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‘Matrizes’ traz a essência corporal e rítmica do samba em uma experiência no barracão da Mangueira

Maior emblema cultural do país o samba é valorizado e evidenciado através de sua essência rítmica e corporal no espetáculo ‘Matrizes’, uma experiência que une canto e dança em um espaço tradicionalmente dedicado ao som industrial, de máquinas e operários, o barracão da Estação Primeira de Mangueira. Entre as alegorias da campeã do Carnaval 2019, criou-se um belo cenário para quem deseja conhecer a formação do samba, através de um repertório escolhido a dedo e traços coreográficos com o quilate de Priscila Motta, Rodrigo Negri e Ana Paula Lessa. Tudo sob a direção artística do carnavalesco Leandro Vieira.

A concepção do espetáculo nasceu da necessidade de se gerar receita em uma época em que as escolas de samba quase não a possuem. ‘Matrizes’ foi concebido para o barracão, saindo um pouco do espaço da quadra. As alegorias foram dispostas em uma ilumunação diferenciada, criando um cenário vivo, remetendo ao desfile deste ano, uma experiência única já na entrada.

O show teve sua estreia comercial nesta quinta, com a mais que especial participação da cantora Alcione. À vontade, a Marrom conversou com o público e cantou alguns dos grandes sucessos de seu repertório, incluindo uma canção inédita que estará em seu próximo álbum. Mangueirense, Alcione permaneceu em seu lugar até o fim do espetáculo e se jogou no meio do povo ao fim da apresentação.

‘Matrizes’ tem a intenção de levar o público a uma viagem mostrando as bases de formação do ritmo mais brasileiro de todos, o samba. O espetáculo escapa da armadilha de apresentar apenas uma vertente do gênero, que é multifacetado, embora possua o seu momento de reverência ao samba-enredo. Mérito para o diretor musical Alemão do Cavaco, que teve a sensibilidade de incluir chorinho, samba-canção, samba de quadra e claro sambas-enredo em cerca de 75 minutos de show que parecem voar.

Somado ao aspecto auditivo e musical, os olhos do público também podem saborear o apuro estético de Leandro Vieira e a criatividade corporal dos coreógrafos Priscila Motta e Ridrigo Negri e de Ana Paula Lessa, que cuida da coreografia do primeiro casal da Mangueira, Matheus Olivério e Squel Jorgea. O elenco é todo formado por integrantes dos segmentos da escola, como passistas, baianas e a bateria. Durante o show pode-se notar a valorização da cultura negra como base fundamental para o surgimento do samba e a evolução na forma de se dançar o ritmo, com as mulatas de corpo escultural vistas hoje.

Sem perder o fôlego um só segundo, ‘Matrizes’ não pode terminar de outra maneira: com sambas antológicos da mais musical de todas as escolas de samba, a Estação Primeira de Mangueira. Convidado a participar, o público interage criando uma massa humana que transforma um ambiente frio como um barracão em um mini Palácio do Samba. ‘Matrizes’ é fundamental para quem toca, dança ou apenas curte samba.

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