Dona de 14 títulos no Grupo Especial do Rio de Janeiro, a Beija-Flor é muito mais que escola de samba. A azul e branco trabalha ativamente em prol da sua comunidade. Através das conquistas, sambas e personalidades, como Neguinho, Pinah e Selminha Sorriso, o município de Nilópolis ficou conhecido por ser a casa de uma das maiores agremiações do carnaval.
Durante a pandemia da Covid-19, a Beija-Flor não esqueceu nenhum minuto de sua comunidade. Toda sexta-feira acontece a distribuição de 200 quentinhas, que são feitas pelas baianas e integrantes da velha-guarda. Já foram doadas mais de 1 mil caixas de biscoitos, água e guaraná natural. A comunidade recebeu também uma doação de 1 mil caixas de ovos.
Também foram confeccionadas unidades protetores faciais transparentes, destinadas ao Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, e, para unidades hospitalares em Nilópolis. Realizada no auge da pandemia, a Live do Samba, que teve participações de seis escolas, arrecadou 60 toneladas de alimentos, 700 litros de água e 3500 máscaras.
Aos profissionais na Cidade do Samba, a escola optou pela redução salarial para alguns. Outros, que ainda não teriam função, já que não existe nenhuma definição sobre a realização dos desfiles, foram dispensados.
“Trabalhamos com ações sociais há mais de 40 anos. Vimos na pandemia o aumento no número de pessoas que precisam de apoio. A Beija-Flor não desamparou nenhum funcionário. Mesmo quem não ficou estamos auxiliando com o que é possível. É hora de todos mudarmos para ajudarmos o próximo que está necessitando”, disse Almir Reis, vice-presidente.
- Texto publicado na coluna “Espaço do Sambista” toda sexta-feira no jornal MEIA HORA