Dowglas Diniz divide com Marquinhos Art’Samba o posto de intérprete da Mangueira desde a preparação para o Carnaval de 2023. Uma das mais importantes revelações do mundo no samba nos últimos anos, conversou com o CARNAVALESCO sobre o desfile da Verde e Rosa no último carnaval, o trabalho com o samba da escola, e com os mestres de bateria.

Foto: Nelson Malfafini/CARNAVALESCO

Dowglas começou contando sobre o balanço que fez do último carnaval, em que a Verde e Rosa levou Alcione como enredo à Sapucaí: “O balanço foi de aprendizado para podermos melhorar as coisas que erramos no carnaval de 2024, para no ano de 2025 não cometer os mesmos erros que teve em 2024. Foi um ano maravilhoso também, como eu disse em outras entrevistas para o site CARNAVALESCO, foi um ano de homenagem a nossa madrinha, que fez muita coisa pela Mangueira, fez muita coisa pela Mangueira do Amanhã, então não foi um ano jogado fora, foi um ano de aprendizado para a Estação Primeira de Mangueira”.

Em relação ao desfile da Mangueira de 2024, o intérprete fala sobre o sentimento de não ter voltado no desfile das campeãs, e que a dor seria a mesma independente de qual enredo, mas que a escola virá com tudo para o Carnaval de 2025: “Com certeza dói, para qualquer escola, pode falar de qualquer enredo. Não voltar nas campeãs, para uma escola que se prepara o ano inteiro é muito doloroso. Isso a gente tirou como força para o ano de 2025 vir muito melhor. A gente está sentido, está com o coração ferido e pode ter certeza que em 2025 a Mangueira vai vir com raiva para tentar apagar o ano de 2024 que foi”.

Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Dowglas falou sobre o trabalho com Marquinhos Art’Samba e como ambos foram elogiados pelo trabalho com um samba que saiu da final desacreditado, e que captou todo mundo, sendo um acontecimento na Sapucaí: “Como você disse, é um samba que saiu desacreditado da quadra, mas o coração de um mangueirense é um coração diferente. Depois que escolhe o samba não vira samba de compositor tal, compositor outro, vira o samba da Estação Primeira de Mangueira. A gente abraça com a alma e a gente canta, não só pelo enredo, não só pelo homenageado, a gente canta pela Estação Primeira de Mangueira. Quando chega na avenida pode ser qual samba que for, que a Mangueira, a comunidade da Estação Primeira de Mangueira, canta com garra, com coração. Questão de samba não é problema para a gente nunca”.

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Encerramos falando com eles sobre o trabalho com os mestres de bateria da escola, Rodrigo Explosão e Taranta Neto, ao qual Dowglas reforça que sempre é um trabalho conjunto em busca do melhor para a escola: “É um trabalho de longa distância, que eu falo. Porque acabou a apuração a gente já estava sentado conversando, eu, Vitor, Rodrigo Explosão, Tigrão que é o nosso diretor musical junto com o Vitor, porque eu sou cantor hoje, mas fui ritmista, o Vitor hoje é diretor musical, mas também foi ritmista, então a gente entra em um consenso, vê o que é melhor para a escola e também para a gente. A soma de bateria com carro de som para a gente facilita muito, então a gente sempre busca um ideal para todo mundo, para agradar a bateria, para agradar o carro de som. Para a gente não tem problema nenhum, a gente sempre vai buscar trabalhar em conjunto sempre”.

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