A Unidos da Ponte já definiu o enredo que levará para a Marquês de Sapucaí em 2026. A azul e branca de São João de Meriti anuncia com orgulho: ‘Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!’ Um enredo que exalta as raízes negras e periféricas do estado do Rio de Janeiro e promete transformar a avenida em um grande baile de resistência, identidade e celebração.
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Desenvolvido pelo carnavalesco Nícolas Gonçalves e pelo enredista Cleiton Almeida, o enredo vai pulsar a 150 BPM, embalado pelo som que vem da favela e ecoa ancestralidade, luta e alegria. A narrativa mergulha na importância dos bailes para o fortalecimento cultural e social das comunidades, trazendo à tona a dança e o canto como formas de expressão política, empoderamento e pertencimento.
“O baile é a nossa instituição! E, pra quem questionar, MC Meriti é ‘patente alta’, autoridade, e tá dado o recado: o Rio é baile e o poder é black!”, diz um trecho da sinopse.
Seja no maxixe, no charme, no soul ou no funk, a Unidos da Ponte vai mostrar que a música negra sempre foi instrumento de resistência e afirmação coletiva. O baile não acaba, porque ele vive em cada batida, em cada passo, em cada corpo que dança e ocupa esse lugar.

De volta ao Carnaval carioca, o carnavalesco Nícolas Gonçalves celebra o enredo com entusiasmo.
“Com esse enredo, a gente quer mostrar que o baile é muito mais do que entretenimento — é território de afirmação, de construção coletiva, de memória ancestral. O funk, o soul, o charme — tudo isso é parte da nossa história. A Sapucaí vai virar pista de dança e terreiro de celebração. O tamborzão é o coração da favela pulsando!”, declara Nícolas.
Na reformulação da escola para 2026, o presidente Tião Pinheiro e o gestor Gustavo Barros comentaram a relevância da escolha do enredo e a preparação da agremiação para o próximo desfile.
“Estamos vivendo um novo momento na Unidos da Ponte. Queremos reafirmar nossa identidade e nossa força como uma escola da Baixada Fluminense, valorizando nossa cultura e nosso território. Esse enredo fala diretamente com a nossa comunidade”, destaca o presidente Tião Pinheiro.
“Esse enredo é um posicionamento da escola, uma afirmação do lugar da cultura negra e periférica na história do Rio e do município de São João de Meriti. Em um momento em que tantas vozes tentam silenciar, a Unidos da Ponte escolhe gritar, em alto e bom som: o Rio é baile, e o poder é, sim, black! Podem esperar uma Ponte muito potente em todos os sentidos!”, completa o gestor Gustavo Barros.
Vale lembrar que a Unidos da Ponte será a última escola a desfilar no sábado, dia 14 de fevereiro, encerrando os desfiles da Série Ouro do Carnaval carioca.