A Unidos de Vila Maria realizou seu desfile no Sambódromo do Anhembi com o enredo “O Planeta Terra pede socorro. É tempo de renovar e preservar!”, assinado pelo carnavalesco Eduardo Caetano. A escola mostrou uma comunidade unida e empenhada em conquistar a sonhada volta ao Grupo Especial.
O diretor de carnaval Queijo celebrou o envolvimento de todos no projeto.
“Nós estamos muito felizes, os diretores se envolveram, os chefes de ala, a comunidade toda se dedicou. Quando a escola acredita no projeto, o resultado aparece. Estamos muito contentes e esperamos que terça-feira possamos sair daqui ainda mais felizes com essa volta para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído”, afirmou.
A comissão de frente, comandada pela coreógrafa Taiana, entregou um espetáculo emocionante.
“Esse ciclo foi maravilhoso, intenso. Sabemos que, ao assumir uma comissão de frente, abrimos mão de muitas coisas da vida pessoal para nos comprometermos ao trabalho. Foram de oito a dez meses de ensaio para cumprir uma proposta desafiadora. Trouxe dois elencos, um cênico e um coreográfico, e foi um processo muito prazeroso. Hoje, minha estrela maior, meu Jorginho, brilhou no céu e esteve comigo nesse momento. Ele sempre dizia: ‘Mamãe, já deu certo’. E foi por ele que segui. Poderia ter parado, mas escolhi continuar porque ele amava o carnaval e queria me ver feliz criando e coreografando. Esses 19 artistas abriram mão de suas vidas por meses, e sou imensamente grata a cada um deles. Eles merecem todo prestígio, sou apenas a condutora”, declarou emocionada.
No carro de som, o intérprete Clayton exaltou a entrega dos cantores e da comunidade.
“É um sentimento de felicidade estar de volta a essa escola maravilhosa, agora como intérprete oficial. O que posso dizer sobre hoje é que nosso carro de som veio perfeito, superou as minhas expectativas. No início do ciclo 2025, confesso que estava meio triste, mas hoje eles mostraram firmeza e arrebentaram. Fora o canto da comunidade, que veio muito forte. Como disse desde o começo: não era para cantar, era para gritar o samba, e eles atenderam”, celebrou.
“É uma sensação de êxtase, uma explosão de alegria. Valeu a pena cada esforço. Lutamos muito pela nossa escola, vivemos intensamente essa jornada, e hoje demos mais um grande passo rumo ao nosso objetivo”, destacou o presidente Adilson.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Kawe e Nathalia, também compartilhou a emoção da apresentação.
“O trabalho não foi fácil. Todos sabem que, ao assumir o primeiro casal oficial, a atenção da diretoria e da comunidade se volta para nós. Chegamos agora à Vila Maria, que vinha de um histórico de notas baixas no quesito. Então, a cobrança foi grande para que entregássemos um desempenho impecável e conquistássemos a nota 40, que a escola precisa para subir. Trabalhamos intensamente e conseguimos realizar o que planejamos”, afirmou Nathalia.
Kawe complementou: “Estamos satisfeitos. Vamos esperar que nosso trabalho tenha sido bem avaliado pelos jurados. São cinco anos de dedicação, enfrentamos falhas de figurino, desconfiança, mas sempre entregamos o nosso melhor. Hoje, tivemos um desempenho excelente e espero que isso se reflita na avaliação”.
O mestre de bateria Moleza destacou o compromisso dos ritmistas em buscar a excelência. “Você vê pelo sorriso dos músicos que tudo saiu conforme ensaiamos. Eles se comprometeram e cumpriram sua missão. Repetimos as bossas, fizemos nossas apresentações para os jurados dentro dos critérios exigidos. No Grupo de Acesso 2, os jurados comentaram que não ouviram algumas cuícas, então trabalhamos para corrigir isso. Também ajustamos a dinâmica dos repiques. Pegamos esses apontamentos como aprendizado e trabalhamos até o último momento para garantir um desfile impecável, com o regulamento embaixo do braço e buscando as notas que nossa escola merece”, explicou.
Com um desfile consistente e técnico, a Unidos de Vila Maria reforçou sua determinação em retornar ao Grupo Especial.