Por Giovanna Garcia e Rhyan de Meira
Wenny Isa, rainha de bateria Caldeirão da Zona Oeste, comentou em entrevista para o site CARNAVALESCO sobre sua relação com o carnaval e o que representa para ela ser rainha de bateria. Com apenas 14 anos, ela já passou algumas escolas no carnaval carioca. Nesse ano estreia como musa na Portela e rainha dos ritmistas da Independente de Boa Vista, no Espírito Santo. Além de manter sua coroa na bateria da Unidos de Bangu.
Wenny conta que se apaixonou pela querida da Zona Oeste.“Eu amo, amo, amo essa comunidade. Eu amo ter esse carinho que as pessoas me dão. Esse carinho é muito importante porque me faz querer continuar”, disse emocionada.
Além disso, ela entende que o título da realeza e a bateria tem um grande significado. “O carnaval é a nossa cultura e ser rainha de bateria é estar no coração de toda a escola de samba. Porque a escola de samba vem da bateria, vem com mestre-sala e porta-bandeira, as baianas, a velha guarda, mas a gente não pode esquecer da bateria, que é o que faz tudo se movimentar e todo mundo sambar”, comentou Wenny Isa.
Ela, além de ser um sucesso no mundo do carnaval, esse ano lançou seu primeiro álbum como artista. A cantora é um sucesso nas redes sociais, tendo mais de 950 mil seguidores no Instagram. No entanto, junto com a fama, amor e fans, vem o “hate”. A influencer abriu o coração sobre os ataques virtuais que tem sofrido. Ela reconhece a pressão constante, mas em vez de se deixar abalar, lembra do amor e carinho que recebe.
“A pressão realmente existe, porém, em vez de me abater por ela, eu continuo e às vezes as pessoas atacam, porém, quando eu recebo esse ataque, eu reverto ele, penso nas pessoas que me fazem bem e assim eu continuo. Você se torna mais forte”, garantiu.
Wenny disse como consegue transformar isso em força para continuar. De acordo com ela, o principal é persistir: “É persistir e se agarrar nas pessoas que você mais ama. Porque você, pensando nas pessoas que você mais ama. Mesmo que não tenha alguém ali pra te apoiar, você tem que acreditar em si mesmo, porque você tem que acordar todo dia, se olhar no espelho e falar que você se ama. Se você se amar, você consegue muito, e com Deus você também consegue”, contou.
Wenny carrega o legado familiar com orgulho. Antes dela, o posto na Unidos de Bangu foi ocupado inicialmente por Lexa e depois por Darlin, que, ao se tornar rainha no Império Serrano, passou a coroa para sua filha mais nova. As duas tiveram um papel fundamental na construção de quem é a Wendy hoje.
“Elas me ensinaram a persistir. Eu lembro quando eu era pequenininha, uns oito anos, eu vi a minha irmã e minha mãe desfilarem e eu fiquei muito feliz. Eu ficava pulando na cama, querendo ser assim também. E daí, elas me ensinaram a ser quem eu sou”, afirma Wenny Isa.
Ainda, a caçula compreendeu o que é representar uma escola de samba por meio desse legado. “A referência da minha irmã e da minha mãe é maravilhosa porque, assim, é com elas que eu aprendi que eu tenho que ser feliz na frente da bateria”, disse ao ser questionada sobre as mulheres que inspiraram a trajetória avenida. “Em qualquer posto que eu esteja, o que importa é eu estar feliz no carnaval”, completou.
A rainha expressou grande admiração pelo enredo da escola deste ano, “Jorge da Capadócia”, criado pelo carnavalesco Robson Goulart e com sinopse de Amarildo de Mello. “A Bangu vai entrar na avenida arrasando, com um enredo maravilhoso. A história é super forte, até porque é que é meu santo! Ela vai vir muito forte e com samba muito bom”, explicou. A escola vai ser a sétima escola na sábado de carnaval.