A segunda-feira de carnaval promete bastante emoção e uma briga acirrada pelo campeonato. A sequência final vai ter simplesmente Imperatriz, Beija-Flor e Viradouro. Três escolas apontadas neste pré-carnaval como favoritas ao título. A Imperatriz com seus quadros renovados apostando na eficiência e bom gosto de Leandro Vieira. A Beija-Flor com um enredo bastante político e com uma comunidade bastante empenhada em acabar com o jejum de títulos. E a Viradouro em trabalho solo de Tarcísio, pelo menos top três nos últimos carnavais no Especial, apostando em um enredo inédito e com grande aptidão para a emoção. Antes desta sequência, a Vila se reencontra com Paulo Barros em sua terceira passagem na Azul e Branca do Bairro de Noel com um enredo que é a cara do artista. Já na abertura da noite, o Paraíso do Tuiuti com grandes novidades em seu time para o carnaval 2023, entre elas o intérprete Wander Pires e a dupla de carnavalescos João Vitor e Rosa Magalhães, tenta apagar os erros que levaram ao décimo primeiro lugar do ano passado e aposta em um enredo com forte brasilidade e regionalismo cultural. Mas no meio de tudo isso, como segunda a se apresentar, a Portela vai comemorar seu centenário em um desfile que promete muita emoção não só para comunidade e torcedores da escola, mas para todo o mundo do samba. Após a apuração na quarta-feira de cinzas, seis escolas voltam no desfile das campeãs e a última colocada será rebaixada para a Série Ouro. Os desfiles terão início às 22h. O site CARNAVALESCO preparou um guia contando mais sobre o que cada agremiação vai trazer para a Sapucaí.
Paraíso do Tuiuti
A Azul e Amarela de São Cristóvão apostou na união da experiência com a juventude. Rosa Magalhães e João Vitor Araújo vão ter a missão de produzir um carnaval que faça esquecer os erros do ano passado em um desfile que gerava bastante expectativa, mas terminou em décimo primeiro lugar, longe de qualquer briga até do desfile das campeãs. Para 2023, “Mogangueiro da Cara Preta”, enredo desenvolvido a partir de uma sugestão inicial do presidente Renato Thor, vai contar a chegada dos búfalos e sua adaptação a Ilha de Marajó, além de aproveitar para levar para Sapucaí toda a riqueza cultural da região insular no estado do Pará. Após o vice-campeonato em 2018 com um carnaval digno de título, e sustentando grandes sambas nos últimos anos, ainda há expectativa de que a escola de São Cristóvão possa repetir a dose e surpreender produzindo um carnaval que figure mais uma vez entre os melhores do ano.
Além da chegada da dupla Rosa e João Vitor, a agremiação trouxe a experiência do intérprete Wander Pires, que esteve à frente do microfone oficial da Mocidade nos últimos cinco carnavais. Já na comissão de frente, Lucas Maciel e Karina Dias assumem o comando dos bailarinos. Lucas tem se destacado na Série Ouro após produzir a comissão do Império da Tijuca nos últimos anos. Em relação ao primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, o Tuiuti manteve a dupla Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane, e à frente da SuperSom, mestre Marcão segue para este carnaval. A direção é de André Gonçalves. O samba de 2023 tem como autores Cláudio Russo, Alessandro Falcão, Gustavo Clarão, Julio Alves, Moacyr Luz, Pier Ubertini e W Correia.
Fique de olho: Um dos poucos pontos que passou ileso no desfile do ano passado, a bateria de mestre Marcão segue impressionando nos ensaios e na preparação para o carnaval 2023. Os ritmistas vão fazer uma bossa que remete ao ritmo do Carimbó no refrão do meio do samba. A frente deles virá a rainha Mayara Lima. Ano passado a beldade tomou o holofote para si, vindo como princesa do Tuiuti pelo samba no pé e simpatia. Em 2022, foi eleita como personalidade do ano pelo site CARNAVALESCO. Agora coroada como rainha podemos esperar o mesmo além das já famosas coreografias no ritmo da ala de chocalhos e o entrosamento com os passistas. Wander “a voz” Pires, um monstro da Sapucaí está de casa nova e poderá mostrar no Tuiuti que ainda tem muita lenha para queimar no carnaval com sua voz poderosa e seus cacos bastante característicos.
Portela
A Majestade do Samba vive um ano especial, pois em 2023 se tornará a primeira Escola de Samba a completar 100 anos. O desfile promete ser muito emocionante, afinal de contas, como esperado a aniversariante irá falar de si e relembrar grandes momentos deste centenário. Maior campeã do carnaval carioca com 22 títulos, não foi uma tarefa fácil escolher o recorte para a produção de um desfile. O enredo “O azul que vem do infinito” desenvolvido pelos carnavalescos Renato e Márcia Lage, que vão para o seu terceiro carnaval a frente da agremiação, vai levar para a Sapucaí os principais carnavais divididos pelas décadas e os olhares de cinco baluartes que estão diretamente relacionados com a instituição e que tem sua história se confundindo com a própria história da escola. Paulo da Portela, a ex- porta-bandeira Dodô, Natal, David Corrêa e Monarco são os fios condutores desta narrativa, trazendo os principais carnavais da época de cada um deles.
Após o quinto lugar do ano passado, a grande mudança aconteceu na presidência. E nem foi uma mudança tão grande assim. Fabio Pavão que era vice do ex-presidente Luiz Carlos Magalhães assumiu a escola e Junior Escafura, diretor de harmonia no carnaval passado, agora é seu vice. Nos principais quadros, além do Casal Lage, a Azul e Branca apostou na manutenção. Gilsinho segue como intérprete oficial, indo para o seu sétimo carnaval seguido na Portela. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Lucinha Nobre, desfilaram juntos pelo quinto desfile consecutivo. Na comissão de frente, Léo Senna e Kelly Siqueira também foram mantidos do carnaval passado. E na Tabajara do Samba, mestre Nilo Sérgio segue desde 2006 à frente dos ritmistas. Para o centenário, venceu a obra dos compositores Wanderley Monteiro, Bira, Edmar JR., Hélio Porto, Marcelão, Rafael Gigante e Vinicius Ferreira.
Fique de olho: O centenário por si só já vai render um grande motivo para acompanhar o desfile da Portela. A promessa é de muita emoção, presença de figuras marcantes da escola e celebração da história da Portela. O carro abre-alas vai trazer a tradicional Águia. A carnavalesca Márcia Lage revelou que esta águia foi a que deu mais trabalho para a dupla de carnavalescos pela quantidade de ideias que foram surgindo para festejar os 100 anos. Assim como o título do enredo ” o azul que vem do infinito”, a dupla de carnavalescos se baseou nos tons de azul, roxo e laranja do céu em seus diversos momentos do amanhecer para o anoitecer para construir a paleta de cores da estética do desfile da Portela. Os 22 títulos da maior campeã do Grupo Especial estarão presentes de alguma forma neste desfile. No ensaio técnico, a agremiação distribuiu alguns quitutes como “vem vivido” e “cocada”, será que vai ter bolo no desfile?
Vila Isabel
Após a grande homenagem ao baluarte Martinho no carnaval passado, a Vila Isabel, agora, de presidente novo, vai apostar em um enredo que é a cara do seu carnavalesco. O novo presidente Luiz Guimarães resolveu retomar mais uma vez a parceria da Vila Isabel com o carnavalesco Paulo Barros. É a terceira passagem do artista pela escola do bairro de Noel. Após dois carnavais sem muito brilho, pelo menos no resultado final, por Unidos da Tijuca e Paraíso do Tuiuti, Paulo Barros tenta voltar a impressionar o mundo do samba escolhendo desta vez uma temática que lhe permita desenvolver um carnaval com o seu DNA. Luiz Guimarães deu a Paulo Barros autonomia para escolher e desenvolver o enredo, com a grande condição de que fosse um enredo alegre e que permitisse à escola trazer um astral bastante positivo para a Avenida. “Nessa Festa, Eu Levo Fé” fala das festas religiosas espalhadas pelo Brasil e o mundo, inclusive a folia carioca, para comemorar na Sapucaí o retorno de um carnaval que, dessa vez, no pós-pandemia, será na data esperada e sem nenhum tipo de restrição. O enredo vai da cultura festiva da Grécia Antiga representada pelo Deus Baco, passando por festas no mundo todo, festas típicas do Brasil, as celebrações do dia dos mortos, até finalmente aportar no carnaval.
A chegada de Paulo Barros e a nova presidência não foram as únicas mudanças para 2023. A Azul e Branca trouxe para a Comissão de Frente, a dupla Alex Neoral e Márcio Jahú que produziu os dois últimos carnavais para a Viradouro, sendo um destes, vitorioso. Na bateria e no carro de som, tudo igual, Macaco Branco comanda a Swingueira de Noel e Tinha segue como intérprete oficial, se valendo de um entrosamento que vem desde 2019. Outros que foram mantidos são Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira desde o carnaval de 2022. Moisés Carvalho é o diretor de carnaval. A Vila Isabel escolheu o samba-enredo da parceria de Dinny da Vila, Kleber Cassino, Mano 10, Doc Santana e Marcos para o desfile do Carnaval 2023.
Fique de olho: Um desfile de Paulo Barros por si só é promessa de um caminhão de surpresas e efeitos que vão chamar a atenção e interagir com o público. Esta é a promessa do diretor de carnaval Moisés Carvalho, um dos responsáveis por tornar factíveis as ideias do artista. No ensaio técnico, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira apresentaram uma bonita e peculiar coreografia com a participação dos guardiões. Outras surpresas estão programadas para o casal. Olho neles! A Swingueira de Noel vai realizar uma bossa de galope no refrão do meio fazendo alusão ao ritmo de festa junina que deve levantar a Sapucaí e gerar muita coreografia e ritmo ao desfile. A parceria Alex Neoral e Márcio Jahú com o carnavalesco Paulo Barros pode gerar coisa boa na Sapucaí. Alex Neoral trabalhou com o artista na Viradouro em 2019, ano em que a escola retornou ao Grupo Especial já com um vice-campeonato e a comissão foi um dos pontos altos pelos efeitos e toda a caracterização. A última alegoria vai trazer o carnaval carioca e fazer uma homenagem as coirmãs do jeito Paulo Barros.
Imperatriz
Engasgada pelo décimo lugar em 2022, considerado pela escola e por muitos sambistas como injusto, a Imperatriz Leopoldinense investiu pesado para 2023 e figura como uma das favoritas ao caneco. Leandro Vieira, principal contratação da escola, depois de seis carnavais a frente da Mangueira, retorna à Rainha de Ramos, agora no Grupo Especial e com a possibilidade de produzir para a comunidade leopoldinense um desfile autoral. “O aperreio docabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida” vai narrar de forma lúdica as aventuras de Lampião após sua morte tentando entrar no céu e no inferno, baseadas em algumas obras da literatura de cordel de José Pacheco e Guaipuan Vieira. A ideia do carnavalesco na escolha do tema é dar uma fervida no sangue da escola, uma pitada de delírio, e trazer uma pegada mais quente. A projeção visual é ligada à ideia do sertão e do cangaço, no Nordeste do semiárido, ligado ao universo sertanejo. A cultura do cangaço, a estética do cangaço, e a pluralidade que o sertão apresenta. E da sofisticação que o sertão apresenta.
Outros quadros também sofreram mudanças por parte da diretoria. Pitty de Menezes assumiu o microfone principal após passagem destacada na Porto da Pedra nos últimos anos. O coreógrafo Marcelo Misailidis deixou a Beija-Flor por onde trabalhou nos últimos oito carnavais, para comandar a comissão de frente da Verde e Branca de Ramos. Já Phelipe Lemos retorna a Imperatriz para retomar o par com Rafaela Theodoro no primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Mestre Lolo, bastante elogiado pelos últimos carnavais a frente da Swing da Leopoldina, segue à frente dos ritmistas. André Bonatte e Mauro Amorim dividem a direção de carnaval da escola. O samba que irá embalar o desfile sobre Lampião tem como autores Me Leva, Antonio Crescente, Gabriel Coelho, Lucas Macedo, Luiz Brinquinho, Miguel da Imperatriz, Renne Barbosa e Rodrigo Rolla.
Fique de olho: Leandro Vieira está de volta a Rainha de Ramos e bastante motivado agora produzindo um enredo autoral. O conjunto alegórico da Imperatriz promete impressionar. A rainha Maria Mariá, cria da ala de passistas da Imperatriz, vai fazer sua estreia à frente dos ritmistas de mestre Lolo que deve levar para a Sapucaí zabumba e realizar bossas em ritmo de xote e xaxado. O carro de som vai ter a estreia de Pitty de Menezes e terá uma sanfona que foi um dos destaques durante a preparação da escola em ensaios de rua, quadra, na Sapucaí e eventos em geral. O samba, aliás, é um dos melhores do ano e resume de forma bastante precisa o enredo além de trazer a pitada lúdica e delirante que o enredo apresenta. A primeira-dama do Brasil, Janja Silva, aceitou o convite para ser madrinha da velha-guarda da verde, branco e ouro, mas a presença no desfile ainda depende da agenda oficial e dos compromissos firmados anteriormente. Será que vem?
Beija-Flor
A Deusa da Passarela chega a este carnaval 2023 com um incômodo jejum que para muitas escolas não seria nada. Mas para a Beija-Flor já igualou seu maior jejum neste século, no período entre os títulos de 2011 e 2015. Em anos, já é o maior, desde 2018, levando em consideração que em 2021 não houve desfile. Para 2023, a grande aposta da diretoria foi oficializar a parceria de André Rodrigues e Alexandre Louzada. André já havia participado bastante do carnaval passado como assessor de Louzada. Agora como carnavalesco da Soberana, André desenvolveu um enredo bastante politizado ao lado do pesquisador Mauro Cordeiro. ” “Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da independência” aproveita as discussões acerca do Bicentenário da independência comemorado em 2022, retomando o tema no carnaval 2023, mas colocando nos debates a ideia de uma nova data a ser lembrada para formação de independência. O dia 2 de julho de 1823 até hoje é feriado na Bahia comemorando justamente a data conhecida como independência do estado. A Soberana de Nilópolis vem propor um novo olhar sobre este e outros movimentos similares e o seu lugar na história do Brasil.
Além da promoção de André Rodrigues como carnavalesco, a Beija-Flor trouxe para a comissão de frente a dupla Saulo Finelon e Jorge Teixeira, que produziram as últimas sete comissões da Mocidade. No carro de som, outra novidade. Neguinho terá a companhia da cantora Ludmilla à frente do carro de som. Mestre Plínio auxilia mestre Rodney no comando da bateria Soberana. Já no casal de mestre-sala e porta-bandeira, nenhuma mudança. Claudinho e Selminha Sorriso vão para o 27 desfile dançando juntos pela Beija-Flor. A direção de carnaval é de Dudu Azevedo. Os compositores da obra escolhida pela Azul e Branca para o carnaval 2023 são Diego Rosa, Julio Assis e Léo do Piso.
Fique de olho: O carro abre-alas da Beija-Flor promete ser um dos maiores do Grupo Especial e vai fazer uma homenagem a quem o enredo considera como os verdadeiros heróis da independência: indígenas, negros e o povo em geral. Saulo e Jorge vão fazer a sua estreia na Soberana após uma passagem bastante premiada pela Mocidade. Foi da dupla, a icônica imagem do Aladdin que sobrevoou a Sapucaí em 2017. Ludmilla vai cantar ao lado de Neguinho no carro de som da Azul e Branca. No ensaio técnico realizado na Sapucaí, a artista demonstrou bastante entrosamento com o intérprete e carro de som, e até arriscou alguns cacos, levantando o público. O desfile vai marcar a estreia da nova rainha de bateria da Beija-Flor, Lorena Raíssa, que substitui Raissa de Oliveira, que estava no cargo desde 2004.
Viradouro
Sempre top três nos últimos carnavais desde que retornou ao Grupo Especial, a Vermelha e Branca de Niterói quer manter o alto nível e buscar o tricampeonato apostando em um enredo inédito, complexo e que vai mexer muito com a emoção do público. “Rosa Maria Egipcíaca” será o primeiro trabalho solo de Tarcísio Zanon no especial, agora que Marcus Ferreira saiu da Viradouro para realizar o carnaval da Mocidade. Baseado na obra “Rosa Maria Egipcíaca de Vera Cruz – uma santa africana no Brasil” de Luiz Mott, o desfile se debruça sobre a história de Rosa Maria Egipcíaca, primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil, também criadora do sagrado coração que hoje é adorado no mundo inteiro, entre outras grandes realizações. Sua conexão com o cristianismo preto do Brasil é um aspecto que será bastante abordado no desfile da Vermelha e Branca de Niterói.
Além da mudança na dupla de carnavalescos, a Viradouro trocou a dupla de coreógrafos da comissão de frente. Priscila Mota e Rodrigo Negri, o “casal segredo”, agora vão ser responsáveis pelo quesito, após três carnavais na Verde e Rosa. Na bateria, primeiro casal e carro de som, nenhuma mudança. Ciça segue a frente da “Furacão vermelho e branco”, Julinho e Rute dançam juntos pela quinta vez na escola e o samba estará a cargo do intérprete Zé Paulo Sierra. A direção de carnaval é de Dudu Falcão e Alex Fab. Os compositores do samba-enredo da Viradouro para este carnaval são Claudio Mattos, Dan Passos, Marco Moreno, Victor Rangel, Lucas Neves, Deco, Thiago Meiners, Valtinho Botafogo, Luis Anderson, Jefferson Oliveira e Bertolo.
Fique de olho: O enredo é um dos mais elogiados do carnaval carioca. A história de Rosa Maria Egipcíaca é bastante profunda, complexa, além de ser inédita. O desfile deve encerrar a noite com muita emoção. A dupla Priscila Mota e Rodrigo Negri, o “casal segredo”, vão fazer a estreia na Viradouro. No carnaval passado ganharam o prêmio Estrela do Carnaval oferecido pelo site CARNAVALESCO pela comissão desenvolvida para o desfile da Mangueira. Na Série Ouro, a dupla também ganhou o prêmio pela União da Ilha. Um dos recursos que o carnavalesco Tarcísio Zanon mais aposta para impressionar o público é o uso da arte cinética durante o desfile. Os delírios de Rosa Maria Egipcíaca devem ganhar um contorno a mais com a produção de movimentos que vão estar presentes nas alegorias da Vermelha e Branca de Niterói.
Regulamento
De acordo com o regulamento do Carnaval 2023 ficou definido pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) que o tempo de duração do desfile de cada escola de samba será de, no mínimo, 60 (sessenta) minutos e, no máximo, 70 (setenta) minutos. As escolas de samba, cuja posição na ordem de desfiles correspondam à numeração par, deverão se concentrar a partir da lateral do setor 01 da Avenida dos desfiles no sentido do edifício “Balança Mas Não Cai”. As escolas de samba, cuja posição na ordem de desfiles correspondam à numeração ímpar, deverão se concentrar a partir do prédio do Juizado de Menores, no sentido dos prédios da Cedae e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A primeira escola de samba a desfilar em cada um dos dias de desfiles poderá se concentrar a partir da Área de Armação (Área anterior ao portão de início de desfile.
Outros aspectos importantes a se destacar no regulamento são as obrigatoriedades: número mínimo de 60 baianas; comissão de frente com o mínimo de 10 e máximo de 15 componentes; mínimo de 200 ritmistas agrupados na bateria; mínimo de 04 e o máximo de 06 alegorias, podendo no máximo 01 alegoria acoplada, além do número máximo de 03 tripés, sem contar os elementos cenográficos que eventualmente possam ser apresentados pela Comissão de Frente.
Pelo regulamento de 2023, “qualquer escola de samba do Grupo Especial que não entregar sua prestação de contas, com a devida aprovação, até o mês de agosto de 2022 ficará desclassificada do Grupo Especial da Liesa e, em consequência, será rebaixada para o Grupo de Acesso – Série Ouro da Liga RJ e ali permanecerá até que conquiste o título de campeã, e demonstre já ter concluído o processo de regularização de todas as pendências junto à Liesa e aos órgãos públicos”.
Manual do julgador
Este ano, o júri passou de 45 para 36 membros, com quatro deles para cada quesito (Evolução, Bateria, Harmonia, Comissão de Frente, Fantasia, Enredo, Alegorias e adereços, Mestre-sala e Porta-bandeira). Agora, cada quesito terá quatro notas e não mais cinco. Como já é feito a menor nota de cada quesito será descartada. Os julgadores serão distribuídos em quatro cabines espalhadas ao longo da pista de desfile da Sapucaí. Em cada cabine haverá nove jurados, um de cada quesito. O primeiro módulo localizado abaixo do setor 03 será duplo. A Liesa está se organizando para divulgar as justificativas das notas diferentes de 10 menos de 48 horas após a Apuração, que acontecerá na quarta-feira de Cinzas, dia 22, às 16 horas, na Praça da Apoteose. A expectativa é que os textos estejam liberados na sexta-feira dia 24 de fevereiro.