InícioGrupo EspecialTrês parcerias se destacam na noite de eliminatória na Mangueira

Três parcerias se destacam na noite de eliminatória na Mangueira

Estação Primeira de Mangueira realizou na noite do último sábado, em sua quadra, a terceira etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025

A Estação Primeira de Mangueira realizou na noite do último sábado, em sua quadra, a terceira etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Ao todo, seis sambas se apresentaram nesta noite e a parceria de Pedro Terra foi eliminada. As cinco obras restantes se apresentam novamente no próximo dia 28. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

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Parceria de Ronie Oliveira: O primeiro samba da noite foi assinado pelos compositores Ronie Oliveira, Jotapê, Giovani, João Vidal, Miguel Dibo e Cabeça do Ajax. A torcida compareceu e mostrou animação cantando principalmente os refrãos. Evandro Malandro e Matheus Gaúcho conduziram muito bem o palco. O refrão de meio obteve um bom rendimento “Omolokô, preceito pra viver/Filho de Mangueira, preparado no dendê/ Rompi quebranto, me banhei de axé/ Sou o fruto banto que não cai longe do pé”. Na segunda parte da obra, chama atenção a virada melódica “As frestas floresci, em festa traduzi”. A chamada para o refrão de cabeça é de qualidade “Dê um “dengo” mãe…. Teu “moleque” é valentia/ Quem é cria lá faz nascer a poesia/ Dê um dengo mãe, teu “moleque” foi vencer/ Quem é cria lá do morro, faz um novo alvorecer”. O samba teve um rendimento satisfatório.

Parceria de Chacal do Sax: A segunda obra da noite teve a assinatura dos poetas Chacal do Sax, Fábio Martins, Marcelo Martins, Bruno Vitor, Jean do Ouro e Pastor Gaspar. A torcida compareceu em grande estilo e mostrou o samba na ponta da língua. O palco foi excelente, comandados por Pixulé, Emerson Dias e Tem-Tem Jr. O samba teve um rendimento ótimo e não caiu em nenhum momento. O refrão principal foi um “estouro” na quadra “O quilombo de Mangueira, simembá mantém de pé/O quilombo de Mangueira traz a flor do Candomblé/É verde kabila, rosa de matamba/Ancestralidade de Luanda”. O refrão de meio também ajudou a impulsionar a ótima apresentação da parceria “Erva por erva, no meu terreiro/Preta velha ensinou, ciência de Mirongueiro/Kota rifula, põe dendê no duburu/ Capoeira tem! Resistência de Zungu”. Na segunda parte do samba, tem dois momentos fundamentos para ter pegado tanto na quadra “Meu Rio” e “Eu sou mais um Silva do buraco quente”. Foi um dos grandes momentos da noite e levantou.

Parceria de Lequinho: O quarto samba da noite foi assinado pelos compositores Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim. A torcida também compareceu em grande público. O intérprete Tinga com a sua raça habitual, conduziu com excelência o palco. O falso refrão de meio teve um bom rendimento “Bate folha pra benzer pembelê, kaiangô/Guia meu Camutuê, mãe preta me ensinou/Bate folha pra benzer, pembelê, kaiango/Sob a cruz do seu altar inquice incorporou”. O samba é inspirado em letra e isso visível em toda a obra. Uma outra parte de destaque é no final da primeira, obtendo um bom preparo para o falso refrão de meio “Ê Malungo, que bate tambor de Congo/Faz macumba, dança jogo, ginga na copeira/Ê malungo, o samba estancou teu sangue/ De verde e rosa renasce a nação de Zâmbi”. O pré-refrão também obteve um bom rendimento. Foi uma apresentação muito boa da parceria, sendo um dos destaques da noite.

Parceria de Deivid Domênico: O penúltimo samba da noite foi assinado pelos compositores Deivid Domenico, Felipe Filósofo, Oscar Bessa, Dr. Jairo, Danilo Firmino e Gegê Fernandes. A torcida não compareceu em peso, mas isso não foi um problema para o palco que foi animação pura, comandado pelo intérprete Wantuir. A cabeça do samba foi o grande destaque, com uma melodia valente e bonita “Preto, toda vez que olhar no espelho/ Lembre dos seus ancestrais/Zambi acendeu o.sol na linha do mar/Aos olhos de aluvaiá, na encruzilhada do cais”. A beleza poética da primeira parte se mantém nos versos seguintes. O refrão de meio foi a parte mais animada, onde os compositores que estavam presentes no palco interagiram a todo momento com o público. A chamada para o refrão de cabeça foi outra parte que era notável uma animação. Foi uma boa apresentação de um samba que vem crescendo na disputa.

Parceria de Lacyr D’Mangueira: O último samba da noite de eliminatória Mangueirense foi assinado pelos poetas Lacyr D’Mangueira, Rubens Gordinho, Juninho Luang, André Ricardo Gonçalves, Celsinho M Godoi e Bruno Oliveira Lima. A torcida compareceu com bandeiras espalhadas pela quadra. O intérprete da UPM, Bruno Ribas, comandou com êxito o palco. O balanço que a obra possui foi o grande destaque da apresentação que foi de bom nível. Esse balanço que citei, fica perceptível na parte que teve um ótimo rendimento “Kaiango mameto, kaiangô/Kaiango meu tata, kaianga/Angola e, Angola”. Antes dessa parte os versos chamam atenção por serem um pouco difícil para cantar. O refrão principal também teve um rendimento muito bom “Eu sou cria, sou banco, filho desse chão/ Alvorada que desperta uma nação/ A flor da terra, alma brasileira/ Eu sou o samba da Estação Primeira”. A parceria fechou muito bem a noite Mangueirense.

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