A Mocidade realizou a gravação oficial do seu samba-enredo para 2026, no Estúdio Century, no último dia 25 de setembro. Diversos integrantes e segmentos participaram da construção da versão oficial do samba que exaltará a vida de Rita Lee, estrela do rock nacional, cuja trajetória será retratada no enredo “Rita Lee – A padroeira da liberdade”, assinado pelo carnavalesco Renato Lage. O CARNAVALESCO acompanhou a gravação da Estrela Guia da Vila Vintém e conversou com alguns componentes presentes no estúdio.

Jotinha, integrante do carro de som da Mocidade, toca cavaco e tem 25 anos. Criado na escola da Zona Oeste, ele se mostrou muito feliz em participar novamente da gravação, carregando também o amor pela Verde e Branca herdado de seu pai. O músico espera que a obra que a agremiação levará para a Avenida conquiste o coração de todos, transmitindo alegria e emoção ao falar de uma das grandes estrelas da música brasileira.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“Comecei aqui ainda criança, graças ao meu pai, que também participou muito da escola — foram mais de 30 anos de Mocidade. Participar dessa gravação é sempre um momento muito feliz, de organizar as ideias junto com a bateria, junto com o canto. É uma alegria poder eternizar um som, fazer com que aquele momento de euforia da final e da disputa se transforme no melhor samba escolhido. Agora, queremos que ele se torne o melhor som para quem é Mocidade e para quem não é também, atingindo o coração de todos. É um samba muito alegre, muito feliz, que emociona a gente falando da Rita, que foi e sempre será um ícone da nossa música e do nosso universo. Não dá para falar de música sem falar dela. É uma felicidade que mexe com a gente de uma forma positiva. O mais gratificante é poder contribuir para que esse som ganhe o mundo”, declarou.

Roberta Barreto, uma das cantoras do carro de som Independente, também celebrou a escolha do samba e destacou a leveza da composição. Honrada por participar novamente da gravação oficial, ela ressaltou a importância da comunidade na decisão final.

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Roberta Barreto

“A Mocidade é uma escola grandiosa, então participar desse time, dessa gravação, é algo espetacular e que vai ficar marcado para sempre na minha vida. Tenho muito orgulho, sou muito feliz de ser independente e de estar nessa turma linda. Ontem gravamos um material para o Instagram e esse samba, que a comunidade escolheu e abraçou desde o início, é realmente o samba. Aquele que você canta, canta e não quer parar. Essa é a sensação que eu tenho: ele é muito gostoso, fala de Rita Lee e de liberdade — é tudo!”, contou a cantora.

Darlan Oliveira, de 33 anos, e Arthur Vianna, de 16, fazem parte da “Não Existe Mais Quente” e participaram da gravação tocando com a bateria. Ambos destacaram o legado de Rita Lee para a música e a importância de sua luta pelos direitos das mulheres, uma bandeira marcante tanto em sua vida pessoal quanto em suas composições.

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Darlan Oliveira e Arthur Vianna

“É um momento de grande satisfação. Pela história que a bateria da Mocidade tem, é uma honra e também um prazer participar de todo o processo. Nós, ritmistas, começamos o trabalho lá em junho, julho, e é muito bom ver tudo se concretizando. O samba transmite a essência da Rita, como se ela realmente tivesse encarnado no samba e estivesse passando a mensagem dela para o público. Numa homenagem, isso é fundamental — captar a essência do homenageado e levá-la ao público. Agora é trabalhar nas bossas, nos arranjos que preparamos, e entregar o melhor resultado possível na pista. Quem sabe colocar a Mocidade no seu devido lugar: entre as campeãs”, contou Darlan, que está na escola desde 2022.

“Estar ao lado de pessoas que a gente gosta, marcar presença ajudando na montagem desse samba que a comunidade abraçou e sonhou junto é muito gratificante. Saber que estamos colaborando com a escola para levar o melhor para a Avenida em fevereiro é uma emoção enorme. Parece que a Rita está ali, transmitindo, como se ela mesma tivesse escrito o samba e o estivesse levando para a Avenida. É emocionante falar dessa mulher que marcou uma geração inteira, que sempre lutou pelos direitos das mulheres. Saber que vamos levar o nome dela e carregar o seu legado é algo realmente especial”, disse Arthur, em seu primeiro ano na bateria da escola.