O carnavalesco da Viradouro, Tarcísio Zanon, explica em entrevista para Agência Brasil, que o enredo de 2025 nasceu da ideia de reorganizar o imaginário do popular brasileiro. “Isso a gente vem fazendo desde [a história] das Ganhadeiras [de Itapuã]”, conta, se referindo ao tema que rendeu à escola o título de 2024, quando a vermelha e branca de Niterói falou sobre negras escravizadas até o fim do século 19.
Tarcísio enxerga na escolha dos enredos uma forma de levar ao público importantes personagens históricos que ficaram desconhecidos durante muito tempo.
“A Viradouro, com a missão de escola de samba, de espaço cultural e de trazer mensagens motivacionais e de reparação histórica, optou por falar sobre esse grande homem, esse grande herói nacional, que ainda não tinha tido na Marquês de Sapucaí e no carnaval carioca essa merecida homenagem”, disse à Agência Brasil.
A Unidos do Viradouro, atual campeã do Grupo Especial do Rio, levará para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí o enredo “Malunguinho: O mensageiro de três mundos”. É a história de um líder de quilombo que aprendeu com indígenas, há 200 anos, o segredo da força das ervas.