A X-9 Paulistana foi a penúltima agremiação a desfilar no Grupo de Acesso I, com o céu já quase amanhecendo. O enredo foi “Clareou, um novo dia sempre vai raiar”. Os integrantes da escola da Zona Norte chegaram ao final da avenida com a sensação de que cumpriram aquilo que tinha sido planejado pela escola que completou 50 anos em 2025.
Pedro Vinicius, coreografo da comissão de frente
“Eu fiquei bem feliz com o resultado, depois de tanto empenho, de tanto ensaio. Muito feliz com a garra que a galera passou, do início ao fim. Eu acho que a gente conseguiu atingir o nosso objetivo hoje. Eu, particularmente, tenho algumas partes que eu gosto muito em questão de desenho e movimentação. Eu acredito que, para quem está assistindo, principalmente de cima, acaba dando um efeito legal. Tem alguns momentos que a coreografia tem esses desenhos que foi pensada para dar um pouco esse destaque mesmo no decorrer da coreografia. A inspiração no geral veio da música que inspirou o samba, então a gente ficou estudando tanto a música que inspirou o samba, quanto o samba, para tentar casar essas ideias, e que isso está, de alguma forma, representado na comissão também. A gente fica sempre preocupado com o figurino, por mais que a gente ensaie tudo é aquilo, é tudo no ao vivo. Então sempre fica essa tensão. A gente sabe que vai dar tudo certo. Mas sei lá, a gente sempre fica com essa preocupação na cabeça. Dever cumprido de ter entregue aquilo que a gente se dedicou tanto durante esse tempo.”
Julia Mary, Porta-bandeira da X-9
“Foi muito tranquilo, graças a Deus. A gente fez aí um trabalho de sete meses. De muito ensaio intenso, empenho, dedicação, pra chegar exatamente nesse dia. Que é um dia tão esperado por todos e graças a Deus a gente conseguiu prospectar aí na pista todo o trabalho que a gente veio fazendo ao longo desses sete meses com muita maestria. A gente saiu da nossa zona de conforto totalmente de dança. A gente trouxe uma dança mais fluida, muito mais movimentada. Acho que é normal ficar um pouco ansioso pelo momento mas graças a Deus não teve nada muito exacerbante que preocupou a gente ao longo do curso. A sensação é de dever cumprido. Tudo que a gente realmente ensaiou para trazer para cá, a gente conseguiu trazer. E a gente está muito feliz com o nosso trabalho, porque de fato é um trabalho com muito empenho e muita dedicação. Então, acho que o saldo no final de todo o nosso empenho é positivo.”
Mestre-sala Igor Sena
“A gente conseguiu fazer tudo que a gente vem ensaiando durante esses 9 meses. Conseguimos executar com bastante precisão, com coerência e com peso. Então acho que a gente sai bem feliz, satisfeito com o que a gente apresentou aí pro jurado, se Deus quiser vai dar tudo certo. Acho que a parte que eu mais gosto é realmente a apresentação com o jornal. É uma coreografia mais arrojada, bem dinâmica, bastante para frente. Eu gosto bastante dessa coreografia. A escola deixou a gente bem confortável, questão de fantasia, não tem nenhum problema. Foi bem tranquilo nessa parte. Agora é aquele nervosismo até terça-feira pra saber o que vai dar, não só em relação ao meu quesito, mas à escola toda. Esperamos trazer a nota ao máximo e subir ao grupo especial.”
Amauri Santos, carnavalesco
“Nós trabalhamos bastante para colocar a escola da Avenida, sabemos que não é fácil o Grupo Acesso, mas acho que foi satisfatório. A gente sabe que teve alguns problemas, mas a gente supera isso aí, a medida que deu certo no final. O nosso abre-alas veio grandioso, a nossa comissão diferente também… É uma sensação boa estar fazendo parte de uma escola de 50 anos. Eu acho que nunca fui tão bem tratado numa escola como essa, com todo esse respeito pelo profissional.”
Helber Medeiros, intérprete
“A X9 Paulistana fez o que tinha que fazer, fez o que a gente estava fazendo nos ensaios. A gente não consegue ter a visão do carro de som, mas o que a gente viu foi uma escola muito bonita, foi uma escola que veio guerreira, que está a fim de bater aquele recorde, subindo do grupo 2 para o grupo 1, e agora tentando subir para o especial. A X9 é a bi campeã do carnaval. E merece esse propósito. Então, eu acredito que foi tudo certo. Foi uma energia muito boa. A escola veio perfeita. A gente veio leve, veio super tranquilo, não vi nenhuma dificuldade. Não sei, mas tomara que não teve mesmo, mas durante o desfile nosso coração veio com um clima muito gostoso.”
Royce do Cavaco, intérprete
“A escola ficou animada, cantando, evoluindo bem, harmoniosa. Agora, no final do desfile e lá no começo, eu espero que tenha corrido tudo bem, pelo menos nada que pareceu assim fora do normal. Acho que a escola veio tecnicamente perfeita. Hoje em dia, você tem que desfilar dentro do regulamento. Então eu acredito que a gente conseguiu o objetivo. O samba está na boca do pessoal da escola, está na boca do componente, todo mundo cantando com afinco. O carro de som, a gente ensaiou bastante para cantar o samba com todas as divisões certinhas. E o samba é gostoso de cantar, bonito, pra cima… Foi tudo de acordo com o último ensaio técnico. Andamento, a divisão do samba. A parada que jogou pro povo da escola. Aconteceu normalmente. O retorno, a retomada foi boa. Eu acho que a X9 vai surpreender.”
Daniel Collete, intérprete
“O samba rolou muito bem. Graças a Deus foi um acerto muito grande. A escola cantou muito samba. O carro de som, graças a Deus, também com o mestre Royce aqui com a gente. A coisa só agregou e eu acho que vamos ter um bom resultado. Tomara que a gente volte sábado. Acho que tudo fluiu normalmente do jeito que eles queriam, do jeito que eles elaboraram. É óbvio, natural que sempre tem uma coisa e outra, né? É impossível chegar 100%, mas o que foi determinado foi feito.”
Mestre Kel, mestre bateria da Pulsação Nota 1000
“Pô, tô até sem voz, foi sensacional, foi melhor do que a gente imaginava. A gente ensaiou pra ser bom, mas foi melhor do que bom. Tanto questão de ritmo, bossa, o clima, ver o pessoal da bateria todo mundo feliz, desfilando feliz, tirando onda, isso aí pra mim foi o que mais valeu a pena. E a gente chegou aqui na faixa amarela, na segunda faixa, aqui na dispersão com sensação de dever cumprido de saber que a gente executou tudo que a gente ensaiou. O trabalho começou em abril e a gente conseguiu fazer tudo da melhor forma, ajudar a escola e graças a Deus deu tudo certo, agora é esperar terça-feira.”
Reginaldo Tadeu, Mestre Adamastor, presidente
“A gente sabe que sempre tem uma pitadinha a mais que a gente poderia dar, porque a gente é muito exigente. Mas o desfile foi lindo, a gente está muito feliz, principalmente de ver o xisnoveano feliz. Esse é o grande presente que a gente teve nesse grande carnaval.”