Por Ana Júlia Agra
A União de Jacarepaguá levou à Intendente Magalhães, no último domingo, pela Série Prata, um desfile que buscava mostrar a força invisível que a fé representa na vida de quem crê, nos sonhos e momentos mais escuros da vida humana. Fábio Júnior e Natália Monteiro, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, mostrou sincronia e entrosamento para os jurados. Já na evolução, a escola acabou enfrentando problemas no abre-alas, que acabou afetando o andamento do desfile.
Comissão de frente
Comandada pelo coreógrafo Arthur Rozas, a comissão de frente da União de Jacarepaguá, envolveu o público com uma coreografia que apresentava confiança e o poder que a fé têm sobre os sonhos, enquanto a obscuridade pode estar presente como um monstro na turbulência e descrença. Enquanto dançavam, os componentes entoaram com força e autoconfiança os versos do samba-enredo, celebrando a força intangível da fé.
Mestre-sala e porta-bandeira
Fábio Júnior e Natália Monteiro apresentaram uma dança cadenciada, com movimentos impactantes e envolventes. O casal mostrou conexão com o enredo e entre si. A coreografia foi bem executada e representou com fidelidade o enredo da escola, que busca espelhar a forma como o homem tenta compreender seu lugar no universo, com a fé sendo representada mais uma vez através da fantasia da porta-bandeira. Sua saia era composta por diversas “Espadas de São Jorge”, uma planta atrelada a crenças e simpatias culturalmente. No entanto, durante o desfile, partes da saia da porta-bandeira acabaram caindo pelo caminho, deixando algumas falhas visíveis em sua fantasia.
Harmonia e Samba
Os componentes não apresentaram canto forte durante sua passagem pela Intendente. O intérprete José Paulo Miranda conduziu de forma satisfatória o samba, mas contou com alguns problemas técnicos do som, assim como os demais intérpretes neste domingo na Série Prata. A bateria comandada pelo mestre Marquinhos passou pela Passarela Popular do Samba empolgando os foliões que assistiam da arquibancada, com um ritmo contagiante.
Evolução
Após problemas para a entrada do abre-alas na Passarela; algumas alas apresentaram certa desorganização, e de passistas teve um buraco perceptível. Entretanto, não foi o único visto na escola, na frente dos carros alegóricos ocorreram espaçamentos consideráveis. Ainda assim, a escola conseguiu fechar o desfile dentro do tempo regulamentar, sem penalidades.