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Tom Maior dá show nos minidesfiles do Grupo de Acesso I da Liga-SP

Escola da Zona Oeste superou as já altas expectativas para a apresentação e contou com um samba potente e um tripé muito bem acabado

Cada vez mais consolidado como o grande evento do pré-carnaval da cidade de São Paulo, o lançamento do CD para a temporada seguinte, realizado na Fábrica do Samba, também conta com um minidesfile de todas as agremiações que desfilarão em um dos grupos comandados pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP). Realizado no último sábado (30 de novembro), oito instituições do Grupo de Acesso I fizeram apresentações com arquibancadas próximas da lotação máxima e mostraram que todas possuem trunfos no sonho de disputar o Grupo Especial em 2025. O CARNAVALESCO esteve presente em todos os minidesfiles (incluindo, obviamente, os do segundo grupo do carnaval paulistano) e conta os destaques da apresentação de cada escola.

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Unidos de São Lucas

Treze anos depois, a Unidos de São Lucas, enfim, está de volta ao Grupo de Acesso I. Para marcar o retorno, um dos sambas mais celebrados de toda a safra da Liga-SP teve bom rendimento, sendo muito bem cantado pela escola da Zona Leste. Mostrando força, a agremiação trouxe uma celebridade para integrar a corte de bateria: Priscila Nogueira, a Pepita, rainha de bateria, sambou ao lado de Pamela Lino, muma dos ritmistas. Além dos quatro casais presentes (sendo que o primeiro, Erich Sorriso e Victoria Devonne, mesclou bem a dança e os giros, com muita firmeza e simpatia), vale destacar a ala que veio logo após a Bateria USL, comandada por mestre Andrew Vinícius, que estava bastante animada – mesmo com a garoa que começou a cair.

Mocidade Unida da Mooca

Entrando na passarela com fumaça vermelha e verde (cores da agremiação), a escola trambém trouxe a faixa “Sangue indígena, nenhuma gota mais”, mostrando o recado dado a favor das causas dos povos originários que o enredo mostra. A agremiação teve como destaque o forte canto dos componentes – algo que, cada vez mais, torna-se uma característica da MUM. Também foram vistas muitas alas coreogradas na instituição, com danças fortes e atuações vibrantes. As bandeiras brasileiras manchadas de vermelho, que apareceram na gravação do CD, também se fizeram presente. Vale destacar, também, a boa sustentação do samba garantida pela Chapa Quente, sob o comando de mestre Dennys Silva – mas não apenas isso: os ritmistas vieram depois das baianas e do segundo casal, já da metade para o final da apresentação. Estreando na instituição, o intérprete Emerson Dias se comunicou bem com o público presente.

Independente Tricolor

A agremiação, certamente, fez a apresentação mais diferente dentre as oito do grupo. A comissão de frente entrou normalmente, mas o restante da escola não a acompanhou. Em dado momento, os componentes do segmento citado retornaram para a faixa amarela do início. Depois, toda a agremiação passou a desfilar normalmente. Chamou atenção o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Jeff Antony e Thais Paraguassú, que vieram fantasiados como Dom Pedro I e Maria Quitéria, respectivamente. A escola teve uma evolução bastante solta e leve, sorrindo bastante e buscando interagir com o público – algo que também é bastante característico de Chitão Martins, intérprete da agremiação, em noite inspirada. Se boa parte da agremiação desfilou com as cores da escola (vermelho, preto e branco), a ala Conexão obteveuma quebra cromática interessante, vestida majoritariamente de azul com detalhes em dourado.

Unidos de Vila Maria

A garoa (que não era forte, mas era persistente) parou de cair, o que era um ótimo sinal para a agremiação. E ela confirmou as boas expectativas. Os quatro casais da agremiação vieram fantasiados – e o primeiro deles, Kawê Lacorte e Nathalia Bete, destaques do carnaval paulistano há alguns anos, novamente confirmaram os comentários positivos a respeito deles, com ótima atuação técnica e muita sincronia entre ambos. Vale destacar, também, a ponteira acesa do mastro do pavilhão – engrandecendo ainda mais o evento. A longa bossa da Cadência da Vila, comandada por mestre Rodrigo Moleza, iniciada no verso “Todos os povos conferir”, também satisfez quem acompanhava o desfile. Vale destacar, também, a presença de uma viseira em todos os componentes da comissão de frente da agremiação, comandada por Taiana Freitas.

Tom Maior

Talvez tenha sido a melhor apresentação entre todas as trinta e duas que se apresentaram na Fábrica do Samba. Se já haviam muitas expectativas por conta do apupado samba reeditado, elas foram mais do que supridas com um conjunto da obra de tirar o fôlego. Em cenário raro nos dias de hoje, a Velha Guarda veio abrindo o desfile, tal qual os carnavais da década de 1970 para trás. Depois, um tripé com o emblema da escola rodeado por um garoto negro, duas zebras e duas girafas muito bem acabadas se fez presente. Os componentes berraram o samba e era perceptível o quanto a vermelho e amarelo está confiante para o próximo carnaval. A Tom 30, comandada por mestre Carlão (que também é presidente da agremiação), causou alvoroço na arquibancada ao repetir a famosa paradinha do desfile original, no refrão do meio – e a, cada vez que o samba pedia para deixar a gira girar, boa parte dos presentes obedecia. Vale destacar, também, outra bossa, também no refrão do meio. Um verdadeiro espetáculo.

Nenê de Vila Matilde

Conhecida pelo amor da comunidade e, também, pela força de cada componente, a Águia Guerreira teve um grande exemplo dessas características em Edgar Carobina, mestre-sala da instituição. Acometido por uma forte gripe, ele desfilou de máscara – tal qual nos tristes momentos da pandemia. O vírus, entretanto, não o impediu de conduzir muito bem Graci Araújo, porta-bandeira da azul e branca. Depois chamou atenção os dois casais de mestre-sala e porta-bandeira consecutivos lovo após a ala das passistas, inteiras de azul. A entrada da agremiação também foi impactante, com a face de uma águia em detalhes azuis e brancos, com uma destaque no alto.

X-9 Paulistana

Após um ano de hiato e credenciada pelo título do Grupo de Acesso, a agremiação chamou atenção logo de cara, com uma comissão de frente que encarava o público olho no olho. Algumas das integrantes do segmento, por sinal, utilizavam saias diferentes – o que pode denotar algum tipo de destaque no desfile. Outro destaque foi o paradão da Pulsação Nota Mil – que teve mestre Keel Silva à frente, mesmo com mestre Adamastor (que também é presidente) iniciando o ciclo também no comando dos ritmistas. Apenas com a marcação, os componentes sustentaram bem o canto e aproveitaram para bater palmas. Tamém é importante citar o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Igor Sena e Julia Mary: inteiros de vermelho, eles giraram bem – e bastante.

Dom Bosco

Se o circo místico das ilusões é o enredo, Itaquera entrou perfeitamente no clima. Inaugurando o minidesfile, a escola tinha cigana, carrinho de algodão doce, homem com perna de pau e pirofagia – além de um pede-passagem saudando o público e a imprensa segmentada. Com movimentos arriscados, a comissão de frente seguiu dando o tom do ótimo início da apresentação. Primeiro casal da instituição, Leonardo Henrique e Mariana Vieira esbanjou simpatia e teve ótima interação com a arquibancada – e, atrás deles, diversas alas tinham um item com neon piscante, dando um efeito bastante interessante para a noite. A Gloriosa, comandada por mestre Bola, fez um paradão em uma passagem do refrão que foi bem respondido pelos componentes. Por fim, alguns componentes engrandeceram o minidesfile com fantasias (casos de algumas passistas) e pinturas faciais. Mas, nesse quesito, ninguém superou Rodrigo Xará: sustentando bem o samba, ele também chamou atenção por, mais uma vez, vir fantasiado – agora, como um cigano.

Público destaca trabalho realizado pelas escolas e a Liga-SP nos minidesfiles do Grupo de Acesso 1

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