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Compositores vivem expectativa por final na São Clemente apostando na irreverência das obras

Foto: Rafael Abreu

Neste sábado a São Clemente vai ser mais uma escola do grupo especial a escolher o samba para 2020. E como não poderia faltar na agremiação da Zona Sul, uma boa pitada de irreverência vai dar o tom na obra escolhida. Claro que a aposta do carnavalesco Jorge Silveira em mais um enredo crítico e bem humorado ajudou as parcerias a trazer está pegada irreverente que já faz parte da São Clemente.

A reportagem do CARNAVALESCO conversou com um representante de cada uma das três parcerias, presentes na final, sobre o que torna cada samba especial e candidato a ser o hino da São Clemente para o carnaval 2020. A irreverência foi a palavra mais citada nas respostas e teve até elogios a concorrência. O ator, apresentador e humorista, Marcelo Adnet, compositor de uma das parcerias, disse que já andou cantarolando os sambas concorrentes e elogiou o enredo afirmando que o “conto do vigário” está mais atual do que nunca.

“Gosto muito do enredo do Jorge Silveira. O Conto do Vigário tem uma raiz histórica, popular e que virou marca da cultura do país. Quem nunca caiu em um conto do vigário? Hoje o conto se modernizou, viralizou e virou arma institucional com as fake news. Daí surge a relevância que se soma à brincadeira. Foi maravilhoso o processo de criação da obra com todos os parceiros, pensamos cada detalhe juntos. Conhecer os compositores das outras parcerias também foi muito positivo e aprendi a cantar de cor quase todos os concorrentes”.

Sobre o samba, Adnet destacou uma mensagem de esperança presente na obra como trunfo para vencer a disputa.

“Acho que o nosso samba também tem essas qualidades, narra bem o enredo e ainda traz esperança. A malandragem não pode acabar em desilusão e medo de acreditar. Daí a esperança de o povo cantar, até a maré virar. Gosto desse refrão simples, aberto e absolutamente esperançoso. É meu trecho preferido junto com ‘Brasil, compartilhou, viralizou nem viu! E o país inteiro assim sambou, caiu na fake news’ ”.

Já para Nelson Amatuzzi, sua obra pode ser vencedora pela terceira vez, na sexta final que o compositor vai disputar pela escola. Nelson aposta na qualidade do samba que considera o melhor entre os três finalistas.

“Sem modéstia estou indo pra minha sexta final na São Clemente, escola que trago no meu coração, venci duas e sei que a minha obra é a melhor das três. Como a disputa é de samba enredo e não de melhor e maior torcida, espero sair vencedor”.

Nelson também contou o trecho do samba que mais gosta e falou que o enredo tem a cara da escola.

“Gosto da parte que diz ‘Tadim do povo, Acabou pagando o pato, Tá partido e mal pago, Esperando salvação’. Sobre o enredo é muito bom, atual, crítico e irreverente. Fizemos um samba com DNA Clementiano: alegre, crítico e irreverente”.

Thiago Martins, compositor de outra obra finalista, também citou a irreverência como principal qualidade do samba, direcionando a mensagem para o bom humor.

“O nosso samba tem tudo que a São Clemente precisa: uma dose de bom humor, um samba alegre, contagiante, valente e irreverente. Nossa parceria trabalhou muito pra chegar até aqui. Esse é o nosso sonho. Ser campeão!”

Thiago também citou sua parte favorita do samba e falou sobre a atualidade que o enredo apresenta e sua importância.

“Minha parte predileta é o refrão final do samba: ‘Pode aplaudir, eu vou contar, essa lorota popular, Clementiano de fé não sou vigário, hoje o malandro perde a banca pro otário’. Esse enredo é maravilhoso, uma visão bem humorada de todas as mazelas atuais. Tudo vira golpe”.

A final de sambas da São Clemente acontece na quadra da escola na Avenida Presidente Vargas, na Cidade Nova com previsão de abertura dos portões a partir de 21h. Em 2020 a Amarela e Preta da Zona Sul vai apresentar o enredo “O conto do Vigário”.

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