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Ibérico sim, brasileiro sempre! Baianas da União do Parque Acari discorrem sobre o violão

A União do Parque Acari desfilou, nesse sábado, na Marquês de Sapucaí, o enredo “Cordas de Prata – o Retrato Musical do Povo”, sobre o violão. Ponto marcante de qualquer desfile, as baianas representaram as origens do instrumento na Península Ibérica. O lenço de suas saias fez clara referência à estética cigana.

“A ala das baianas, não só da Acari, como de todas as escolas co-irmãs, são as mães do samba. É um segmento de muito respeito, como a Velha Guarda, como a Bateria. A Bateria é o coração da escola e as baianas são as mães do samba”, declarou a coordenadora da ala de baianas Neucy Gomes, de 56 anos.

Neucy

“Desfilar como baiana, para mim, é muito gratificante, porque é como se fosse a continuidade de uma religião. A ala das baianas teve início no povo de Santo, de raiz africana. Além disso, é uma representatividade por ser uma ala matriarca composta apenas de mulheres”, disse a pedagoga Claudeni, de 48 anos, que desfila há dois anos pela Acari.

Claudeni

Em 2025, a União do Parque Acari se debruçou sobre o mais famoso dos instrumentos de cordas, eternizado, no Brasil, por sambistas como Paulinho da Viola e Noel Rosa.

“A importância do violão para a música brasileira é muito grande, porque ele participa da Bossa Nova, ele tá no samba, ele tá no pagode. Ele é que dá vida. A música, as cordas, os instrumentos de corda dão a vida à coisa. É muito legal a escola falar sobre o violão, uma coisa que ninguém prestou atenção e é um instrumento muito legal que famosos compositores usaram para poder evoluir a música. Eu não vivi essa época, mas eu percebo que era um instrumento mais próximo para eles, questão até de financeiro. Era mais fácil deles conseguirem o violão do que qualquer outro instrumento”, explicou a mediadora Maria Luzia Silva, de 57 anos.

Maria Luzia 2

“É difícil imaginar a música, a parte musical sem um violão, porque o violão dá o tom, pro compositor, pro intérprete, o violão, o cavaco, o banjo para poder a música acontecer”, desenvolveu Neucy.

“O meu sonho é tocar violão, mas nunca soube tocar, então hoje eu vou realizar meu sonho ao desfilar pela Acari”, compartilhou a saladeira Inês Ramos, de 71 anos, que vai para o segundo ano na agremiação.

Ines

Nascido na Península Ibérica, no entanto, o instrumento se tornou, na visão das acarienses, essencialmente brasileiro.

“Na época do Jamelão, eu não era nem nascida e ele vinha no carro do som com Clóvis do violão. O violão já faz parte da cultura brasileira”, garantiu a coordenadora da ala.

“Já virou, virou. Todo mundo quer tocar violão. Até quem não sabe quer aprender, como eu. Ele é brasileiro. Não é mais espanhol, não”, reforçou Inês.

 

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