Por Matheus Mattos. Fotos: Magaiver Fernandes
Realizando o segundo ensaio técnico para carnaval de 2019, a Unidos de Vila Maria aumentou a quantidade de contingente, trouxe clima leve, porém falhou em alguns pontos no quesito de Harmonia. A escola passou no Sambódromo com 56 minutos.
“Foi um ensaio bem melhor do que o outro, porque a gente tinha menos componentes por ter sido um dia de semana. Hoje com o calor, com a felicidade que a escola ta em desfilar, foi muito bom. O carnaval de São Paulo merece o que a Vila Maria fez hoje no nosso ensaio técnico”, disse Cristiano Bara, carnavalesco da escola.
Harmonia
Os componentes não acompanharam o andamento do samba proposto pela escola em alguns pontos. Durante a realização de determinadas bossas feitas pela bateria, houve falta de sincronismo. O primeiro setor teve bom desempenho no canto, porém ainda falta intimidade do restante da escola com a letra.
“Estou mais uma vez extasiado, duplamente extasiado. Eu tinha falado que o nosso primeiro ensaio técnico tinha sido bom, e que o segundo seria melhor e foi maravilhoso, acertamos o que estava errado”, afirmou Wander Pires.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O casal oficial da Unidos de Vila Maria, Everson Sena e Laís Moreira, bailou com mais simpatia e segurança em comparação ao último treino. A dupla mostrou bom sincronismo e constantemente vibravam junto à arquibancada. A coreografia conversa diretamente com a letra do samba.
“A energia e o público ajudam bastante. Todo mundo cantando. O primeiro ensaio foi pra sentir a pista, sentir a nossa energia visto o que aconteceu no ano passado. Hoje foi a lavagem da alma, foi libertadora, foi mais técnico, O nosso processo está sendo gradativo”, contou a porta-bandeira.
Comissão de Frente
Demarcando um grande tamanho de tripé, praticamente 10 metros, a comissão de frente trouxe a presença apenas de homens como bailarinos. A ala demonstrou bom sincronismo numa performance com cara de oficial.
Bateria
Coordenada pelo Mestre Moleza, a Cadência da Vila usou menos as paradinhas em relação ao primeiro ensaio. O bit trabalhado se manteve constante até a linha final.
“A gente trabalhou bastante a questão da execução, a gente preza pela clareza total, tanto na parte de equalização, afinação quanto na parte da execução rítmica. A gente vem com uma proposta de arranjos onde as caixas fazem muitas frases combinadas com as terceiras, cada instrumento tem a sua parte. A gente fez bastante ensaios específicos para poder melhorar, a gente vai trabalhar até o último instante pra ficar cada vez melhor”, explicou mestre Moleza.
Evolução
Alguns pontos de desorganização foram vistos no primeiro setor. Os componentes das pontas andavam mais rápido que os outros, fazendo com que a frente não ficasse em linha reta. A ala da frente da bateria não esperou a entrada no recuo, fazendo com que criasse um buraco em frente à torre 14.
“A escola cantou muito na avenida, tem pessoas na escola que querem ajudar, demonstram amor pela escola e os pontos do primeiro ensaio foram corrigidos, e assim sucessivamente vamos chegar a excelência”, garantiu o presidente Adilson José.
Samba-Enredo
A ala musical da Vila Maria contém profissionais competentes, tanto nas cordas quanto nos microfones. O samba desenvolve bem com a comunidade. O intérprete Wander Pires realizou um treino seguro e, durante entrevista, revelou que trará surpresas técnicas relacionadas a abertura de vozes para desfile.
Buscando o título inédito do Grupo Especial, a Unidos de Vila Maria conta a história do país latino americano Peru, através do enredo: “Nas asas do grande pássaro, o voo da Vila ao Império do Sol”, desenvolvido pela dupla de carnavalescos, Alexandre Louzada e Cristiano Gonçalves. A agremiação será a sexta a desfilar no sambódromo do Anhembi, no segundo dia, às 03h55.