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A representatividade afro na comissão de frente do Império da Tijuca

Com o enredo “Samba Quilombo: a resistência pela raiz”, o Império da Tijuca entrou na avenida com direito a um dos melhores sambas da safra pela Série Ouro do carnaval de 2022. A temática afro é baseada na história do Grêmio Recreativo de Artes Negras e Samba Quilombo.

Essa escola de samba é um manifesto negro que teve como uns dos criadores o grande cantor e compositor Candeia. Pensada em função da atuação de sambistas e intelectuais negros, ela teve a sua fundação em 1975.

Sendo assim, abrindo o desfile do Império da Tijuca, a comissão de frente veio prestando uma homenagem a história do G.R.A.N.E.S Quilombo criada pelos compositores Candeia, Neizinho, Wilson Moreira e Mestre Darcy do Jongo. Valorizando as memórias ancestrais do povo tradicional de matriz africana e as entidades vivas da cultura negra.

Imperio da Tijuca04a 1Em entrevista ao site CARNAVALESCO, o coreógrafo da comissão de frente Lucas Maciel explicou como foi a concepção da coreografia: “Foi uma parceria minha e do carnavalesco Guilherme Estevão. Estudamos isso por dois anos e a comissão resumiu o enredo. Falamos desde a ancestralidade da parte afro, a inspiração de Candeia para criar o quilombo até a criação da escola”

A comissão veio com um elemento cenográfico que representava a memória de Candeia e ao G.R.A.N.E.S Quilombo. Para a integrante da comissão de frente, Priscila Lima, desfilar na Sapucaí e no Império da Tijuca é muito importante, pois ela considera o enredo como algo enriquecedor, ainda mais sobre a ancestralidade.

“Foi muito gratificante estar novamente nesse templo sagrado. É importante trazer a nossa arte com enredos enriquecedores sobre a ancestralidade e temas que precisam ser cantados, verbalizados e reproduzidos em forma de arte”, conta a bailarina.

Além disso, ela também considera integrar uma comissão de frente como um desafio. Mesmo fazendo isso por 12 anos, é como se fosse algo novo. Representando “a noite”, ela revelou que sua função foi retratar a ancestralidade que é presente no enredo.

O coreógrafo, Lucas Maciel também deu detalhes da representação da comissão de frente. “A apresentação foi dividida em dois momentos: o primeiro é a parte afro e o segundo é o grande ápice, pois temos uma transformação que leva a escola de samba do quilombo para avenida. Temos baianas, porta-bandeira e a comissão de frente antiga de fraque e cartola”.

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