Por Guilherme Ayupp. Fotos: Magaiver Fernandes
A Tom Maior foi a terceira agremiação a ensaiar no Anhembi na noite deste sábado. A escola realizou seu segundo ensaio técnico na temporada e passou por novos problemas. A harmonia foi o principal quesito a melhorar para que a escola repita no desfile deste ano a histórica apresentação do ano passado. A Tom Maior prestou solidariedade à vítimas do acidente com a barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais. Integrantes da harmonia e do carro de som desfilaram com uma tarja preta na roupa e o intérprete Bruno Ribas fez questão de se solidarizar com as famílias que perderam entes.
Samba-Enredo
Desempenho regular da obra, que não tem pontos de explosão e por isso dificulta um rendimento linear. De positivo a atuação sempre firme do intérprete Bruno Ribas e o carro de som sob o seu comando.
Harmonia
Bom o desempenho das alas da Tom Maior, embora em alguns pontos da avenida a distância do carro de som tenha sido prejudicial à harmonia, causando um perceptível desencontro entre o carro de som e o canto da comunidade. O excesso de bossas da bateria Tom 30 também prejudicou a atuação da harmonia.
Evolução
Praticamente toda a escola passou coreografada pela avenida. Isso tirou a espontaneidade do componente, embora tenha causado um bonito efeito, uma vez que praticamente todas as alas levaram algum adereço e causavam algum tipo de efeito com a movimentação ensaiada. A escola conseguiu realizar um ensaio sem problemas mais sérios mas precisa estar atenta à falta de brincadeira de seus desfilantes.
Bateria
Considerada uma das baterias que mais evoluiu nos últimos carnavais em São Paulo, a Tom 30 teve esta noite um desempenho irregular. Os ritmistas de mestre Carlão realizaram sete bossas. Em uma delas, os integrantes das alas ao final da escola perderam a referência rítmica e o canto saiu do lugar, causando prejuízo à harmonia.
“Evoluímos em relação ao primeiro ensaio. Fizemos alterações em arranjos e fizemos um treino mais voltado ao desfile. Os ritmistas estão de parabéns. Eu acho que no desfile o foco está sempre no alto, o ritmista se comporta de uma maneira diferente. O que falta ainda é o foco. Ele tem de ser crescente para chegar 100% no dia do desfile”, explicou mestre Carlão.
Comissão de Frente
O grupo de dançarinos se apresentou com roupas coloridas e movimentos sincronizados no ponto em que a nossa reportagem pode observar. Um integrante isolado interagia com o restante do grupo em um segundo momento dos movimentos coreográficos.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Jairo Silva e Simone Gomes, à exemplo do casal da Águia de Ouro, se apresentaram após algumas alas e não exatamente após a comissão de frente, como se torou usual no carnaval. A indumentária deles era laranja, em alusão às cores da agremiação. A coreografia foi bem executada e chamou a atenção a bandeira bem esticada da porta-bandeira. Eles foram bastante aplaudidos à frente do setor ‘Monumental’.
A Tom Maior será novamente a última escola a desfilar na primeira noite de apresentações do Grupo Especial da Liga SP, na sexta-feira de carnaval. André Marins desenvolve o enredo ‘ Penso… Logo existo – As Interrogações do Nosso Imaginário em Busca do Inimaginável’.