Compositores: Chacal do Sax, Julio Alves, Igor Federal, Caio Alves, Camila Myngal, Marquinhos, Faustino Maykon e Claudio Russo
Intérprete: Tinga
Agô ô, ô, ô, ô!
Atabaque ecoou, incorporou a minha fé…
Sopra a voz do Alafin:
“Você faz parte de mim! Vá plantar o seu axé!”
Me chamam Iyá Nassô
Sou de luta, sou nagô
A chama que acende a candeia
De Oyó, herdei o fundamento
Vi meu novo nascimento
No pranto que escorreu em outra areia
Ao lado de Iyá Adetá, Iyá Akalá
Fui catulada e me banhei no ariaxé
E preparei no azeite doce amalá
Pra assentar meu Ayrá Intilé
Axé pra poder vencer! (Toca alabê!)
Axé pra não se entregar! (Dobra o alujá!)
Foi muito sangue, amassei muita farinha
Pra erguer na Barroquinha terreiro de orixá!
Na Revolta dos Malês, enfrentei perseguição
Pra salvar os filhos meus
Retorno a Uidá, o meu bastião
Eu vivo na coragem de Obatossi
Deixei ekodidé em cada ori
À sombra de Dankô
Tem xirê na Zona Oeste
E o Boi Vermelho, inconteste
Canta este oriki:
Ê! Ê! Ilê Iyá Nassô!
Na Casa Branca, Bamboxê
Engenho Velho de Xangô
Ê! Ê! Ilê Iyá Nassô!
Awurê Obá Kaô! Awurê Obá Kaô!
VILA VINTÉM É TERRA DE MACUMBEIRO!
No meu Egbé, governado por mulher…
Iyá Nassô é Rainha do Candomblé!