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Guanayra Firmino, a presidente dos crias! Gestora da Mangueira promete grande desfile no Carnaval 2025

O CARNAVALESCO entrevistou a Guanayra Firmino, presidente da Estação Primeira de Mangueira. Confira abaixo.

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Qual é o balanço que você faz do seu mandato?

“Ninguém me chamou para ser presidente. Eu que quis ser, me candidatei. O que mais gostei de fazer é esse trabalho com a comunidade, com os crias, de colocar as pessoas da casa mesmo nos lugares-chave, com competência, como sempre digo. Isso mexe comigo, acho que é um acerto. Tem outros acertos também, mas se eu quiser frisar uma coisa, para mim é isso: essas pessoas da casa, que a gente apelida de cria. Nasceram no morro. Uns eu vi na barriga da mãe, amigos dos meus filhos, que eu sabia que tinham competência, mas alguns não tinham ocupado ainda esses postos. Ajudaram a escola nesses três anos a evoluir em muitas coisas, e acho isso muito legal”.

O que você gostaria de fazer que ainda não deu tempo?

“Tem muita coisa, muita coisa. Para o carnaval, acho que estou fazendo o que tenho que fazer. Falta o título, e estamos trabalhando para que ele venha agora, com vontade e força. Agora, em infraestrutura, tem algumas coisas que gostaria de fazer aqui no barracão e na quadra, que não deu tempo. A obra na quadra seria uma expansão, mas não há espaço em volta. Ali precisa de reparos, por exemplo: fiz o chão, mas terá que ser refeito. Climatizar aqueles camarotes, recuperar a climatização do salão VIP, porque os ar-condicionados já estão ruins há seis anos. Tirei de vez, não consegui colocar financeiramente, porque estou focando mais no custo do carnaval. Alugo climatizadores aos sábados, mas está sendo mais barato. Temos que melhorar o centro de memória e o auditório”.

Como está a questão financeira da Mangueira?

“O nosso projeto para o desfile está sendo executado 100%. Fico chateada quando dizem: ‘O carnaval foi assim porque a Mangueira não tem dinheiro’. A Mangueira sempre gastou. Às vezes, o que não dá certo não é por falta de dinheiro, é porque deu errado ali, alguém errou, mas não falta investimento. Não faltou nos dois anos. Os carnavalescos estão aí e podem confirmar. Não deu, não rolou. Agora, não interessa mais o motivo. É complicado ter um projeto e ter que cortar algo, mas se não há recursos totais, não dá”.

A Mangueira tem pessoas que apoiam o carnaval financeiramente?

“Busco recursos. O Sidney (França) está aí e não me deixa mentir: não falta recurso. São amigos meus que ajudam a escola. Apoiadores, a quem agradeço muito. O Quaquá (prefeito de Maricá) começou isso, ele me incentivou a assumir. Os amigos abrem caminhos, mas não chegam a ser patronos da Mangueira, porque a escola não se permite ter patrono. Quaquá e Freixo nunca tiveram essa intenção. Quaquá é mangueirense. Só fui descobrir quando o conheci. Freixo já sabia há muito tempo. Só tenho gratidão aos dois por abrirem portas para a Mangueira”.

Você gostou de ser presidente da Mangueira?

“Costumo dizer que estou aqui, do lado daquela cadeira, há 12 anos. Fui braço direito do Chiquinho. Ele dizia que eu era o braço direito e esquerdo. E vice-presidente do Elias, também braço direito dele. Para mim, foi natural assumir a presidência. Mas gosto, gosto do que faço. Primeiro, porque gosto de gestão. Trabalho com isso há anos. E gerir a minha escola do coração, imagina como é”.

Você é tipo xerife no comando?

“Às vezes preciso ser. Mas, às vezes, sou mãezona. Por isso falam ‘Guanayra mãe’, mas aqui dentro é uma família. Trabalho com maioria que conheço há anos, é família. Família briga, se abraça, se beija”.

O enredo de 2025 mexeu com você?

“Mexeu comigo desde o dia em que foi apresentado. O Sidney me mostrou três propostas, mas ele queria essa. As outras nem lembro. Esse mexeu muito. E a cada dia, desde o lançamento, conversando com os pesquisadores, mexe mais. É a vida dos meus ancestrais até a vida dos meus netos hoje. Estamos muito mexidos com esse enredo”.

O que esperar do desfile de 2025?

“Acho o abre-alas maravilhoso. Vai causar. É um desfile para emocionar e com técnica. A Mangueira sempre emociona. Viemos tentando trabalhar mais a parte técnica. A comissão de frente vai emocionar muito mais do que no ensaio técnico. Nossa comissão é babado. Estamos aí para emocionar com técnica”.

Você tem noção de que tem a melhor ala musical do carnaval?

“Já confiava. Não vou dizer que sabia, mas achava que seria assim, porque conheço a qualidade do Vitor Art e do Digão. Fiz o casamento perfeito, mas o trabalho deles combina com o do Hudson (Taranta Neto) e do Rodrigo (Explosão). Os quatro vêm juntos desde pequenos na Mangueira. Uma hora um canta, outra toca cavaquinho, e deu nisso”.

O Dowglas Diniz e o Marquinho Art estão muito bem no carro de som. Qual sua análise?

“O Marquinhos foi um achado meu. Eu que trouxe ele para o Chiquinho. O Dowglas era um garoto de casa que eu observava há tempo. Quando tive a oportunidade, chamei. Não esqueço: ele estava assustado. Perguntou: ‘O que foi, madrinha?’. Quando o convidei, chorou muito ali naquela cadeira”.

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