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Wic Tavares: talismã da Tijuca reflete a força da mulher no samba

Destaque que a cantora vem recebendo neste carnaval, defendendo com sucesso os sambas de outras agremiações durante as disputas, serve para quebrar muitos preconceitos

Mais que motivo de orgulho para a comunidade tijucana, a estreia de Wic Tavares como voz principal do carro de som da comunidade do Borel ao lado de seu pai, o experiente Wantuir, mostra que as mulheres podem ocupar espaços que são tradicionalmente vistos como masculinos no carnaval.

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Ivone Gomes é coordenadora da ala de baianas e secretária da Tijuca. Ela ela contou que toda a escola guarda um carinho imenso por Wic, especialmente por ter acompanhado sua trajetória desde criança, quando a menina ia com o pai nos ensaios e no carro de som da Tijuca.

“A Wic é o nosso xodó, a escola inteira abraçou e protegeu essa menina. É uma pessoa que a gente viu crescer, se formar e se tornar o que ela é hoje. A gente não consegue nem imaginar a Tijuca sem a Wic. Ela virou o nosso talismã”.

O destaque que Wic vem recebendo neste carnaval, defendendo com sucesso os sambas de outras agremiações durante as disputas, serve para quebrar muitos preconceitos: “Queremos ver mais mulheres nos carros de som, nas baterias, em todos os segmentos”, afirmou Ivone.

A faturista Rita Rosana, de 48 anos, que estreia como ritmista da Pura Cadência em 2022, concorda com Ivone. “É muito importante ouvir a voz feminina conduzindo o canto da escola. A presença de Wic, com todo esse talento que vem de berço, é um estímulo para as mulheres. Na bateria, por exemplo, vemos muitas de nós em algumas alas, como chocalho e tamborim, mas falta a força feminina nos instrumentos de marcação e na cozinha. Wic traz um chamado para que as mulheres assumam o seu papel nas escolas de samba”, contou.

O talento e o carisma de Wic também conquistaram a velha guarda tijucana: “Estamos maravilhados com o carinho que a Wic demonstra pela escola. Assumir como voz principal junto com o seu pai é um feito para o carnaval e um reforço que a Unidos da Tijuca ganhou. Estamos apostando na garra da voz feminina”, contou Eli de Sousa Barbosa, de 73 anos, presidente interino da velha guarda do pavão.

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