A Unidos da Tijuca fez na noite da quinta-feira, em sua quadra, a primeira etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Ao todo, 11 parcerias se apresentaram e uma delas será cortada (OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES). O anúncio das obras que seguem na disputa será feito na próxima segunda-feira, nas redes sociais da agremiação. Já a etapa seguinte do concurso ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 15 de agosto.
Parceria de Leo de Souza: A primeira obra a se apresentar foi composta por Leo de Souza e Duda Ascensão, a quadra ainda não estava cheia e a dupla não levou torcida, dessa forma, o samba foi sustentado somente pelo intérprete Tinganá. Foi uma apresentação tímida e sem grandes destaques.
Parceria de Júlio Alves: A segunda obra a se apresentar foi composta por Júlio Alves, Totonho, Fadico, Dudu, Chico Alves e Claudio Russo. Na condução do samba, o intérprete Pitty de Menezes mostrou porque é uma das principais vozes do carnaval, com muita firmeza e empolgação, ele foi um dos responsáveis pelo excelente rendimento do samba nesta primeira noite de eliminatórias. A parceria contou com uma torcida grande e animada que cantou com extrema empolgação. O samba passou vibrante, foi um dos destaques da noite e mostrou que tem enorme potencial.
Parceria de Beto do Pandeiro: A obra composta por Beto do Pandeiro, Henrique Badá, Alace Machado, Gilmar L. Silva, Wagner Zanco e Aldir Senna foi a terceira a se apresentar. Coube ao grande Nêgo a missão de conduzir o samba, com toda sua experiência ele mostrou a categoria de sempre. Porém, o samba passou de forma burocrática e sem emocionar ou empolgar os segmentos, a parceria optou por levar um grupo cênico, foi uma boa sacada para driblar a pouca torcida. A obra não teve grande impacto, letra e melodia são corretas, mas em nenhum momento o samba empolgou.
Parceria de André Braga: A quarta obra a se apresentar foi de autoria de André Braga, Eduardo Medrado, Kleber Rodrigues e Sandro Nery. Conduzido pelo intérprete Bico Doce, o samba teve um saldo positivo nesta noite, os refrões fortes foram fundamentais para que a apresentação fosse pra cima durante toda a passagem. Mesmo não sendo numerosa, a torcida demonstrou muita empolgação, por ser a primeira eliminatória foi observado muitos componentes ainda tentando decorar o samba. Porém, no refrão principal o público cantou de forma satisfatória, inclusive alguns segmentos da escola. Além dos refrões, vale destacar também a “cabeça” do samba.
Parceria de Sereno: A quinta obra da noite foi composta por Sereno, Dinny Marcelo do Ouro, André Aleixo, Ricardo Castanheira, Mano Kleber, Rogério Só Filé. Bruno Ribas foi o cantor principal da obra, apesar de precisar acompanhar a letra, o intérprete que possui grande ligação com a escola do Borel conduziu bem, sendo um dos responsáveis para que a apresentação fosse extremamente satisfatória. O samba é todo em primeira pessoa e conta o enredo de forma clara. Os versos que antecedem o refrão principal são de extremo bom gosto: “Do morro onde sou cria abro as asas, É o borel a minha casa, Milagre de Oxalá, Cumprindo a missão de Orunmilá”. Apesar de não ser numerosa, a torcida cantou de forma satisfatória, com margem para melhorar.
Parceira de Anitta: Dando sequência às apresentações, foi a vez do samba de Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho e Diego Nicolau ganhar a quadra, cercada de muita expectativa por conta da presença da cantora Anitta como uma das compositoras, a obra supriu com louvor as expectativas geradas. Mesmo sendo apenas a primeira eliminatória, já deu pra perceber que o samba caiu nas graças de boa parte dos segmentos da escola, a torcida numerosa cantou com muita empolgação, principalmente os refrões principais, muito por conta da entrega de Igor Sorriso. A combinação de uma composição forte e a performance vibrante de Igor, garantiu um lugar de destaque na competição, evidenciando o potencial do samba para conquistar o coração dos tijucanos.
Parceria de Leandro Gaúcho: A parceria de Leandro Gaúcho, Chacal Do Sax, Luciano Fogaça, Simões Feiju, Miguel Dibo e Léo Freire foi a sétima a se apresentar, a obra mais cadenciada em algumas partes casou perfeitamente com o intérprete Evandro Malandro, que contou também com Rafael Tinguinha na condução da obra, foi uma apresentação satisfatória e que mostrou boas credenciais para a continuidade da eliminatória, o refrão principal que possui uma forte mensagem foi o ponto alto da apresentação. Não houve uma grande torcida, mas os poucos presentes deram conta do recado.
Parceria de Gabriel Machado: A oitava parceria da noite foi composta por Gabriel Machado, Julio Pagé, Valtinho Botafogo, Jorge Mathias e Robson Bastos. Clube ao intérprete Zé Paulo Sierra conduzir a obra nesta noite, sempre com excelência, Zé foi um dos responsáveis para que a apresentação fosse positiva. Com muita energia, o samba mostrou um potencial para crescer ao longo da competição, os refrões foram o porte forte, o principal foi cantado por muitos segmentos da escola, com ênfase no verso “Loci Loci, meu pai, quando o morro descer vai ter mandinga da Tijuca no Ilê”. Porém, uma fragilidade do samba está nos versos que antecedem o refrão, a melodia acelera um pouco e alguns não conseguem acompanhar a letra, ficou visível na parte: “Seguindo os caminhos de Exu, vestiu armadura de algum, herdou a espada de Oyá, na minha do seu ofá”.
Parceria de Ricardo Bernardes: A nona obra a se apresentar foi composta por Ricardo Bernardes, Edinho, Luiz Thiago, Rogerinho, Daniel Barbosa e Mauricio Amorim. O samba foi conduzido pelo cantor Dodô Ananias e passou de forma discreta, apesar de bem conduzido e com uma torcida mediana, a obra não empolgou e se mostrou cansativa ao longo da passagem, o samba é descritivo e não apresenta soluções criativas, seguindo um caminho mais óbvio, apesar disso, alguns momentos merecem destaque, como por exemplo o refrão principal.
Parceria de Wantuir: a penúltima parceria da noite de Wantuir, Robson Ramos, Gegê Fernandes, Vinicius Xavier, Guilherme Ckokito e Rafael Lopes. A presença de Wantuir no comando do microfone principal mostrou toda a conexão que o cantor possui com a Tijuca. O refrão foi grande destaque da obra e foi fundamental para que a passagem fosse extremamente positiva, em nenhum momento foi observado queda no rendimento, o entrosamento com a bateria também ficou evidente, as credenciais foram bem apresentadas. A torcida marcou presença e mostrou estar estar com o samba na ponta da língua, antes mesmo do início da apresentação cantou a capela boa parte da obra.
Parceria de Lico Monteiro: A última apresentação da noite foi composta por Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Telmo Augusto, G. da Esriva, Jefferson Oliveira, Marcelo Lepiane e Washington Lopes Freitas. Mesmo fechando a noite, a animação se fez presente, os torcedores cantaram à capela enquanto esperavam a apresentação, Wander Pires comandou com maestria o microfone principal, com sua voz marcante o intérprete foi fundamental para uma passagem segura e com grande potencial de crescimento ao longo da competição. O refrão principal foi essencial para que a obra crescesse ao longo da apresentação e terminasse como uma das grandes da noite.