Mestre Marcão comandou por 15 anos a bateria Furiosa do Acadêmicos do Salgueiro. Deixou a escola após a crise política que a escola enfrentou no pré-carnaval de 2019. De casa nova, depois de dois anos sem estar à frente de uma bateria no Rio de Janeiro, o premiado mestre chega como reforço do Paraíso do Tuiuti.

Ele conversou com o site CARNAVALESCO e falou dessa chegada e agradeceu o presidente Renato Thor pelo convite.

“Estou muito feliz em estar de volta e poder mostrar, mais uma vez, o meu trabalho na Marquês de Sapucaí. Sem dúvida, quem tem a ganhar é o público que ali está para assistir ao espetáculo. Quero agradecer ao presidente Thor pela confiança e mostrar mais um ano o trabalho com transparência, humildade, dedicação e comprometimento. Sou grato pelo carinho e espaço”.

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Marcão explicou que o tempo que ficou ‘de fora’ serviu para ele entender a importância do cargo e que tem que diferenciar quem está ao seu lado.

“O que ficou de aprendizado após esses dois carnavais fora da Sapucaí foi saber bem quem pode estar ao seu lado pois é um cargo que é bastante almejado. Todos querem uma chance de ser mestre mas tudo tem o seu tempo. Foi assim que eu aprendi, desde 1984 na bateria do Salgueiro. Fiquei 15 anos na frente da Furiosa, mas não precisei derrubar ninguém para estar ali”.

Sobre o trabalho no Camisa Verde e Branco, em São Paulo, o mestre diz ter gratidão e traz de aprendizado a transparência com a escola de modo geral.

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“Dentro da bagagem de São Paulo de volta para o Rio trouxe uma coisa muito importante: ter transparência com todos desde o porteiro até o alto escalão. Não foi fácil a minha chegada no Camisa mas também não foi difícil trabalhar lá. A ideologia de trabalho era diferente do meu trabalho mas adaptei rápido juntando o útil ao agradável. Gratidão a todos da bateria furiosa da Barra Funda”.

Por muitos anos, treze carnavais ao todo, mestre Ricardinho comandou a bateria Super Som. Marcão elogiou o trabalho dele, porém explicou que trabalha com uma filosofia diferente.

“O mestre Ricardinho é muito competente no trabalho que ele desenvolve, porém ele tem uma filosofia de trabalho diferente da minha. Eu tenho um outro modo de trabalhar e já estou em contato com os diretores para quando começarmos estar tudo pronto”.

Muito querido e admirado no mundo do carnaval, Marcão falou das mensagens que recebeu e da vontade de seus ex-ritmistas em voltar a tocar com ele.

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“Se deixar vou ter que levar duas baterias. Quando eles souberam já avisaram que queriam estar lá comigo. Eu deixei o meu filho, Marquinhos, a vontade para escolher mas o convite eu não pude deixar de fazer. Tem ritmistas e mestres de SP querendo vir e isso é muito gratificante, saber que você é bem visto em outras baterias. Mas a princípio já dividimos os naipes, eu e os diretores”.

Pensando no início dos ensaios, Marcão explicou que tem uma data marcada mas que tudo depende da pandemia que atinge o mundo.

“Estávamos com a data marcada para o dia 4 de maio, mas vamos ver se até lá acaba a pandemia. Peço por favor a todos que não saiam de casa. Estou em casa porque tenho bronquite)”.

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