A Estação Primeira de Mangueira escolheu o samba-enredo da parceria de Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim para o Carnaval 2023. O resultado saiu às 4h deste domingo. No desfile do ano que vem, a Verde e Rosa levará para Avenida o enredo “As Áfricas que a Bahia canta”, que está sendo produzido pelos carnavalescos Gui Estevão e Annik Salmon. O enredo pretende apresentar toda a musicalidade baiana através dos cortejos afros, enfatizando o lado feminino. A Mangueira será a última escola a desfilar no domingo de carnaval do Grupo Especial, dia 19 de fevereiro. * OUÇA AQUI O SAMBA-ENREDO CAMPEÃO

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

“Essa é a 11ª vitória, mas decidi que vou dividir em antes e depois da pandemia, as 10 que vieram antes da pandemia ficaram na história, agora começou a contagem novamente. Na próxima quarta-feira estou completando 30 anos de samba, é uma marca muito gratificante pra mim. Estou feliz por toda essa caminhada e por tudo que construí até aqui. Nós conseguimos extrair do enredo toda a beleza e profundidade que ele tem, é um enredo que fala da musicalidade da Bahia, da ancestralidade, o samba veio pro Rio de Janeiro e fez morada aqui no ilê de Tia Fé. Isso contou muito pra nós, além da nossa união, eram duas parcerias, sem nenhum tipo de vaidade, foi pensando exclusivamente no que era criar um grande samba para ajudar a nossa escola a fazer um grande desfile”, garantiu Lequinho.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

O compositor também falou sobre a presença da cantora Margareth Menezes na gravação da obra e na quadra para final. “A Margareth é uma pessoa maravilhosa, é uma grandeza que ela tem, mas ao mesmo tempo uma simplicidade, tratou a gente de forma incrível, atendeu o nosso pedido mesmo a gente sabendo que compositor de samba enredo muitas vezes não é nem ouvido, ela escutou o nosso pedido, ouviu o nosso samba, se apaixonou e fez questão de vir aqui hoje cantar com a gente, é uma artista incrível e todo mundo já sabe, mas eu gostaria de destacar a pessoa, a simplicidade, é uma rainha negra. Eu tô muito feliz e agradeço a Deus por esse momento”.

“Pra mim foi uma grande honra participar da gravação desse samba, quando eu ouvi pela fiquei encantada logo de primeira, ainda mais sendo aqui na Estação Primeira de Mangueira. Fiz questão de vir aqui e poder vivenciar tudo isso, foi um momento muito especial, de muito axé, foi muito forte, estou muito feliz, esse pra mim já é nota 10 de todos os tempos”, disse Margareth Menezes ao site CARNAVALESCO.
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A parceria campeã na Mangueira para 2023. Foto: Maria Zilda Matos/Divulgação Liesa

O compositor Paulinho Bandolim voltou a vencer na escola depois de 7 anos. Paulinho se disse feliz e espera ajudar no projeto da nova diretoria. “Eu não venço aqui na Mangueira desde 2015 para 2016, o samba da Bethânia, são sete anos, mas a sensação é como se fosse a primeira, só nessa escola aqui, a cada ano que passa a gente fica mais feliz com o carnaval da escola, a gente quer participar com a nossa obra, e agora eu estou muito feliz. É de lavar a alma esse samba, lavou a alma de todo mangueirense. Acho que a gente fez um samba com beleza, mas acima de tudo um samba com fibra, com alma mangueirense. Era o anseio do mangueirense que a gente encontrava aqui na quadra”.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Já Júnior Fionda, que não ganhava desde 2018, colocou a união com os parceiros como fundamental pela vitória e revelou o compromisso que tiveram por realizar um samba que ajudasse a nova diretoria. “Eu espero que ele fique como um dos grandes sambas desse carnaval. Quando a gente compôs a obra, a gente fez com a finalidade de fazer isso, de causar essa impressão. Porque a gente ia fazer um samba eu, Lequinho e Gabriel, e depois resolvemos juntar com o Paulinho e Guilherme, que já eram nossos amigos, porém, adversários. A gente teve paciência, para ter essa responsabilidade com a Guanayra, que era o primeiro ano dela, e a gente tinha que fazer um trabalho muito sério. E o diferencial é a emoção. O dom vem de Deus”.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

O compositor Guilherme Sá festejou sua primeira vitória na Estação Primeira de Mangueira. “Não tenho palavras para explicar o que representa essa vitória. De todos da parceria, eu era o único que não tinha vencido uma disputa de samba-enredo na escola. Era um sonho da minha vida, eu comecei aqui na Mangueira com o meu grande mestre e amigo Tantinho da Mangueira. Ele me ensinou tudo sobre essa grande escola maravilhosa, que eu amo desde quando tinha 6 anos de idade. Cheguei a três finais e dessa vez nós vencemos. Eu não consigo acreditar, mas de qualquer maneira dedico esse momento ao Tantinho da Mangueira. Agradeço a todos os meus parceiros, pois estou vivendo um sonho. Não sei nem como vou comemorar, só que estou muito feliz. O que marcou a escola e acredito que todo mundo foi o “Eparrey oyá, Eparrey mainha, quando o verde encontra o rosa, toda preta é rainha”. Acho que essa frase marcou a Estação Primeira de Mangueira. Foi uma final com sambas lindos e eu vi um deles ser aclamado, graças a Deus foi o nosso. Estou imensamente feliz, vamos rumo ao título”, celebrou.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

‘Esse samba era a cara do nosso enredo’, diz presidente

Em entrevista ao site CARNAVALESCO, a presidente Guanayra Firmino falou da responsabilidade de comandar a Mangueira em um segmento que tem preconceito com a mulher e os pretos. “Chegar a presidência pra mim, como eu já disse em outras vezes, é uma honra, mas também uma responsabilidade muito grande. Assim, o mundo do carnaval eu não chamo de machista, eu chamo de masculino, preconceituoso eu não sei, mas pra mim é tranquilo, eu nunca me intimidei com quase nada na vida, então ser presidente pra mim está tudo tranquilo também. Costumo dizer que eu estou aqui agora, quer dizer, eu estou aqui desde que eu nasci, mas atuando há nove anos nesta gestão. Uma escola como a Mangueira, que não é rica, ela é rica de cultura, de artistas, mas de dinheiro ela não é a escola mais rica, mas pra mim não foi um carnaval ruim em 2022, foi de dificuldade e nós conseguimos colocá-lo na rua. Então, pra mim assim, não tem muita coisa a acertar. Pra gente foi um carnaval atípico. Não tem muito o que acertar. É seguir. Agora será um outro momento”, disse.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Responsáveis pelo desfile da Mangueira no Carnaval 2023, os artistas Annik Salmon e Guilherme Estevão conversaram com o site CARNAVALESCO sobre o trabalho para o ano que vem. “Está sendo a realização de um sonho, uma felicidade enorme já estar no Grupo Especial, mas ainda estar na Mangueira, que é a maior escola de samba do planeta. É um sonho de criança se realizando, mas que a gente transforma todos os dias com muito trabalho para poder retribuir a comunidade todo o carinho e retribuir a confiança de nossa diretoria no nosso trabalho”, comentou Estevão.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

“Da pra ver a minha felicidade, é incrível, é uma escola que eu não tenho nem noção do falar dela, é mais do que uma escola de samba, é uma nação, é uma potência, nunca vi igual. Eu passei pela Tijuca, já fui assistente do Louzada, mas isso aqui é uma energia, é uma coisa que arrepia a todo tempo, eu não sei nem explicar. A gente chegar nessa final, com esse samba que foi aclamado pela comunidade, a escolha foi unânime, a gente tá vivendo uma energia que eu só desejo que prossiga para o dia do desfile”, festejou Annik.

Casal furacão na Verde e Rosa

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Apelidados de casal furacão, Matheus e Cintya vão dançar juntos pela Verde e Rosa no Carnaval 2023. O casal de mestre-sala e porta-bandeira demonstrou na quadra que já bem seguro no entrosamento e a tendência é aperfeiçoar ainda mais até o dia do desfile.

“É uma honraria pra mim hoje estar na maior escola do planeta. A representação é imensa, é de ver que todos os meus esforços valeram a pena. Estou apaixonada pelo desenho da fantasia, já tiramos a medida. E o que posso dizer é para que aguardem o casal furacão na avenida. A Annik (Salon, carnavalesca) é minha amiga, já venho trabalhando com ela há dois anos. O Gui (Estevão, carnavalesco) é incrível. Fizeram uma dupla perfeita”, citou a porta-bandeira.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

“Posso dizer pelo desenho que é um furacão. O Guilherme é sensacional, vimos o trabalho que ele fez no Império da Tijuca e o da Annik no Porto da Pedra. São duas pessoas sensacionais, dois talentosos. Deram dois presentes para gente e estamos muito feliz. E agora é executar com uma linda indumentária e vir os 50 pontos se Deus quiser. Sobre a coreografia nós vamos vir bem baiano, bem carioca. A cara da Mangueira”, completou o mestre-sala.

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O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Mangueira, Matheus e Cintya. Foto: Luan Costa/Site CARNAVALESCO

Cintya e Matheus também falou do apelido carinhoso que receberam dos sambista. “Eu juro que também queria saber o motivo do apelido. Isso foi uma criação do Milton Cunha que falou que sou um furacão. Eu e Matheus somos um casal explosivo, um casal que não gosta de coreografia. Não temos uma coreografia, temos uma interpretação. Vocês vão ver o casal dançando o samba, como o último que é de 2022”, afirmou Cintya.

“A Cintya foi um presente divino que os deuses do carnaval me deram. Ela é um furacão, cada dia tenho que me conter mais de tanta emoção, amor e alegria que ela passa. Eu estou muito feliz, a parceria é de uma química imensa. Falo que a Cintya renovou a minha dança, o meu espírito e está cada vez mais Mangueira e isso é muito importante pra gente”, comentou Matheus.

O comando do carro de som da Verde e Rosa terá a dupla Marquinho Art Samba e Dowglas Diniz. A parceria ali é forte e tem totais condições de contribuir e muito para o sucesso do samba mangueirense em 2023. Ao site CARNAVALESCO, eles falaram do trabalho e da união em prol da agremiação.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

“Pra mim é uma emoção muito grande, estou chegando no posto de intérprete oficial da escola que eu nasci, fui criado aqui, escola que já passou grandes cantores, como o Marquinhos, que eu tenho como uma pai pra mim. Estou feliz e honrado por estar chegando a esse posto ao lado desse cara que eu amo de paixão e sei que posso contar sempre, a nossa amizade é o que mais brilha e nós brilhamos pela Estação primeira de Mangueira, quem tem que brilhar é a Mangueira. Eu e Marquinhos nos falamos direto, seja pra falar de futebol, seja pra falar de trabalho, eu espero que essa nossa união dure muitos anos. Acredito que para estar na Mangueira, para cantar aqui, o diferencial é que tem que ser mangueirense, tem que sentir a comunidade, assim que pisa na quadra. Isso conta bastante, a Mangueira mexe com nosso coração, então é diferente demais, tem que ser de verdade”, garantiu Dowglas.

“O início de parceria muito positivo, eu nem falo início, porque já estamos juntos há quatro anos, eu sempre falei pra esse menino que um dia ele ia chegar. Estou muito satisfeito, ele é um menino muito bom e tudo vai dar certo, primeiramente é tudo pela Estação Primeira de Mangueira, a estrela maior aqui é a Mangueira”, completou Art Samba.

Nova dupla no comando da Tem Que Respeitar Meu Tamborim, Taranta Neto, estreando na função na Verde e Rosa, e Rodrigo Explosão, de volta ao cargo, ambos, tem uma ascendência muito forte na Mangueira. Rodrigo é filho de mestre e Taranta é neto. Cientes da responsabilidade, ressaltam também o tamanho da escola que por si só já é um grande peso

“Por ser Mangueira já é muito grande a responsabilidade, mas por a gente ter uma raíz, pai e avô mestres aqui, a responsabilidade dobra, mas acredito que a gente esteja preparado para o próximo carnaval. Acho que o nosso trabalho está fluindo, estamos conseguindo fazer tudo que a gente pensava para a bateria, e acho que vai fluir bem esse ano”, espera mestre Taranta Neto.

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Os mestres de bateria da Mangueira. Foto: Lucas Santos/Site CARNAVALESCO

“A responsabilidade é grande e não só pela gente, mas pelo meu pai e o avô dele, é uma responsabilidade sempre dobrada , porém também acho que nós nos preparamos para esse momento. E temos que continuar nos preparando e trabalhando para entregar o nosso melhor, eu que estou voltando e ele que está chegando, juntamos nossas ideias, e estamos chegando a um ideal para a bateria, para que nós possamos colocar tudo para se Deus quiser conquistar esses 40 pontos”, projeta Rodrigo.

Sobre as bossas e a utilização de outros instrumentos contextualizados ao enredo, a dupla procura não dá muitas pistas, mas projetam um grande trabalho na bateria.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

“O nosso pensamento está indo longe mas a gente não pode jogar nossos trunfos fora agora, logo vocês vão saber. A grande mudança na bateria é o sangue novo, até porque todo mundo que passa pela bateria deixa coisas boas, e o restante só vai agregando, igual ao trabalho que mestre Wesley também deixou. A tendência é sempre melhorar, sempre o outro chegar e agregar “, acredita mestre Rodrigo.

“Aqui a gente sempre trabalhou as bossas que a gente criava para fazer show, a maioria a gente colocava no próprio samba, mas como o enredo esse ano é completamente diferente do que a gente estava acostumado, a gente está preparando repertório, a gente já pensou em muita coisa, só falta definir o samba. A vontade e a gana de vencer, eu e o Rodrigo é sangue novo, a gente quer alcançar a nota e voltar a ganhar o carnaval “, deseja mestre Taranta Neto.

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Amaury é o diretor de carnaval da Mangueira. Foto: Ingrid Marins/Site CARNAVALESCO

Promessa de buscar o título

A Mangueira terá um diretor de carnaval para o desfile de 2023. Prata da casa, Amaury Wanzeler prometeu que a Verde e Rosa virá forte para o desfile de 2023. “O carnaval de 2023 da Mangueira, ela não vai disputar carnaval, ela vai brigar pelo título. As fantasias estão lindas, impecáveis. Nosso barracão, nossos carros maravilhosos. O cronograma do desfile está perfeito. Nosso primeiro ensaio técnico (ensaio de rua) vai começar no dia 27 de novembro”.

Festão no Palácio do Samba

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Após dois carnavais sem final presencial, o Palácio do Samba, como é conhecida a quadra da Mangueira, recebeu um ótimo público que foi brindado com um grande espetáculo dos segmentos, antes das apresentações dos sambas finalistas. O espaço estava preparado para uma grande festa e a lotação era máxima, pouco espaço para o trânsito, demonstrando como a comunidade de Mangueira estava com saudade de realizar uma final presente na quadra da Verde e Rosa.

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Festa na quadra da Mangueira na final de samba. Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Em alguns momentos, antes de alguns sambas, bem alinhado com a temática do enredo, o time de canto da Mangueira comandado por Marquinhos Art Samba e Dowglas Diniz, cantou músicas de alguns artistas da Bahia como ” D’ Oxum” do grupo Jauperi e “o mais belo dos belos” de Daniela Mercury. Na música “Beija Flor da Timbalada, os passistas realizavam uma pequena performance antes do samba de 1988. A apresentação se encerrou com o samba de 2019, último título da escola. A rainha de bateria, Evelyn Bastos, arrancou aplausos e suspiros durante o samba de 2016, que homenageou a cantora Maria Bethânia. Enquanto não saiu o resultado, Dowglas Diniz e a equipe do carro de som cantaram alguns sucessos da música baiana.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Análise das apresentações das parcerias na final

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Parceria de Ailton Graça: A primeira parceria a se apresentar na finalíssima da Mangueira teve como intérpretes principais Gilsinho e Igor Vianna e a participação do compositor que encabeça a parceria vestido com as cores da escola interagindo tanto com o time do palco quanto com a torcida. No aspecto visual, o samba teve bandeiras nas cores da escola, uma chuva de papel picado e efeitos de faíscas no palco. Chamou a atenção o refrão de meio, mais curto, feito com apenas três versos, ainda assim era uma parte de destaque, assim como a repetição da palavra “poeira” no refrão principal, um jogadinha para animar a galera. Em relação a interação do samba com compenentes e público em geral, não se viu uma grande comoção em termos de animação ou mesmo de canto.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Parceria de Gilson Bernini: A segunda parceria trouxe para comandar o microfone da parceria o intérprete Ito Melodia, vestido com uma capa com as fitinhas do Senhor do Bonfim. Antes do samba propriamente dito, a parceria entoou o refrão principal ” Epahey …ventania de lá” de uma forma mas melódica ao som do atabaque. Os dois “Bahia oh Bahia” da cabeça do samba permitiu arranjos vocais bonitos a obra. No aspecto visual destaque para as bandeiras, corações de balão rosas. Em relação a interação do samba com o público e componentes, a obra não foi muito cantada pela quadra, apesar da bela qualidade.

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Foto: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Parceria de Lequinho: A última parceria a se apresentar na noite teve como vozes principais Tinga e Pitti de Menezes, além da participação especial da cantora Margareth Menezes. A torcida da parceria chegou fazendo barulho ainda antes do início da apresentação, e deu para se perceber um certo alvoroço na quadra. Já na primeira passada os intérpretes deixaram o canto com a torcida no refrão, que claramente tinha o maior contingente. O “Eparrey Oya, Eparrei Mainha” , seguido do “O samba foi morar onde o Rio é mais baiano”, colocam muita potência na obra que não deixa cair o ritmo, o andamento e a animação no restante dos outros trechos. O refrão do meio na voz de tinha traz uma variação melódica muito bonita no trecho “Pra mamãe Oxum toca o Ijexá”. Foi claramente a obra que não deixou a animação cair na quadra e mais cantadas por segmentos e público em geral.

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