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Abrindo ensaios técnicos no Sambódromo do Anhembi, Camisa Verde e Branco faz treino seguro, mas com pontos a melhorar

O primeiro ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi foi da Camisa Verde e Branco, a agremiação que cantará ‘Invisíveis’ em 2023 está no Grupo de Acesso I e busca o retorno para o Grupo Especial que não disputa desde 2012. Um ponto é que a escola não veio tão grande, fez um treino sem erros graves, buscando ser compacta, mas o canto e evolução no primeiro setor ficaram devendo na apresentação. O Camisa Verde e Branco será a terceira escola a desfilar no domingo, dia 19 de fevereiro, antes disso tem mais dois ensaios técnicos marcados nos dias 21 de janeiro e 03 de fevereiro. * VEJA AQUI FOTOS DO ENSAIO

Comissão de Frente

A comissão de frente veio em grande número e fez uma dança que despertou os olhares do público. Em um determinado momento, um destaque que ficava interagindo com seus companheiros na dança e geralmente estava à frente de todos, era erguido pelos homens, em uma alusão a cruz, e as mulheres ficavam ao redor dos dançarinos, formando um círculo.

Fotos de Fábio Martins/Site CARNAVALESCO

Lembrando que o tema é sobre os ‘Invisíveis’, então, teremos surpresas do coreógrafo Jonathan Paulino. A dança foi bem interativa e no sincronismo nos passos dos componentes. Pois alinhavam hora pelo meio com todos, hora dividia uma parte para cada lado da pista ou mesmo duas fileiras pelo meio com agachamento e movimentando as mãos todos ao mesmo tempo. O uniforme foi bem variado, camisas de times de basquete e até de futebol.

Mestre-sala e Porta-bandeira

A chuva e o vento começaram durante a apresentação do “Trevo”. O casal vestido de branco e dourado com detalhes verdes, Alex Malbec e Jessika Barbosa, fez uma passagem de muita conexão, toques e olhares chamaram atenção. As apresentações no primeiro setor foram dentro do esperado e levaram o público com o sorriso e a interação com o público principalmente no Setor B que começava a lotar naquela altura. Driblaram o percalço que estava o vento, o principal desafio neste ensaio. O ponto positivo na dança com certeza foi o sincronismo de modo geral, e a apresentação do pavilhão durante o percurso com todo um ritual de conexão.

Harmonia

O primeiro setor da escola cantou pouco, era muito baixo escutar desde a comissão de frente até a Velha Guarda que veio no meio da escola. Depois vieram setores animados e interagindo mais com o sorriso no rosto. Um setor que despertou atenção foi a ala coreografada, logo após o primeiro casal, eles davam as mãos em trechos do samba e se unia em referência a ‘igualdade e respeito’, bem representativo.

Além da ala bem animada das passistas plus size que veio no final, e das passistas que mostraram muito samba no pé, levantando público. A ala que foi destaque pela animação e canto foi ‘Ala o Samba é o nosso ideal”. A ala das baianas veio de branco e passaram por cima de qualquer chuva, rodaram e interagiram sendo aplaudidas pela arquibancada. A velha-guarda de verdão, roupa linda, foi bem simpática na sua passagem, assim como a ala das crianças. Na sequência das crianças, uma ala com a bandeira do Brasil, o samba tem um trecho que fala ‘Brasil, verás que um filho teu não foge a luta’.

Evolução

Com uma comunidade mais enxuta, o “Trevo da Barra Funda” fez um ensaio seguro e próximo dos setores, sem deixar espaços entre eles. Mas ao mesmo tempo, faltou mais interação e um desfile mais leve no primeiro setor, ou seja, um único ritmo da escola. Por um momento estavam em um ritmo mais lento que o restante que veio mais animado e solto.

Tem pontos a melhorar por conta disso, precisa ter uma conexão geral entre todos os setores da escola. No mais, terminou o ensaio sem riscos no tempo, dentro do cronograma, afinal com as alas bem próximas umas das outras, evitando assim erros.

Samba

Parceria Clóvis Pê e Igor Vianna, recém chegado, desenvolveu uma troca no esquenta e durante o samba mostraram entrosamento diria que promissor para uma dupla iniciante junta. Mas, após o desfile, Clóvis Pê se desligou da escola por não se alinhar com o novo intérprete, relatou em nota na rede social: “Resolvi ver como seria o ensaio técnico, o primeiro ensaio com o grande intérprete Igor Vianna, e nossos perfis são muito diferentes” e em outro momento da carta disse: “Não tenho problema em dividir microfone, mas tem que ter o mesmo perfil vocal e muitas outras coisas que só quem divide sabe. Não cabe a quem não entende de música e a importância da ala musical questionar minha decisão”.

Sobre o samba ressalta muito toda a temática de resistência, e, portanto, tem trechos como “Até quando a pobreza irá sustentar, a riqueza de homens que assolam o país? E o Camisa é a força de expressão. E a Barra Funda um canto que nos faz feliz”. Fatores que realmente alavancaram a comunidade, seja no canto ou também na expressão dos componentes, conseguiram trazer a mensagem do enredo neste samba. Ou seja, essas partes do samba trazem muitos sinais de resistências como “Contra todo opressor. Nossa fé é munição. Resistindo com amor, pela nossa Nação. Em cada livro se escreve a esperança, pro futuro da criança”, as alas simbolizavam cada um com as mãos, seja o punho levantado, batendo no peito, e outras maneiras.

Outros destaques

A bateria da “Furiosa da Barra”, comandada por mestre Jeyson Ferro, passou na segurança seguindo o ritmo do samba que tem seu destaque no refrão quando a escola canta mais forte no toda ‘força de expressão’. Fizeram uma passagem tranquila, sem ousar muito nas bossas, fazendo dentro do regulamento e sustentando o samba.

A musa da bateria, Hariadne Diaz veio com um look branco com dourado que despertou atenção, e uma espada nas mãos. A rainha Shopia Ferro apostou no verde, cores da escola, e com notas musicais e o trecho do samba “Brasil verás que um filho teu não foge a luta”, e outra parte com “Igualdade e respeito” quando abria os braços, bem marcante. Junto com elas, um componente com o pandeiro na mão brinca bastante com a musa e rainha, também com a bateria, sendo outro destaque no setor.

O carnavalesco Renan Ribeiro (foto) é sempre muito atuante no desfile, na comunidade, participa de setores, fala para a comunidade, e ela retorna com o tradicional “Salve”.

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