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Componentes de ala indígena abraçam enredo da Estácio

Com o enredo “O Leão se Engerou em Encantado Amazônico”, a Estácio de Sá desfilou na madrugada de sexta para sábado, propondo o encontro do leão, símbolo da escola, com o bioma amazônico. A quinta ala da escola, “Originários: Vestes e as Cores da Natureza”, fazia parte do primeiro setor, introduzindo ao leão africano os costumes dos povos indígenas da maior floresta tropical do mundo.

“A Amazônia, quando nós vemos de cima, é um grande verde. Vemos um pouquinho de nuance de amarelo para quem é de fora, mas para quem vive nos perímetros da mata, por dentro, a Amazônia é extremamente colorida e diversa. É isso que essa fantasia vem representar. Essa ala faz parte do primeiro setor, quando o leão é ingerido para conhecer a floresta e tudo o que tem nela, seja a composição, fauna, flora ou os povos que vivem na floresta”, explicou o carnavalesco da escola, Marcus Paulo.

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A ideia foi bem recebida pelos componentes, com suas múltiplas origens e perspectivas. “Eu sou do Norte, sou paraense. A emoção é muito grande em trazer o Norte para o mundo, mostrar um pouquinho do que é. Eu sou descendente de índio tembé por parte de pai. A emoção de trazer isso no sangue para a avenida é potencializada. Estou muito emocionada e espero realmente ser o pé de coelho da Estácio”, disse a esteticista Cristiane Tucci, de 50 anos.

“A Estácio de Sá é a escola mais antiga do Carnaval do Rio de Janeiro. No meu caso, essa é a primeira vez que estou desfilando no Carnaval do Rio de Janeiro e na Estácio. A emoção é dupla”, complementou.

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O designer gaúcho Cauã Lopes, de 21 anos, destacou a representatividade do enredo: “Essas questões brasileiras da Amazônia têm que ser abordadas no nosso Carnaval. A Estácio está fazendo isso da forma certa, valorizando todo esse pedaço do nosso país que é conhecido como pulmão do mundo. Falar sobre os povos indígenas é mais do que arte, é um protesto aqui na avenida”.

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Cauã teve, nesta madrugada, sua primeira experiência na Sapucaí ao desfilar pela Estácio. O porto-alegrense veio ao Rio especialmente para isso.

A escolha da escola também agradou à cearense Natylla Mota, de 42 anos, gerente de operações. “Falar de preservação, de sustentabilidade, principalmente da Amazônia, é muito importante, muito relevante. É uma temática massa de estar defendendo e de estar desfilando na avenida. Estou muito feliz de estar nessa ala porque realmente é a nossa grande riqueza”, expressou a atual moradora de São Paulo.

Pará, Rio Grande do Sul, Ceará: independentemente do estado, o respeito e a admiração pela cosmovisão amazônica e originária são compartilhados em todo o país. Nesse sentido, a torcida pela vitória da Estácio assume proporções continentais. “O que eu espero desse desfile é a vitória, estar entre as campeãs”, declarou Natylla.

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“A minha expectativa é de que a Estácio ganhe e ingresse no Grupo Especial, porque está merecendo muito. A escola tem uma estética linda, um tema extremamente importante para o nosso século. Tenho esperança de que vamos subir”, projetou Cauã.

“A escola é muito bonita, muito responsável. Além de ser tradicional, ela tem uma perspectiva grande de crescer, de nós passarmos para o Especial. A expectativa é grande. Estamos preparados, viemos preparados para isso. E a escola está muito unida. Tenho certeza de que vamos conseguir o nosso objetivo”, finalizou Cristiane.

 

 

 

 

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