Por Fábio Martins Gustavo Lima e Lucas Sampaio
A equipe do site CARNAVALESCO acompanhou a abertura do Carnaval 2022 em São Paulo. Abaixo, você confere a análise de cada apresentação e galerias de fotos. A disputa é pesada, apenas uma escola de samba sobe para o Grupo de Acesso I, enquanto a última colocada vai para o Grupo Especial de Bairros, uma espécie de quarta divisão, esta que é administrada pela UESP e os desfiles não são no Anhembi. Pelo que foi apresentado na Avenida, Nenê e Peruche vão brigar pelo título. Em situação delicada estão Brinco da Marquesa, Camisa 12 e Dom Bosco.
Brinco da Marquesa
A atual campeã do Grupo Especial de Bairros, Brinco da Marquesa, abriu a noite de desfiles com o enredo “Estação Japão-Liberdade. Do Afro ao Oriental”. O desfile contou a história do bairro da Liberdade, que é famoso pela forte presença da cultura oriental. O nome, porém, é uma referência ao período colonial, em que foi transferida para a região a primeira forca de execução, onde muitos negros foram mortos enquanto quem assistia clamava por sua libertação. Iniciando a apresentação, a comissão de frente representou os Guardiões Ancestrais através de uma dança simples, atuando como observadores dos fatos e saudando o público. O carro abre-alas foi uma referência ao Largo da Força, onde as sentenças de execução eram aplicadas, e fez uma representação adequada dos elementos propostos no enredo.
A chuva que caiu durante o desfile prejudicou a dança de Ronaldinho e Juliana Ferreira, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Com a pista bastante escorregadia, a apresentação do casal, que veio representando o Tempo Colonial, se tornou bem burocrática, e ainda assim não conseguiram escapar de erros. O clima foi um adversário ingrato para a escola, mas não comprometeu a evolução em si, que se mostrou segura e sem pressa.
O samba foi de fácil leitura e bem apresentado pela equipe de canto liderada por Buiu MT e André Luiz. A bateria arriscou algumas bossas que foram bem executadas ao longo do desfile. A harmonia, porém, não contribuiu conforme o esperado, havendo diversos problemas de percepção de canto. Ao final da apresentação, uma das esculturas principais do segundo carro se quebrou e quase caiu na avenida. Foi preciso que componentes da escola carregassem ela até o fechamento do portão, que ocorreu com 48 minutos.
Camisa 12
A atual vice-campeã Camisa 12 adentrou o imaginário popular com o enredo “Um Conto para Mil e Uma Noites. A Viagem da Pantera pra lá de Bagdá”. Na apresentação, Aladim e o sultão disputam, em uma jornada pelo mundo antigo, quem encontrará a mais linda flor. Ao vencedor, o amor em forma de flor, o último dos desejos sugeridos pelo Gênio-Pantera. A comissão de frente apresentou a escola representando em suas roupas a comunidade árabe, com uma dança neutra. O Abre-alas contou com uma grande pantera, símbolo da escola, na frente e elementos alusivos ao conto das Mil e Uma Noites Árabes.
Com a pista ainda bastante molhada, o primeiro casal da Camisa 12, Luan Camargo e Angélica Paiva, também tiveram dificuldades em evoluir na avenida para representarem Aladim e a Linda Flor. O mestre-sala escorregou diversas vezes, enquanto a porta-bandeira fez giros muito lentos.
Nem mesmo tendo a participação de Dudu Nobre na composição, o bom samba da escola conseguiu contagiar os componentes, que apresentaram canto pouco perceptível. A bateria não se arriscou muito, com bossas realizadas dentro do regulamento.
A passagem da Camisa 12 foi marcada por problemas. O sistema de iluminação do segundo carro veio apagado, o que pode comprometer o julgamento do quesito alegoria. Com grande volume e uma evolução muito irregular, a escola precisou correr bastante no final do desfile e mesmo assim não foi o suficiente para fechar o portão dentro do tempo, encerrando a apresentação com 51 minutos, um a mais do que o máximo estabelecido.
Uirapuru da Mooca
Terceira escola a desfilar, a Uirapuru da Mooca exaltou aquela em que se fez presente com o enredo “O Uirapuru canta os encantos da noite”. O desfile apresentou o mundo que se faz presente nesse período dos nossos dias. Dos animais, lendas e mistérios, até a vida boêmia, festejos e músicas que a luz do luar inspira com seu brilho imponente. De casais apaixonados a histórias de terror, a noite é cenário marcante na vida das pessoas. Representando Pajés e a Índia Jaci, a comissão de frente veio bonita e com uma dança animada. O carro abre-alas, “Violeiros – Serenata na Fazenda”, teve leitura fácil e representou bem o início da boa apresentação da agremiação.
Com a pista já secando, o primeiro casal da Uirapuru, Anderson Guedes e Pâmela Yuri, conseguiu evoluir com naturalidade e se mostraram seguros durante sua apresentação aos jurados. Representaram bem suas fantasias denominadas “A Música”. Os componentes da escola conseguiram brincar sem preocupação, e com exceção de um pequeno erro rapidamente corrigido à frente do primeiro carros, tudo transcorreu normalmente.
A harmonia da escola chamou atenção por interagir bem com as bossas da bateria, que não se escondeu e fez a sua parte para levantar o público ao som do samba defendido pelo já conhecido intérprete Vaguinho. A escola encerrou seu desfile com muita tranquilidade, aos 47 minutos de apresentação.
Primeira da Cidade Líder
Com o enredo “Cordel Africano – Da Mãe África para o Nordeste Brasileiro, a Herança Cultural de uma Raça”, a Primeira da Cidade Líder contou em forma de cordel a história da origem do povo nordestino, que contou com forte miscigenação de escravos africanos que instauraram quilombos na região. O mais famoso deles, Palmares, foi onde Dandara e Zumbi lutaram para proteger as tradições de seus ancestrais e a liberdade de seus irmãos de origem. Guerreiros Ancestrais foram os responsáveis por apresentar a agremiação na comissão de frente, e fizeram uma boa apresentação com suas belas fantasias. Representando um navio negreiro observado por uma escultura da Mãe África, o carro abre-alas ditou o tom de uma segura apresentação da comunidade da Zona Leste.
Fabiano Dourado e Sandra de Jesus foram o Rei e a Rainha do Maracatu, e defenderam com vigor o pavilhão principal da escola. O primeiro casal fez uma boa dança e pareciam satisfeitos com sua apresentação. A Cidade Líder entrou no clima favorável e conseguiu dar um andamento agradável, com evolução positiva.
O samba conseguiu mostrar que é possível falar de África com tempero nordestino, e a bateria brincou com o samba de forma leve, com bossas bem aplicadas. A harmonia correspondeu nesses momentos, mostrando a disposição da comunidade em defender sua escola, que fechou a apresentação sem percalços com 48 minutos.
Unidos de Santa Bárbara
A quinta escola a entrar no Anhembi pelo Grupo de Acesso II foi a Unidos de Santa Bárbara, escola que cantou “O Sol Nascerá”. A escola do Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, buscou trazer luz, alegria, amor e esperança em seu desfile. Desenvolvido pelo carnavalesco Anderson Paulino, a escola abordou esse tema na mitologia grega, egípcia, chinesa e nas Américas. Logo em seu abre-alas a escola trouxe o ‘Templo dos Deuses’, além do Sol, tivemos Deus Rá, Deus Apolo, círculos astrológicos, e esculturas egípcias. Enquanto a comissão trouxe o Rei Luiz XIV como principal elemento, este que trouxe o Sol em uma dança de carnaval, foi uma dança bem envolvente, intensa e movimentada principalmente pela representação do Rei Luiz XIV, assim foi desempenhada de forma satisfatória.
O casal Welson Roberto e Waleska Alves, vestidos de Sol e Lua, fizeram uma apresentação correta, leve e condizendo com fantasia, os passos sincronizados, foi um ponto para vermos na escola. Falando em fantasia que por sinal em suas doze alas, buscaram trazer o sol em diferentes esferas. No carro dois trouxe raízes indígenas, índio Guaraci e esculturas nordestinas.
A evolução da escola desempenhou seu papel dentro da pista, veio em bom tamanho e mesmo assim terminou sem pressa, com 47 minutos de desfile, bem compacta. A harmonia da escola teve pontos a serem ressaltados no canto, este que acabou faltando. O samba fluiu de forma leve devido o time de canto com Elci levou bem. E em junção disso, a bateria comandada por Mestre Wallace, estavam vestidos de ‘Alalaô, mais que calor’, famosa marchinha de carnaval e roubaram a cena, destaque da escola com suas bossas combinando com samba, levantando o público com seu desempenho muito interessante.
Torcida Jovem
Em seguida, a Torcida Jovem, fundada a partir de torcedores do Santos, trouxe o enredo: “Bela Vista. Berço Cultural desse País”. A escola volta às raízes de onde surgiu como bloco carnavalesco em 1978. Trouxe a diversidade da região central de São Paulo como pontos gastronômicos, culturais e construções históricas. No abre alas trouxe a tradicional Festa da Achiropita, a maior festa italiana do Brasil, que visa ajudar a manter projetos sociais na comunidade. Enquanto a comissão de frente foi representada por Arautos, anunciando a chegada da escola, em uma dança interessante, onde eles viravam para justamente a escola, e faziam menção de anunciar a entrada da agremiação em uma cena marcante, ponto alto da escola.
No carro dois vimos a Música e Boemia do bairro tão tradicionalista de São Paulo e o Carro 3 em homenagem a Vai-Vai, escola com mais títulos do carnaval paulistano que é do Bixiga, foi o destaque. As fantasias mesclaram religiosidade, música, gastronomia, teatro e carnavais antigos.
O primeiro casal veio de ‘herança africana’, Lucas Rodrigues e Dani Motta desempenharam sua dança sem problemas, mostraram entrosamento nos passos, uma maneira bem satisfatória e sincronizada nas mãos, olhares, e claro, gestos. A harmonia não foi um dos principais pontos positivos, faltou canto em algumas alas. Enquanto a evolução foi dentro do esperado, a escola passou bem, em ordem e fecharam com o cronometro virando de 45 para 46 minutos, ou seja, sem pressa para esse fim. Na parte do time de canto, o samba fluiu com tranquilidade pela pista. Enquanto a bateria dos Mestres Mi e Marcelo Caverna auxiliaram esse desempenho, levando no ritmo da escola de uma maneira condizente com o samba que estava na pista.
Nenê de Vila Matilde
A segunda maior campeã do carnaval de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde resolveu reeditar um enredo de 1997, “Narciso Negro”. Desenvolvido por Fábio Gouveia, a escola buscou resgatar valores e respeito ao negro. A comissão de frente veio como um resgate para a reflexão, e trouxe o espelho que moveu a dança, junto com o elemento central foi o fundador da escola ‘Seu Nenê’, executaram passos firmes, ao mesmo tempo envolventes pela sua intensidade, e abriram bem os caminhos da agremiação. No abre alas trouxe o ‘Reino de Oxum’, e chegou mostrando a força da escola com seu acabamento.
Já no carro dois, buscou a influência do povo africano na identidade cultural brasileira, ou seja, uma mistura muito grandiosa na história. No último carro, o três, homenageou a própria escola pelo seu trabalho desde 1949, e se auto titulou como ‘quilombo Azul e Branco’, pois cumpriu o que propôs.
As fantasias tiveram temas ligados à religiosidade, gastronomia, e outras misturas entre Brasil e África como o café. A bateria comandada por Mestre Matheus, vestia Herança Viva de Zumbi, e teve um desempenho bem satisfatório, combinou ritmo com samba e execuções das bossas. A harmonia foi bem com alas cantando samba de cor, tranquilos, enquanto a evolução da escola desempenhou de maneira satisfatória, encerraram desfile com 48 minutos, com sorriso no rosto dos componentes e da harmonia da escola. O samba funcionou e a escola cantou bastante junto com sua torcida, sendo o destaque neste desfile. E por fim, o casal vestido de Vaidade Africana, Thayla e Cley desempenharam bem seus passos, na troca de gestos, olhares e mãos, sempre bem sincronizados, bailado leve de ver, ou seja, mostraram entrosamento importante no quesito que leva o pavilhão.
Unidos do Peruche
Outra escola tradicional de São Paulo, a quinta maior vencedora da elite, a Unidos do Peruche está no seu segundo ano no Grupo de Acesso II e o seu enredo foi “Água… Divinas Bênçãos”. Logo em sua comissão de frente representou águas dançantes, e no abre alas apresentou Planeta Terra e o Ventre da Mãe, dois grandes elementos que contém água importantes para a vida. Enquanto no carro dois tivemos orixás das águas e a lavagem do Bonfim, por fim no último carro a preservação entrou na pista e na parte de trás com detalhe de xô Covid.
O casal Kawê Lacorte e Nathalia Bete, vestidos de marés, passaram com tranquilidade durante a sua apresentação. A bateria comandada por Mestre Acerola de Angola representou a poluição e destruição, desempenhou muito bem na avenida, foi o destaque com suas bossas e leveza, ajudou a conduzir o samba que exige momentos da bateria interagir, e funcionou bem nesses trechos do samba como “Tem água de cheiro, xeu êpa babá”.
Com esse cenário, a harmonia da escola na parte do canto fluiu bem, o samba foi leve, a junção carro de som com a bateria desenvolveu de maneira satisfatória e a evolução da escola foi bem compacta, fechando com 49 minutos de desfile sem nenhum problema.
Imperador do Ipiranga
O Imperador do Ipiranga, que foi a nona escola a entrar na pista, levou o enredo “Imperador e Nações Unidas – Semeando Amor Para Colher Felicidades”. No começo do desfile, a agremiação entrou com a sua comissão de frente, onde simbolizava a luta entre o bem e o mal, regida pelo orixá Ogum. O abre-alas do Imperador, representava uma homenagem à paz. A alegoria, foi o grande destaque da escola no desfile. Belas esculturas de negros e índios e, na frente, uma grande coroa, que é o pavilhão da agremiação. A comissão de frente executou uma dança simples. Vestidos de branco e preto, o elenco se movimentava de um lado para o outro da pista apresentando a Imperador.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vitor Barbosa e Pamela Cristina, bailaram corretamente e fizeram a coreografia como se manda dentro do samba. Ora executavam movimentos simples e ora aceleravam a dança. Apesar de fechar os portões aos 48 minutos, a evolução não deixou a desejar. Porém, as alas não estavam móveis. A dança ficou em linha reta.
A bateria da agremiação, regida por Vinicius Morello, não executou tantas bossas durante o trajeto. Pelo jeito, o objetivo maior da batucada era marcar o samba para o funcionamento da harmonia e do carro de som. O canto do Imperador, teve um desempenho razoável. Algumas alas cantavam forte e, em outras, o desempenho caía consideravelmente. O samba-enredo, tido como um dos melhores do grupo, teve um desempenho satisfatório.
Amizade da Zona Leste
Décima escola a passar na avenida, a Amizade da Zona Leste, apresentou o tema “Dandara”, onde contou a história de uma escrava guerreira que lutou bravamente e foi símbolo de resistência para as mulheres. Dando início à apresentação, a comissão de frente representava a luta de Dandara contra os capangas que oprimiam os escravos e, o carro abre-alas, simbolizava o ‘Quilombo dos Palmares’. A alegoria trazia um grande rosto de Dandara bem na frente, dando ênfase ao enredo. De fato, a comissão apresentou uma dança muito cênica. Uma verdadeira obra de encenação. Foi o quesito destaque de todo o desfile.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Leonardo Henrique e Mariana Vieira, que desfilou logo após a comissão de frente, veio representando os orixás ‘Xango e Iansã, usando cores quentes, misturando o laranja com o amarelo’. A dupla executou uma coreografia com danças lentas. Nas alas, a evolução fluiu de maneira correta. Porém, na última parte do desfile, não houve compactação entre a escola. Houve um considerável espaçamento.
A bateria da agremiação, regida pelos mestres Camilinho Ieié, Felippo e Vinicius, teve uma bela atuação no desfile. Destaque para a bossa do reggae dentro do primeiro refrão. Também, dentro desse ato, a batucada parou na frase ‘a amizade pede a libertação’ e deixou a comunidade cantar a uma só voz. O intérprete Rodrigo Atração, conduziu o samba de maneira satisfatória. Porém, o canto da escola deixou demais a desejar. Muitos componentes sequer sabiam o samba. O quesito harmonia foi o ponto baixo na apresentação da Amizade Zona Leste.
Tradição Albertinense
A Tradição Albertinense, penúltima escola a se apresentar na pista, levou o enredo “A Passarela É de Vocês! 30 Anos de Anhembi, É Tradição, Podem Aplaudir!”. A comissão de frente, iniciou o desfile com uma representação “Dos deuses da folia, a pioneira”. A primeira alegoria, trazia um ar de africanidade e, em análise, os primórdios do samba, visto que o tema é uma homenagem ao sambódromo do Anhembi. Na parte de frente do carro, havia a figura de um leão, remetendo à antiguidade e, no topo e parte de trás, a figura de uma baiana do samba. A comissão de frente fez uma dança simples com o objetivo de apresentar a escola. Houve movimentações de um lado para o outro na pista.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Alex Santos e Gisa Camilo, representava a raíz e a ancestralidade do samba paulistano. A dupla realizou uma dança segura e leve. Com muito sorriso no rosto, mostrou o pavilhão para as cabines de jurado de forma correta. A agremiação teve falhas no primeiro setor. Não houve compactação entre a comissão de frente e o abre-alas. Abriu um espaço indevido.
A bateria da agremiação, comandada por mestre Tutu, mostrou grande cadência no andamento do samba, um forte desenho de tamborins e uma presença muito grande dos surdos de terceira. Destaque para a bossa do refrão principal, onde as caixas se sobressaem nas duas passadas e, logo após, os surdos voltam na virada. O intérprete Thiago Luis e seu carro de som, conduziram o samba de maneira correta, mas a comunidade não cantou muito. Talvez pelo pouco contingente.
Destaque: Na segunda alegoria, estavam presentes personalidades do carnaval paulistano, como, Solange Cruz, Ernesto Teixeira, Douglinhas Aguiar, Eduardo dos Santos. O mestre Tadeu, diretor de bateria do Vai-Vai, veio a frente da batucada da escola.
Dom Bosco de Itaquera
Fechando os desfiles do Grupo de Acesso II, o Dom Bosco de Itaquera, se apresentou com o enredo “O Alimento da Alma é o Dom do conhecimento”. A comissão de frente, representava o homem pré-histórico e, o abre-alas todo o conhecimento do ser-humano. A primeira alegoria, veio com um tom inteiro em dourado e esculturas de anjos. A comissão de frente, totalmente encenada, apareceu muito bem e trouxe toda a dança feita na pré-história.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Leonardo Henrique e Mariana Vieira, fazia uma alusão ao império romano. Foi o quesito destaque do desfile. A sincronia do casal foi perfeita. A coreografia, os gestos, sorrisos no rosto e tudo o que se pede. A evolução foi extremamente abaixo. A escola desfilou com 3 alegorias e não houve o cálculo certo. Dom Bosco de Itaquera passou com 52 minutos. Além disso, a escolha de ‘correr’, não foi correta.
A bateria da agremiação, comandada por mestre Bola, teve momentos intercalados entre cadência e aceleração. Não houve tantas execuções de bossas. A marcação do samba foi prioridade. O Intérprete Rodrigo Xará, conduziu o samba de maneira correta, mas, obviamente, o andamento caiu devido ao desespero da escola nos últimos momentos. A mesma coisa vale para o canto da escola. Começou bem e caiu muito após o recuo da bateria.