A Unidos de Vila Isabel retomou neste domingo os seus tradicionais ensaios de rua, que a partir de agora acontecerão duas vezes na semana. O Boulevard 28 de Setembro esteve lotado e a presença da agora rainha da escola Sabrina Sato causou frisson. Antes do início do treino, ela foi coroada pelo presidente Fernando Fernandes e por Milton Cunha no meio da bateria. O intérprete Tinga avisou à comunidade que ninguém ficou satisfeito com o terceiro lugar de 2019 e que a agremiação vai em busca do título esse ano.

Samba-Enredo

De característica um pouco diferente dos últimos sambas recentes da Vila, a obra ainda precisa crescer para estar no ponto ideal para o desfile. Tinga, como sempre, tem emprestado todo o seu talento para que a comunidade cante e a bateria tenha um bom desempenho. Porém, ainda falta um pouco para atingir o nível ideal.

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Harmonia

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Apresentação irregular. Algumas alas cantaram bastante. Porém, outras ainda estão com certa insegurança. É preciso atenção dos harmonias na hora de cobrar o canto. Tem muita gente que não está cantando e não está sendo cobrada. No trecho final da escola, algumas alas ainda precisavam da letra do samba para acompanhar a obra.

“Sempre é muito emocionante cantar na minha escola de coração. Estava bastante emocionado no começo do nosso ensaio. A comunidade está feliz, cantando forte e com alegria. É o retorno de nossa comunidade. Se Deus quiser iremos em busca de nosso sonho”, afirmou Tinga.

Evolução 

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A se destacar o elevado número de alas coreografadas, que a maioria deve estar nas alegorias. Em todos os setores da escola, pelo menos uma ala. A Vila, que tirou 40 pontos no quesito em 2019, apresentou bom nível no ensaio desta noite. Foram cerca de 90 minutos de ensaio no Boulevard 28 de Setembro.

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Bateria

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Mais um show da Swingueira de Noel. As bossas muito bem executadas, afinação no ponto ideal e um grande entrosamento entre os ritmistas, mestre Macaco Branco e o intérprete Tinga. Sabrina Sato e Dandara vieram à frente da bateria, enlouquecendo o público com muita simpatia e samba no pé.

“Nós estamos com três vossas é uma nuance. Na cabeça fazemos um ritmo indígena. No meio fazemos um ritmo regional. No final sacarinas criando uma bossa que chamamos de ‘vapo’, que é homenagem ao Flamengo, uma conversa de todos os instrumentos. Estamos prontos para o desfile. Poderíamos ir para a avenida amanhã”, disse o mestre.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Raphael Rodrigues e Denadir Garcia aproveitam o ensaio técnico para sentir o calor do público no Boulevard 28 de Setembro. A principal via do bairro tem dimensões muito diferentes daquelas encontradas na Sapucaí e possui muitas ondulações. Por isso, eles realizam uma dança mais voltada para apresentação.

“O ensaio da Vila tem muita energia, embora a rua não seja o ideal tecnicamente para o casal, por ser muito desnivelada. Mas energia igual esse ensaio aqui é difícil encontrar”, contou Denadir.

“Eu como sambista, independente da escola que estou, sempre falei que o ensaio de rua da Vila é incomparável. Aqui tem chão, o morro do Macaco. É uma energia maravilhosa, ficamos muito à vontade, parece que estamos brincando e não ensaiando”, completou Raphael.

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