A Rosas de Ouro fechou a sexta-feira de desfiles no último carnaval. Entretanto, foi mais um ano que a escola da Brasilândia ficou em uma posição na tabela que não é digna do tamanho do pavilhão que ostenta sete títulos. A Roseira amargou o décimo primeiro lugar, ou seja, subiu apenas uma casa em relação a 2023. O CARNAVALESCO conversou com o vice-presidente Osmar Costa e ele falou sobre erros, acertos, contratações para 2025 e o que pode fazer para melhorar, mas mantém cautela em relação ao futuro, visto que a Liga-SP não tem um corpo de jurados e manual de julgador concreto.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Reconhecendo erros e o trabalho totalmente entregue ao carnavalesco

O vice-presidente avaliou o último carnaval. Segundo ele, houve problemas no gerador da alegoria e na evolução, apesar de ter entregue o trabalho que o carnavalesco Paulo Menezes havia desejado. “Com relação ao balanço do último carnaval, para mim a gente conseguiu realizar 98% do nosso projeto da parte visual. A gente acabou tendo outro problema na entrada, que foi um problema com o gerador e alguns detalhes da evolução. Algumas notas que foram descartadas, eventualmente mexeram com o resultado do carnaval, mesmo tendo jurados declarando que erraram no julgamento. Então isso para a gente é importante, porque também dá um norte com relação a algumas coisas. Nós procuramos fazer uma entrega diferente, saímos um pouco do lugar comum, principalmente nas alegorias. Eu acho que a gente pelo menos entregou o que o carnavalesco Paulo Menezes acabou colocando no papel”, disse.

Fechando o desfile com êxito, mas problemas no manual do julgador

Como citado anteriormente, a Rosas de Ouro não alcançou bons resultados na tabela após a apuração e, na opinião de Osmar, a colocação deveria ter sido melhor, pois nenhuma escola fechou a noite de desfile como a Roseira fez em 2024. “Ninguém quer ficar em décimo primeiro lugar. Todo mundo almeja um espaço no Desfile das Campeãs. Às vezes o resultado é sempre mais positivo. Eu acredito que esse manual, que é um grande problema nosso, às vezes é a interpretação do próprio manual do jogador. Então, a gente está vivendo o dia a dia. Às vezes ficam avaliando de que forma que o jogador vai olhar para a gente, porque parece que são olhares diferentes. Então, para mim, gostar da colocação, não posso. Acho que merecia um pouco mais. Nos últimos anos ninguém fechou uma noite de desfile como a Rosas de Ouro. É uma façanha que não é para qualquer escola. Eu acho que a minha escola é gigante. Muita gente cantando, muita gente chorando, muita gente emocionada com o que estava passando lá na frente. O que a gente sonha é mexer com as pessoas. Fazer as pessoas sentirem a emoção ao assistir nosso espetáculo”, contou.

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Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Contratações para solucionar problemas

Mudanças estão acontecendo. A diretoria contratou o carnavalesco Fábio Ricardo, coreógrafo Arthur Rozas e o projetista Yago Duarte, além de ter renovado com o seu time de harmonia, carro de som e mestre-sala e porta-bandeira. De acordo com o gestor, essas contratações chegam para solucionar os problemas que ocorreram no último desfile. Osmar, em tom de brincadeira, disse que se pudesse faria ainda mais aquisições. “A gente não consegue falar muito de futuro a partir do momento em que você não tem uma cartilha pronta. A gente não tem um manual de jogador, não tem um corpo de jurados, mas teoricamente a gente respira em cima do que tem ideia e do que a Liga das Escolas de Samba pretende com relação ao seu concurso. A gente vai trabalhar em cima disso. Com a possibilidade de trazer mais profissionais para agregar ao nosso time. Isso me deixa um pouco mais tranquilo, principalmente onde a gente teve problema. A gente precisava de um pente fino um pouco melhor na hora de finalizar essas alegorias, principalmente com relação a essa coisa da parte de geradores, que a gente acabou tendo um problema. Então, o que eu puder fazer com relação à contratação, é isso. Se eu pudesse, contrataria mais meia dúzia”, finalizou.