As escolas do Acesso I de São Paulo se apresentaram no último sábado nos mini desfiles no evento do lançamento do álbum do Carnaval 2023, que ocorreu na Fábrica do Samba. Veja abaixo análise das apresentações feita pela equipe do CARNAVALESCO. * CLIQUE AQUI PARA VER FOTOS DAS APRESENTAÇÕES

Nenê de Vila Matilde – Debaixo de um temporal, a águia da Zona Leste iniciou os trabalhos do Acesso I. A chuva não abalou os componentes, que cantaram forte o hino “Faraó Bahia”. A agremiação gigante que subiu do Acesso II, quer mostrar serviço e que pode voltar a ser aquela escola tradicional que todos conhecem. O destaque vai para a longevidade do intérprete Agnaldo Amaral. O cantor, que é um dos mais veteranos e consolidados do carnaval paulistano, teve uma grande performance e levantou a comunidade na passarela da Fábrica do Samba.

X-9 Paulistana – Segunda escola a desfilar, a agremiação da Zona Norte pegou um temporal ainda mais intenso. Devido a isso, tudo aconteceu muito rápido. A evolução foi comprometida e os componentes tiveram que inevitavelmente correr. Porém, de positivo, fica o grande desempenho do intérprete Darlan Alves, que está de volta. O samba-enredo ajuda muito. O refrão do meio pegou bastante e está na ponta da língua dos desfilantes da X-9 Paulistana.

Camisa Verde e Branco – o Trevo da Barra Funda fez uma apresentação segura. Não levou muitos componentes, mas os que foram, corresponderam muito bem no canto. Clóvis Pê foi o principal destaque da apresentação. O intérprete, que está estreando na agremiação, desceu do palco e foi cantar no meio do povo com o intuito de animá-los.

Vai-Vai – Com folgas foi o destaque da noite. A maior campeã do carnaval paulistano arrebentou e sua torcida se fez presente. O enredo “Eu também sou imortal”, que é uma reedição de 2005, claramente está dando muito certo junto ao seu samba-enredo. O  intérprete Luiz Felipe joga a música para a comunidade cantar o tempo todo. Realmente, foi um espetáculo. Desde a comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira até o último componente. Essa apresentação serviu para mostrar que a comunidade do Bixiga continua forte. Como já era imaginado, assim como em 2020, o desfile de chão e sua torcida na arquibancada podem ser trunfos para a volta imediata ao Grupo Especial.

Morro da Casa Verde – A verde e rosa foi uma grata surpresa. Levando uma considerável quantidade de componentes, o canto da escola não decepcionou. O intérprete Juninho Branco mostrou toda a potência da sua voz. No geral, ao que parece, é outra entidade que quer mostrar mais serviço, visto que ficou em sétimo lugar no Grupo de Acesso em 2022.

Colorado do Brás – Entre todas as escolas do Acesso I, foi a que mais fez um desfile divertido e gostoso. Houve perdas e mudanças do carnaval de 2022 para esse e, nitidamente, a comunidade quis mostrar que nada está perdido. Pelo contrário. A escola vai brigar pelo acesso. O samba foi muito cantado no comando do intérprete Léo do Cavaco. Outro detalhe é que a agremiação fez questão de desfilar colorida.

Pérola Negra – A Vila Madalena mostrou que é uma escola que também vai brigar até o fim pelo acesso ao Especial. A agremiação irá homenagear o artista Jair Rodrigues. Destaque para a comissão de frente já desempenhando a coreografia para o próximo carnaval. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Kadu Andrade e Camila Moreira, tiveram grande atuação e merecem destaque.

Mocidade Unida da Mooca – A MUM optou por fazer algo diferente. A comunidade se posicionou no meio da pista e começaram a dançar e coreografar naquele local. Em pouco tempo, os componentes se posicionaram e desfilaram normalmente pela pista. Depois do Vai-Vai, talvez, a Mocidade seja a escola que mais canta no Acesso I. A dupla que compõe a ala musical formada por Gui Cruz e Clayton Reis, teve destaque, além da bateria de mestre Dennys Silva.