Cheia de novidades para 2024, a Estrela do Terceiro Milênio fez seu primeiro ensaio técnico neste domingo, dia 15 de janeiro, e vai trazer o enredo: “Vovó Cici conta e o Grajaú canta: O Mito da Criação”, sendo a sétima escola a desfilar no domingo, 11 de fevereiro, no Grupo de Acesso I. Neste primeiro ensaio podemos destacar o conjunto da escola, mas um quesito que merece algo a parte é a ‘Pegada da Coruja’, a bateria da escola fez uma grande apresentação, sacudindo a Monumental.
Comissão de frente
A comissão bem teatral com três crianças, tinha uma coroação para uma das integrantes que ficava dentro do elenco alegórico, saia atordoada e desmaiava no colo dos integrantes, uma hora o vestido preto e na outra um branco e os componentes puxavam as pontas. Três partes do elemento alegórico abriram e encenaram enquanto outra parte ia para a pista dançar. Mais uma vez, a comissão coreografada por Régis, mostra toda sua teatralidade, e claramente traz referência a Vovó Cici que é a grande homenageada. Arrancou a atenção do público, pois são alguns atos que vão acontecendo e mudanças de cenário, pessoas, até chegar nesta espécie de coroação, apesar de não ser uma coroa de fato e sim um capacete Portanto, a comissão de frente também teve um destaque importante no ensaio.
Harmonia
O quesito foi bem coeso na Milênio, manteve a regularidade do canto entre as alas. Ainda que a agremiação possa cantar um pouco mais pelo que conhecemos, não podemos dizer que deixaram de cantar ou cantaram pouco. Foi bem regular, e a comunidade sabendo o samba que é bem alto astral, alegre, o que é importante. Os melhores momentos de canto, ou na harmonia, foi justamente quando a bateria explodiu em fazer paradinhas, bossas, em frente a monumental. A própria bateria cantou bastante. A ala 7 foi uma das mais animadas, é uma ala grande, e cantou bastante. Ala 11 também muito animada. As crianças também mostraram muito ânimo.
Evolução
Uma das poucas escolas que contam com numeração entre os harmonias ao lado da pista, o que facilita muito identificar cada ala, onde termina os setores da agremiação. É um dos fatores para constatar o quanto a Milênio é organizada. E assim foi na evolução da escola, bem compacta, desfilando com tranquilidade, no fim diminuiu um pouco o passo, mas nada que fosse prejudicar muito. Terminou aproximadamente em 54 minutos, uma apresentação bem tranquila e leve.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal Arthur e Waleska encarou o vento, dançando com sorrisos e sincronia, demonstrou ser um casal bem intenso. Vale citar que Waleska já com sua experiência e intensidade no seu modo de dançar, enquanto Arthur, era segundo mestre-sala da agremiação, muito jovem, mas também com uma grande energia e intensidade. Durante a passagem pela pista, fizeram giros sincronizados. Teve um momento, logo ao entrarem na monumental, que mostrou o entrosamento do casal, onde conectam as mãos, olhando um para o outro e fazem o mesmo movimento de um agachamento rápido para assim começarem os giros e fazerem apresentação.
Samba-enredo
Primeiramente temos que dizer sobre Grazzi Brasil, que fase vive, conduzindo muito bem e criando cada vez mais sua identidade com a Milênio. Ganhou um reforço, Darlan Alves, e neste começo da nova dupla, estão funcionando bem, entrosados, interagindo bastante um com o outro, dando espaço para o outro em cada trecho. Falando sobre o samba, podemos destacar que é leve, e a comunidade canta bastante, a ala musical colabora fluindo bem e com bom entrosamento. Como diz um trecho do samba que a comunidade gosta: “Canta forte Grajaú, faz tremer o seu ilé”.
Outros destaques
A bateria “Pegada da Coruja” comandada por mestre Vitor Velloso deu um show, pode ver no Twitter do site CARNAVALESCO, tem dois minutos da apresentação em frente a Monumental. Foram três paradinhas por ali, ou melhor, uma foi uma paradona, cerca de dois minutos. Foi um show, escola cantando, e a bateria também, ou seja, ecoou no Anhembi. Levantou o público, entre os 17 e 19 minutos de desfile. Na segunda parte após saída do recuo, apostaram em bossas em diversos momentos na reta final do desfile, e também fizeram a galera que assistia levantar. A corte de bateria da Milênio corresponde muito bem com Mirela, Mah e Geovanna.
A torcida da Coruja sempre é algo a ser destacada, faz a festa nas arquibancadas, é uma ala extra em todo ensaio ou desfile da comunidade. Acende seus sinalizadores, tem bandeirões, faixas, vibra com a escola, é uma força extra, ainda mais no calor que estava naquele momento.
Foi a terceira escola da tarde, e ainda sim pegou um forte calor, principalmente na concentração, o que obviamente desgasta componentes. Já batia um vento, que até citamos acima na apresentação do casal, mas ainda sim estava muito quente. Inclusive teve componente passando mal ainda na concentração, durante a pista não vi casos como aconteceu nas duas escolas que antecederam a Milênio.