestre-sala, Rodrigo Antonio, também comentou a mudança. “Ainda mais que a reunião de jurados foi hoje, né. Hoje mais cedo. E como veio mudando muitas coisas, a gente tem sempre que estar se alinhando e intensificar o trabalho exatamente no que vão julgar. O
ponto alto da escola foi a união”, disse.

Samba-enredo

Como dito anteriormente, o intérprete Carlos Júnior, foi um dos destaques. Impressionante a atuação dele. Outra vez mostrou sua identificação com a escola, principalmente na arrancada. Ele coloca a comunidade para cima de uma forma absurda. O cantor está indo
para seu décimo carnaval seguido no Império de Casa Verde. Sobre o samba, o hino da agremiação é criticado, mas o cantor consegue dar um gás imenso e contornar isso.

Porém, como também  foi observado, houve muitos componentes que não estavam sincronizados com a ala musical. A parte mais cantada pela escola, foi o refrão principal, também pela facilidade de rimas e letras que os versos proporcionam.

O intérprete Carlos Júnior avaliou o ensaio. ‘Acho que foi mais divertido do que técnico. Nós estamos há tanto tempo sem carnaval, no Anhembi, que todo mundo gostou de mantar essa saudade. A alegria e a emoção a gente conseguir trazer bem pra esse ensaio. Usamos apenas o carro de som, temos bastante gente no nosso time de ala musical, temos sete cordas, quatro cantores e, pra acertar isso com apenas um retorno, mostra que a equipe ficou madura e a gente conseguiu terminar, fazer um grande trabalho e passar uma bela
energia pro povo”, disse.

O cantor analisou seu entrosamento com o diretor de bateria, mestre Zoinho. “Essa gestão do Alexandre Furtado, vai fazer 10 anos e ele brigou muito pra gente ficar junto e, eu acho que o tempo, vai fazendo a gente criar casca, ficar maduro. Acho que Zoinho e eu, cada um no seu departamento, entendemos a necessidade da escola. Também tem a questão da nossa quadra nova, que a acústica é maravilhosa. Nós podemos cantar tranquilo sem disputar com a bateria e sem chegar aqui cansado. Se contratou engenheiro, arquiteto, especialista em som para o resultado ser esse. Estou fazendo entrevista com você e daqui vou fazer um show’, finalizou.

Bateria

A bateria ‘Barcelona do Samba’, regida por mestre Zoinho teve um ótimo desempenho. Desenvolveu três bossas no treino. Destaque para o chamado ‘apagão’, que os diretores estão usando muito para se referir às paradinhas. No refrão principal, a bateria para, só fica o surdo na marcação e a comunidade canta a uma só voz. Tal bossa arrancou aplausos do público presente no Anhembi. Vale destacar também que ainda nessa execução, a bateria faz uma coreografia, andando de um lado para o outro.

Mestre Zoinho, diretor de bateria do Império de Casa Verde, mostrou otimismo sobre o treino. “Foi o primeiro ensaio técnico. Hoje deu pra gente fazer uma melhor avaliação da nossa performance na avenida. Foi muito positivo. A nossa proposta foi fazer um samba cadenciado e foi muito boa. Conseguimos fazer todas as paradinhas e bossas que queríamos, da maneira que a gente imaginou e ensaiou. Foi emocionante também porque foi a nossa volta pra valer. A gente sabe que tem que melhorar muito, somos perfeccionistas, mas foi positivo. Temos mais um ensaio técnico, está tranquilo e vamos trabalhar’, falou.

Zoinho também comentou sobre as bossas e, em especial, a paradinha do primeiro refrão. “São três bossas que a gente está fazendo. Tem uma que não chega a ser um apagão, porque ficamos naquela marcação com o surdo. A maioria das escolas para geral e
deixa a escola cantar. Só que a gente coloca o surdo de primeira pra comunidade cantar legal e a arquibancada também. Começamos a ensaiar isso em outubro. Foi uma ideia em conjunto, minha, meu diretor de carnaval e de harmonia”, completou.

Evolução

Esse quesito da escola requer uma atenção muito especial nos próximos ensaios. Tem muitas coisas a serem corrigidas para o próximo treino no Anhembi. Por exemplo, a escola não conseguia acompanhar a comissão de frente. Tanto é que, muitas vezes, as alas tinham que parar no lugar em que estavam. Isso não pode acontecer.

Devido a isso, alguns integrantes da harmonia, não se encontraram e até conversaram rigorosamente dentro do próprio treino. Não houve grande sincronia entre eles. Portanto, é algo que deve ser reparado para o próximo ensaio técnico.

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