Na semana em que o mundo do carnaval chora a morte do jovem compositor Diego Tavares, vitimado pelo vírus da Covid-19, duas escolas de samba que desfilam da Intendente Magalhães parecem não se importar com isso. A Leão de Nova Iguaçu e a Acadêmicos de Jacarepaguá promoveram eliminatórias de samba em suas quadras neste fim de semana. A escola da Zona Oeste inclusive não se preocupou em esconder e fez diversos posts nas redes sociais oficiais da agremiação.
A Prefeitura do Rio de Janeiro vetou qualquer tipo de evento que gere aglomerações devido à pandemia do novo coronavírus. No diário oficial do dia 04 de setembro de 2020 ficou estipulado o dia 01 de novembro como data para que casas de shows, quadras de escola de samba e boates voltem a funcionar, mas com restrições. O governo estadual também não permite eventos com aglomerações.
A reportagem do CARNAVALESCO recebeu diversos vídeos e fotos denunciando os eventos realizados no final de semana. Entramos em contato com as escolas para que elas pudessem explicar tais denúncias. A Acadêmicos de Jacarepaguá não respondeu os contatos de nossa reportagem. A Leão de Nova Iguaçu negou que a quadra tivesse sido aberta ao público mas apenas para uma live.
“Não estamos abrindo, todas as movimentações que fazemos são internas e através de live pelas mídias sociais, com as pessoas de nossa equipe respeitando todas as normas. As pessoas que estavam em nossa quadra todo o momento estiveram com máscara. Quem tirava pedíamos que colocassem e em vários pontos havia álcool em gel”, diz o comunicado da assessoria de imprensa da agremiação.
Entretanto imagens recebidas pela nossa reportagem deixam claro que havia grande aglomeração na quadra e presença de diversos segmentos, bem como intérpretes para realizarem defesa de sambas concorrentes, o que está vetado pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Aglomerações fazem média móvel de óbitos subir 69% no Rio
Desde o feriado de 07 de setembro imagens de praias e bares lotados tem circulado pelas redes sociais causando preocupação nas autoridades sanitárias. O resultado do descaso com o isolamento social já pode ser visto na média móvel de óbitos registrados no Rio de Janeiro.
Depois de uma considerável queda a partir de meados de agosto, desde o início de setembro a média voltou a crescer de maneira preocupante. De acordo com o consórcio de imprensa responsável pela divulgação de novos casos e óbitos diários, o Rio registra média de 103 mortes, crescimento de 69% em relação à semana anterior.
Opinião: postura exemplar de agremiações colocada em risco
É sabido que a postura das ligas e escolas de samba desde o início da pandemia tem sido elogiada pelas autoridades sanitárias. Além de não buscar forçar a realização de eventos, as escolas e os sambistas têm se mobilizado para criar projetos sociais que auxiliem aqueles trabalhadores do carnaval que estão passando por necessidades devido à total paralização das escolas.
As posturas da Leão de Nova Iguaçu e Acadêmicos de Jacarepaguá podem comprometer meses de busca por evitar eventos que gerem aglomeração. Basta um deslize para comprometer toda a preocupação do mundo do samba em respeitar os protocolos da OMS e das autoridades sanitárias.
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