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Abre-alas da Tijuca carrega pavão dourado, símbolo da escola

Alegoria aborda as lendas do povo português e a conexão com a religião judaica

Tijuca Esp03 001As lendas e os segredos de Offir foram retratados no abre alas da Unidos da Tijuca, penúltima escola a se apresentar, neste domingo (11), no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval carioca. A alegoria com um pavão dourado recontou as lendas que os fenícios, ao percorrerem o Mediterrânio, aportaram nas terras que se tornaram Portugal.

“Esse carro vem trazendo o conto de fados e um pavão, representando a Tijuca. Vem imponente, vem clássico, bem a cara do Alexandre Lousada”, explicou o cabeleireiro Luciano Lachtim, de 42 anos, componente da alegoria. “Todo mundo acha que fados é simplesmente dança, e não é. Fados tem todo um contexto, fados é desejo e a gente vem mostrar isso”, disse com os olhos brilhantes ao ser questionado sobre o carro.

Tijuca Esp03 002O abre-alas é azul e dourado. Um pavão gigante e dourado, colocado acima de cavalos na cor azul, enfeitam o navio. A segunda parte do abre alas retrata Salomão, afim de mostrar o lado judeu de portugal, com a figura do rei em frente a uma estrela de Davi.

“Eu tenho as raízes judaicas e estar em um carro maravilhoso como esse, representando o lado judeu dos portugueses, é maravilhoso”, explicou a programadora Sara Lima, uma francesa de 39 anos apaixonada pela escola. “Está muito perfeito, os detalhes, as fantasias, o carro. Tudo é lindo, dourado, com ouro. É uma escola de grupo especial”, expressou emocionada por desfilar pelo segundo ano consecutivo na agremiação.

No Carnaval de 2024, a escola apresentou um desfile temático que nos leva a uma versão encantada e misteriosa de Portugal, onde lendas e mitos desempenham um papel central na construção da identidade da nação.

Tijuca Esp03 003“Temos muito apreço à nação portuguesa, que tanto fez por esse país, que faz parte da nossa vida e do nosso cotidiano”, defendeu a componente Gabriela Nazato. A gestora pública, de 45 anos, desfila pela primeira vez na amarelo e azul da Tijuca.

“Poder homenagear um lugar que diz tanto sobre nós, e que tem tantas pessoas como os brasileiros: trabalhadores, pessoas que criam coisas, que vencem suas batalhas, que correm atrás daquilo que precisam. É muito gratificante falar de Portugal, porque quando falamos de Portugal, falamos um pouco de Brasil”, completou a tijucana.

O fado, emblemático da cultura portuguesa, não apenas como estilo musical mas também simbolizando o conceito de destino e narrativa, será um elemento chave. Esta abordagem transforma a tradicional narrativa de “Contos de Fadas” em “Contos de Fado”, mesclando o real com o fantástico e o mítico, criando uma história que reimagina e dá nova vida às lendas e mistérios de Portugal.

“Faltava na Tijuca toda essa plástica, todo esse glamour, todo esse requinte, toda essa riqueza que o Alexandre sabe trazer como ninguém”, avaliou Luciano.

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