Com nove títulos do Grupo Especial, o Camisa Verde e Branco passou de 2013 até 2022 longe da elite do carnaval paulistano. Foram anos de luta no Grupo de Acesso I, e neste seu retorno será logo a primeira escola a desfilar na sexta-feira, dia 9 de fevereiro. É tradição que a vice-campeã do Grupo de Acesso I abra os desfiles do Especial e sempre tem as questões de ser a primeira escola, a pista, logística e tudo mais envolvendo a sexta-feira de carnaval paulista. O carnavalesco Renan Ribeiro fez uma análise em conversa com o site CARNAVALESCO.

Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

“A responsabilidade é imensa, porque temos de abrir a primeira noite de desfile. A primeira escola do primeiro dia, então pegar a pista gelada, arquibancada ainda fria, e jurados com olhos muito abertos. Mas é uma das responsabilidades que temos esse ano. É o Camisa retornando depois de doze anos para o Grupo Especial, é o Camisa nos seus 70 anos. Então é uma série de expectativas que são criadas no desfile da escola que vai ter que ter muito trabalho para poder responder essas expectativas”.

A questão da logística tem sido uma pauta no Camisa Verde e Branco, por ser um desfile ‘cedo’, a primeira escola está marcada para entrar na pista às 23h15 no Anhembi. Com uma série de mudanças que estão sendo feitas para os desfiles de 2024, Renan Ribeiro avaliou.

“Mas a responsabilidade para mim, acima de tudo, é quanto ao horário, bem cedo, o Camisa não está acostumado com o horário cedo, e você ter todo o aparato, a primeira escola ainda vendo como tudo funciona, a mecânica do pré-desfile sendo testada, acredito que a responsabilidade é muita. Mas a questão de abrir, principalmente, é entrar com enredo forte, samba muito bom para poder suprir essa necessidade”.

Sobre a preparação para o desfile de 2024, Renan Ribeiro voltou a falar sobre a logística e o fator da escola ser a primeira a desfilar: “A preparação para o carnaval tem sido essa, temos tido algumas conversas internas, para poder deixar tudo muito alinhado e amarrado, mas a principal preocupação pelo menos minha é como a escola vai se comportar né? É muito cedo, a logística é muito complexa, é dia útil, muita gente trabalha na sexta-feira, então a concentração da escola, e pré-concentração fica prejudicada neste sentido, então é uma série de fatores que podem se tornar problemas. A preparação da escola tem que ser toda parte técnica de ensaios, mas principalmente na logística que fique tudo bem definido e amarrado para não ter nenhum tipo de surpresa”.

Olhando para a parte artística, Renan Ribeiro fez uma análise do que pode apresentar para 2024: “Da parte artística acho que é ir com segurança, tentar fazer um carnaval que seja a cara do Camisa, que tenha alegria, descontração e o vigor que o Camisa tem, como escola tradicional e tal. Mas você tem que entregar também um desfile tecnicamente alinhado com critérios de julgamento para não ter grandes riscos, ter riscos comedidos, e acredito que a questão estratégica para a questão da parte plástica seria essa, os riscos comedidos, são os cuidados, pelo menos como carnavalesco estou tendo para poder abrir o carnaval de São Paulo”.

O Camisa Verde e Branco tem como enredo para 2024: “Adenla – O Imperador nas terras do Rei”, onde terão três personagens principais: o orixá Oxossi, Rei de Ketu e o ex-jogador Adriano Imperador.