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X-9 emociona e vence a chuva em grande noite do carnaval de Santos

Primeiro grupo de escolas de samba da Baixada Santista desfilaram na sexta-feira, incluindo três do Grupo de Acesso e quatro do Especial

A primeira noite dos desfiles das escolas de samba de Santos trouxe inúmeras emoções para os presentes na Passarela do Samba Dráusio de Cruz, no bairro da Areia Branca. Se uma tradicional agremiação, em especial, se destacou pela garra e por enfrentar uma tempestade na Baixada Santista, todas as outras tiveram bons trunfos para conquistar os presentes no Sambódromo nesta sexta-feira (21 de fevereiro).

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Sempre acompanhando as escolas de samba onde quer que elas estejam e pela primeira vez cobrindo o carnaval de Santos, o CARNAVALESCO conta os destaques de cada uma das sete escolas que desfilaram na data – lembrando que a personalidade sempre tão marcante do município se faz presente até no carnaval, já que as duas noites de apresentações unem agremiações do Grupo de Acesso e também do Especial.

Imperatriz Alvinegra

Homenageando uma importante cidade da Grande São Paulo no enredo “Suzano! Bandeira de todas as cores… no peito um só ideal”, a escola da cidade de São Vicente chamou atenção logo na entrada, com uma comissão de frente inteiramente fantasiada de guaianases – nome da tribo originária que estava no local quando os colonizadores chegaram. Vale destacar, também, a fantasia da bateria da agremiação, comandada por mestre Denis Santos, que veio inteira representando o tão famoso proletariado da Grande São Paulo.

Vila Mathias

É justo dizer que poucas escolas passaram com alegorias tão bonitas e bem acabadas quanto a agremiação amarelo, azul e branco. O abre-alas, com uma líndissima coroa, por sinal, impactou muitos no Dráusio da Cruz. O polêmico enredo “Gênesis – O que Deus criou, o homem devastou”, com um final apocalíptico, foi bem desenvolvido pela agremiação e contou, até mesmo, com um paradão da bateria – muito bem respondido pelos componentes. A comissão de frente, inteiramente preta e representando, aparentemente, o big bang, também foi destaque.

Academia de Samba Unidos da Zona Noroeste

O Galo da Areia Branca pisou forte na Passarela para contar a cidade de Santos por meio dos principais símbolos do município (como o Santos Futebol Clube e a praia) no enredo ““Santos… o mar que pulsa na avenida, o legado do peixe na alma santista”. A comissão de frente, com conchas do mar, surpreendeu a todos – bem como o casal de mestre-sala e porta bandeira, Luíz Braga e Patrícia Corrêa, que soltavam bolhas de sabão enquanto evoluíam. Dentre os presentes, destaque para Lucas Donato, intérprete oficial do Pérola Negra em São Paulo juntamente com Bruno Ribas – na Baixada, ele esteve acompanhado por Thiaguinho.

Bandeirantes do Saboó

Inaugurando o Grupo Especial na sexta-feira, uma agremiação que estava com saudade de disputar o pelotão de elite do carnaval santista. Também pudera: eram dez anos desde a última vez que a vermelho, preto e branco se fez presente no Grupo Especial. E, para voltar em grande estilo, nada melhor que contar uma tradição da cidade: o cará – principal produto do pão típico da cidade, que prefere ele ao francês, mais tradicional acima da Serra do Mar e em tantos outros locais do país. O enredo era intitulado “Cará – O Rei do Meu Carnaval”

Se o símbolo da agremiação, naturalmente, é um bandeirante, ele aparentou ter sido transformado em um pirata no carro abre-alas, um imenso navio – em ótima sacada da carnavalesca Edilene Florentino. A Furacão, bateria comandada por mestre Sarrá (de nome Ériko Veríssimo), executou várias paradinhas para abrilhantar o samba-enredo conduzido por Primo do Pandeiro. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, André Lima e Tatiane Fares, veio inteiro em frutacor e se comunicou muito bem com o público.

Mocidade Amazonense

O Índio Guerreiro chegou disposto a surpreender no Dráusio da Cruz. Contando com um enredo extremamente lúdico, em que personagens do Sítio do Picapau Amarelo, obra-prima de Monteiro Lobato, contam histórias e lendas do folclore brasileiro, a agremiação chegou impactante e leve à Passarela. Na comissão de frente, diversos bailarinos interagiam com Dona Benta e Narizinho – sendo que a avó segurava, também, um livro que aparentava estar repleto de histórias. Não parou por aí: as baianas, pouco atrás, estavam fantasiadas de Cuca.

Se a fantasia da Feitiço da Ilha, de mestre Pepeu tinha um quê de obviedade (os ritmistas vieram fantasiados de Visconde de Sabugosa), eles também tiveram muito destaque. Não apenas na sustentação da canção muito bem interpretada por Ricardo Jacaré, mas também por trazer alguns desfilantes tocando xilofones e até mesmo um saxofone – e é claro que os ritmistas de tais naipes vinham à frente a cada cabine de jurado. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação, Kaeo Azevedo e Amanda Acáccio, além de defender muito bem o pavilhão, também estava muito bem vestido, inteiramente em verde – cor oficial da instituição do Guarujá.

X-9

Parecia que a chuva estava apenas aguardando a sonora sirente do cronômetro santista indicando que a Pioneira estava prestes a entrar para cair. E, sendo justo, não foi uma simples chuva: foi uma tempestade que durou, em diferentes intensidades, a apresentação inteira da escola do Macuco. Nada, entretanto, que atrapalhasse o verdadeiro sacode que a maior campeã do carnaval santista deu no Dráusio da Cruz. Contando o enredo “Peregrinos de Fé, Oh Mãe Negra, Meu Samba é Minha Oração”, desenvolvido pelo carnavalesco Amauri Santos (que também produziu a X-9 Paulistana, no Grupo de Acesso), o que se viu foi emoção do começo ao fim da apresentação em homenagem a Nossa Senhora Aparecida.

A escola cantou o belíssimo samba interpretado por Fredy Vianna e Rafael Forjanes, popularmente conhecido como Bolinha, de maneira muito forte e uniforme. Mais do que isso: o fato dos desfilantes cantarem mesmo sob uma chuva torrencial empolgou as arquibancadas, que responderam. Vale destacar, também, a Magia Xiosnoveana, bateria comandada por mestre Gugu. Com toda a pinta de favorita, a instituição concluiu a própria apresentação com outra presença ilustre: a porta-bandeira Thais Paraguassu – em dupla com o mestre-sala Fabiano Dourado, primeiro casal da Pioneira.

Real Mocidade Santista

Quem também tinha personagens bastante conhecidos no carnaval paulistano foi a Realeza do Samba. Nos microfones, Chris Santos – que será intérprete do Barroca Zona Sul ao lado de Dodô Ananias em 2025. Como casal de mestre-sala e porta-bandeira, Jéssika Barbosa, antiga profissional do Camisa Verde e Branco, bailou ao lado de Lucas Rodrigues, também do Império de Casa Verde. Tudo isso para apresentar o enredo “Do Sertão à eternidade, a saga do Rei do Baião. 35 anos de saudade”, em homenagem a Luis Gonzaga.

A ala musical, por sinal, teve muito destaque. Com uma introdução potente, a instituição do Marapé fez um medley com “A Vida do Viajante” e “Asa Branca”. O primeiro verso da canção, “Olha Para o Céu Meu Amor”, inspirado na música “Olha Para o Céu”, também tinha destaque. Na comissão de frente, havia espaço para dois Luis Gonzagas, um adolescente e outro com um pouco menos de idade, contracenando com uma sanfona. Vale jogar holofotes, também, para a segura Swing do Leão, bateria comandada por Kleyton Ferro.

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