Beija Flor02 1A azul e branca da baixada fez uma crítica, nesta segunda-feira feira, à imigração europeia na história do país. A medida foi uma medida racista da época como uma tentativa de embranquecimento da população. Na 13° ala, a Beija-Flor levou o tema “Cota Para Branco”, a escola mostrou que enquanto os negros sofriam com medidas proibitivas, europeus recebiam privilégios do governo brasileiro.

“O Brasil é um país historicamente castigado. […] É importante a Beija-Flor levantar essa bandeira e mostrar para a sociedade brasileira que a gente precisa falar de cotas e de tudo que a população negra sofreu. Brancos tem privilégios e os negros sofrem todos os dias,” disse Andrielly Santos, advogada, desfila há 5 anos pela escola.

A ala veio fantasiada com uma blusa branca e uma calça preta. Os componentes usavam malas brancas e sacos dourados escrito branco. Na cabeça, um chapéu preto com detalhes dourados e o rosto com uma tinta branca. Nas costas, uma capa em forma de circulo com pontas espetadas brancas e verdes.

Beija Flor03 1“A crítica é muito importante, é necessária. O grito dos excluídos vem como uma forma de fazer a sociedade mudar. Acho que deveriam existir mais políticas públicas pra gente, porque o país ainda é muito desigual”, disse Diogo de Castro, designer, desfila na Beija-Flor há 3 anos.

Luciana Castro, responsável pela harmonia na escola, explicou que o rosto pintado de branco e a mala branca representa os privilégios dos brancos. “Representa o poder que brancos tem e os negros nunca tiveram. É a diferença e a desigualdade.

A Beija-Flor foi a penúltima escola a apresentar nesse segundo dia de desfile. A azul e branca deu voz aos excluídos em seu desfile nesta segunda.