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Vila pede paz! Componentes da escola do bairro de Noel desejam fim da violência na região

Componentes da Vila Isabel falaram ao CARNAVALESCO sobre continuidade dos trabalhos em meio às situações que o bairro vem passando, na busca por dias mais tranquilos

Em meio a situação de violência a qual o bairro de Vila Isabel está passando, a Unidos de Vila Isabel conseguiu realizar seu primeiro ensaio de rua de 2025. A Azul e Branco pediu paz tanto neste primeiro ensaio de rua quanto no último de 2024. Componentes da escola almejam dias mais tranquilos para que as atividades da Vila possam ocorrer normalmente, principalmente, no período de pré-carnaval, além da busca de segurança no bairro.

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Foto: Divulgação/Ro Carnaval

O CARNAVALESCO conversou com alguns destes componentes durante o primeiro ensaio da escola na última quarta-feira, além de duas figuras fortes da escola, o intérprete Tinga e o mestre Macaco Branco.

Para o mestre de bateria da escola, o trabalho vem sendo continuado apesar da situação das últimas semanas em Vila Isabel, muito por conta da preparação feita em meses anteriores pela bateria.

“Graças a Deus, a gente faz um trabalho que começa ali em junho, focado no ritmo da Vila e depois, quando escolhe o samba, um arranjo todo em cima da melodia, da métrica. Então, conseguimos trabalhar mesmo com todas essas conturbações, conseguimos fazer com que a galera ensaie e tenha um bom aproveitamento. Por exemplo, a gente fez um ensaio maravilhoso e não foram esses ensaios que não tiveram, que atrapalharam o nosso trabalho. A bateria da Vila hoje está muito bem consolidada, os ritmistas, se desfilarem amanhã, estariam prontos para poder defender o título para a Vila Isabel”.

Macaco Branco falou sobre a questão da violência de forma ampla, desejando paz para o bairro não somente agora, mas ao longo do ano que está iniciando.

“O lance da violência está no Brasil todo. Não é só aqui no Rio de Janeiro. Eu viajo muito, trabalho a tocar e vejo praticamente meio que a violência no nosso país inteiro. Então o meu apelo é para as forças e aí os governadores dos estados do Brasil todo e principalmente o nosso aqui do Rio de Janeiro que tem um olhar com mais carinho para a nossa população para que consigamos ter uma segurança para a gente poder ir para a rua sem ter que ter medo de ser furtado se perder um celular sem uma bala perdida e sem essas coisas. Se Deus quiser o ano de 2025 vai ser muito próspero e que nos livre de todos os males que tem e que passam no nosso caminhar”.

Já o compositor Breno Medeiros comentou sobre como a falta de segurança pode afetar a escola, mas confia nas decisões que a escola vem tendo para auxiliar e proteger seus componentes.

“A Vila está tentando driblar a falta de segurança do jeito que pode, porque, ano passado, a gente já teve um ensaio de rua cancelado por motivo de violência e com diversas semanas de tiroteios, de noites mal dormidas, moradores daqui sofrem e querendo ou não, isso leva eles a terem medo de sair com a sua escola. Não estão errados e a Vila também não está errada de buscar avisar o melhor para o componente. Só que, infelizmente, isso pode acabar impactando no desfile da escola. Porque quanto menos ensaio, menos a escola querendo ou não se prepara para a avenida”.

Washington Salgadinho, um dos diretores de bateria da Swingueira de Noel, também conversou com o CARNAVALESCO sobre a força da escola em meio a toda a situação do bairro.

“Infelizmente, está acontecendo esses episódios dessa guerra, que está prejudicando os moradores a descer, a fazer o nosso ensaio, mas, com fé em Deus tudo vai voltar ao normal e todo mundo vai poder vir ensaiar e voltar à tranquilidade do bairro de Noel. Mas, a Vila está se preparando, e vai fazer um belo carnaval e um belo desfile. E como fala, a Vila vai te pegar, e vocês vão ver só na Marquês o que vai acontecer”.

Por fim, Tinga ressaltou como a comunidade vem pedindo paz e buscando o melhor para o bairro e para seus moradores e componentes, não deixando de lutar para fazer um grande carnaval na Sapucaí.

“Morro dos Macacos, Pau da Bandeira e adjacências, a gente pede paz sempre para a nossa comunidade. Muitos dos nossos componentes moram na comunidade, moram no Morro dos Macacos. Então, se tiver um problema, a gente não pode descer para poder vir para o ensaio, e é muito complicado, a maioria das pessoas da Vila Isabel são da comunidade. Então, a gente sempre pede paz, para que fique tudo bem, e para a nossa escola fazer mais um grande desfile, chegar lá e mostrar a força da nossa escola”.

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