Atual campeã do Grupo Especial do Rio de Janeiro, a Unidos do Viradouro está disponibilizando as duas fantasias de alas destinadas à comercialização. Além da divulgação tradicionalmente feita através de fotos, a escola produziu vídeos estrelados por Tarcisio Zanon e Marcus Ferreira, autores do enredo “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria”.
Marcus comenta que eles decidiram se transformar em “modelos” no material de divulgação porque vestir as fantasias já faz parte da rotina de ambos, e destacou outros motivos que os levaram a optar pela novidade.
“Eu e Tarcisio sempre vestimos os protótipos e fazemos, quando é preciso, ajustes na ergonomia. A Viradouro é uma escola passional, seu histórico de enredos é a prova disso. A ideia deste ensaio (fotográfico) é afagar um pouco a saudade de cada componente. Escolhemos fotografar e gravar o vídeo na Amaral Peixoto, no Centro de Niterói, porque a escola tem uma ligação histórica com a avenida, onde faz os ensaios de rua. O objetivo também foi renovar a esperança de dias melhores e vislumbrar o tão sonhado reencontro com a nossa comunidade”.
Tarcisio adianta alguns detalhes das fantasias que a Viradouro vai mostrar no desfile de domingo de carnaval.
“Mantivemos a pegada lúdica, que é uma das marcas de nosso trabalho. O jogo de cores está bem definido por setores. Demos novamente um olhar importante para o nosso almoxarifado. Muitas fantasias são feitas de materiais de carnavais passados, o que valoriza a mão de cada artesão do nosso barracão. Manteremos a leveza das peças e a sofisticação com que a Viradouro gosta de desfilar”.
Para contar o enredo que vai recordar o Carnaval de 1919, o primeiro após a pandemia da Gripe Espanhola, a vermelho e branco levará à Marquês de Sapucaí cerca de 3 mil componentes, divididos em 24 alas. As fotos das alas que estão à venda, com os contatos dos responsáveis pela comercialização, estão no site (unidosdoviradouro.com.br). A trilha sonora dos vídeos, que têm menos de 30 segundos de duração, é um trecho do samba-choro “E o mundo não se acabou”, composto em 1938 por Assis Valente e gravado por Carmen Miranda.