Por Danilo Freitas, Daniela Safadi e Thaise Lima
Num ano marcado pela ausência das festividades do tradicional Carnaval carioca, a Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, inaugurou, nesta sexta-feira, a iluminação especial do Sambódromo. Até sábado, dia 20 de fevereiro, quando seria realizado o Desfile das Campeãs, a Marquês de Sapucaí e a Apoteose ficarão iluminadas todas as noites até meia-noite em homenagem às vítimas da Covid-19 e, em especial, as do mundo do samba. A iluminação, a cada 10 segundos, lembra as cores de cada uma das escolas de samba do Rio.
Como manda a tradição, na sexta-feira anterior ao início da folia, o prefeito entrega a chave da cidade para o rei Momo. Desta vez, por causa da pandemia, o rei Momo passou a relíquia para o prefeito que, na sequência, a entregou para duas profissionais da Rede Municipal de Saúde que participam do combate à Covid-19: a enfermeira Adélia Maria dos Santos, responsável por aplicar uma das primeiras doses de vacina contra o Coronavírus no Rio, e Joelma Andrade, ex-passista da Unidos da Ilha e técnica de enfermagem no município.
Após o encontro o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, falou com a equipe do site CARNAVALESCO. Ao ser perguntado sobre o auxílio para os profissionais do carnaval, que estão passando por muitas dificuldades, devido à pandemia da Covid-19 e o cancelamento dos desfiles, ele revelou que assumiu um compromisso de resolver essa questão.
“Vamos trabalhar para fazer de 2022 o maior carnaval da história. Já assumi o compromisso de ajudar os profissionais das escolas de samba. Estamos fazendo o edital mais aberto e queremos fazer também para os trabalhadores das escolas de samba. Queremos resolver isso. Estamos amarrando os últimos detalhes para podermos anunciar”, garantiu Paes ao site CARNAVALESCO.
O prefeito também respondeu sobre iniciativas criadas para suprirem a ausência dos desfiles e mandou uma mensagem para os sambistas.
“Vi várias iniciativas legais na televisão, redes sociais e no YouTube. Achei ótimo. Agora, a hora é de segurar a onda em casa. Vamos curtir o carnaval de maneira diferente. Vamos fazer uma celebração inesquecível em 2022 para compensar esse ano. O mundo do samba pode ter certeza que tem um prefeito sambista de volta ao poder”.
A cerimônia contou com a presença do vice-prefeito Nilton Caldeira, da presidente da Riotur, Daniela Maia, do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, do presidente da Rioluz, Bruno Bonetti, da secretária municipal de Conservação, Anna Laura Secco, do subprefeito do Centro do Rio, Leonardo Pavão, de familiares do Candonga, e do presidente da Liesa, Jorge Castanheira.
Paes citou que o cancelamento do Carnaval 2021 dói, mas que não terá desfiles para salvar e preservar vidas.
“É muito difícil para todos. O carnaval celebra a vida, a amizade e o carinho entre as pessoas. Eu sempre disse que os meus momentos mais importantes nos oito anos na prefeitura era quando entregava a chave da cidade para o Rei Momo. Hoje, a chave fica com o pessoal da saúde. Dói no coração, a gente não poder estar aqui com os desfiles das escolas de samba, mas o motivo é mais do que nobre. Não vai ter carnaval porque a gente quer salvar vidas. Não vai ter carnaval porque a gente precisa preservar vidas. Não vai ter carnaval porque quem amamos e até os que não conhecemos não podem ficar expostos a essa doença que, infelizmente, matou no mundo uma quantidade enorme de pessoas. Essa também é uma homenagem a todas essas vidas perdidas”, disse Paes.
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