A grande protagonista do sábado de desfiles da Série A foi a Imperatriz Leopoldinense. Voltando às suas raízes, a escola passou correta nos quesitos de chão e com fantasias deslumbrantes, confirmando o favoritismo, apesar dos problemas apresentados em duas, das três alegorias. A noite ainda foi marcada pela exaltação à jogadora Marta, na Inocentes, e a Unidos de Padre Miguel, que cometeu seus costumeiros erros de evolução, que podem custar não concorrência nota a nota com a co-irmã de Ramos.

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Veja abaixo como foram os desfiles de sábado

Sossego – No ano em que comemora seu jubileu de ouro, a Acadêmicos do Sossego contou com novos reforços em sua equipe e o aporte financeiro da prefeitura de Niterói para tentar fazer história na Marquês de Sapucaí. Mas, com graves problemas no acabamento de suas alegorias, e, uma evolução irregular, a proteção de Olokum pode não ser suficiente para garantir que a escola alcance o objetivo de ficar nas primeiras colocações.

Inocentes – Segunda escola a desfilar no sábado Inocentes entrou na avenida empolgada. O samba elevou o nível do desfile com sua letra emocionante sobre a trajetória da seis vezes melhor jogadora do mundo, Marta. Mestre Washington se destacou no desfile fazendo bossas bem realizadas e com isso conseguiu levantar o público. No último carro, Marta passou na avenida e foi ovacionada pelos presentes sob os gritos de rainha. O enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim” foi desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Caribé e encerrou o desfile com 53 minutos.

Bangu – Em uma noite de grande desempenho do intérprete Igor Vianna, o samba-enredo foi o principal destaque da apresentação da Unidos de Bangu, que enfrentou problemas em quase todos os quesitos. A vermelha e branca foi a terceira escola a desfilar e apresentou o enredo “Memórias de um Griô: a diáspora africana numa idade nada moderna e muito menos contemporânea” em 52 minutos.

Santa Cruz – A Acadêmicos de Santa Cruz pisou forte na avenida para falar da cidade de Barbalha, no Ceará. A escola pareceu não se importar com a chuva para fazer um desfile correto e empolgante. Porém, alguns erros de evolução, harmonia e acabamento nas alegorias podem comprometer a nota máxima da escola nesses quesitos. A verde e branco da Zona Oeste foi a quarta agremiação a desfilar nesta noite de sábado, com o enredo “Santa Cruz de Barbalha, um conto popular no Cariri cearense”. Os destaques do desfile ficaram por conta da comissão de frente, que levantou as arquibancadas com sua coreografia simples e funcional.

Imperatriz – Reeditando o enredo de 1981, “O teu cabelo não nega”, a Imperatriz Leopoldinense fez um grande desfile porém teve problemas na iluminação do abre-alas e do segundo carro. Na luta pelo título de campeã do carnaval e o retorno ao Grupo Especial a escola fez o melhor desfile da Série A. Fazendo uma arrancada arrebatadora a escola entrou com os pés firmes na Sapucaí. O casal de mestre-sala e porta-bandeira se destacou com uma fantasia belíssima e com uma dança impecável. Mesmo com os problemas de iluminação, as alegorias estavam lindas e com um acabamento impecável. O canto da comunidade gresilense foi extremamente forte, a agremiação mostrou a vontade de retornar para o principal grupo do carnaval. O samba, já conhecido pela comunidade, foi o ponto alto da escola, favoreceu o canto e empolgou a Sapucaí.

Unidos de Padre Miguel – Sexta escola a cruzar a Marquês de Sapucaí, a Unidos de Padre Miguel teve na força de seu carro de som, no canto da comunidade e no ritmo envolvente da bateria, as bases necessárias para o excelente rendimento do samba-enredo que conduziu a apresentação do enredo “Ginga”. Porém, algumas falhas no conjunto alegórico e o buraco aberto na frente da primeira cabine de jurados podem atrapalhar a vermelha e branca da Vila Vintém na disputa pelo título da Série A. O desfile terminou com 54 minutos, um a menos do tempo máximo permitido.

Império da Tijuca – Fechando a última noite de desfiles da Série A, o Império da Tijuca fez um desfile com poucos erros, mas com problemas na leitura das fantasias. Em contraste, as alegorias passavam bem a mensagem do enredo. O destaque ficou por conta do primeiro casal, Renan Oliveira e Lais Lúcia, que dançaram muito bem em todas as cabines dos jurados. Com uma belíssima fantasia e uma coreografia com alto grau de dificuldade, o casal mostrou uma grande sintonia. Mestre Jordan comandou bem a bateria e fez boas apresentações, empolgando o público com uma coreografia. Desfilando com o enredo “Quimeras de um Eterno Aprendiz” o Império da Tijuca encerrou o desfile com 54 minutos.

Como foram os desfiles de sexta-feira

A primeira noite de desfiles da Série A ficou marcada pelo seu desfecho melancólico. O Império Serrano, dono de 8 títulos do Grupo Especial, confirmou a preocupação dos sambistas que girava em torno dele: a escola se apresentou de forma dramática, com muitas alas sem fantasias e alegorias com problemas na estrutura, na composição e no acabamento. Cubango e Porto da Pedra, abusaram dos erros e viram as esperanças de título ficarem distantes.

Vigário Geral – Depois de 21 anos, a Vigário Geral voltou a desfilar na Sapucaí. Chegando da Intendente e abrindo o primeiro dia de desfiles, depois de uma chuva forte, a escola apresentou problemas estéticos com carros e fantasias com problemas de acabamento.

Rocinha – Segunda escola a cruzar a Marquês de Sapucaí na noite desta sexta-feira, a Acadêmicos da Rocinha apostou em uma estética simples e de fácil leitura para contar a trajetória de Maria Conga, através do enredo “A guerreira negra que dominou dois mundos”, o que rendeu no melhor resultado plástico da escola desde o desfile de 2017, quando homenageou o carnavalesco Viriato Ferreira. No entanto, problemas de locomoção no abre-alas e na última alegoria comprometeram a evolução da tricolor de São Conrado, que abriu dois buracos em frente a módulos de julgamento. A agremiação encerrou sua apresentação com 54 minutos.

Ponte – A Unidos da Ponte foi a terceira escola a pisar na Sapucaí, na noite desta sexta-feira, e o carnavalesco Lucas Milato apresentou o enredo “Elos da Eternidade”, que propôs uma reflexão sobre a relação da humanidade e a preservação do samba. A agremiação exibiu uma comissão de frente que arrancou aplausos do público e jurados, com o marcante “E o samba resiste com os sambistas” ao final da apresentação e a garra dos integrantes. No entanto, os erros nas estruturas dos carros dificultaram o visual estético, reduzindo sua qualidade. A azul e branca de São João de Meriti terminou o desfile com 53 minutos.

Cubango – Vice-campeã da Série A em 2019, a Acadêmicos do Cubango entrou na Marquês de Sapucaí determina a conquistar o inédito título em sua história. Com uma comissão de frente impactante e de grande comunicação com público, seguido de um casal entrosado, exibindo um bailado envolvente, a agremiação parecia já estar com uma mão no caneco. Entretanto, o que se viu adiante foi uma série de falhas nas alegorias, uma evolução extremamente problemática e uma harmonia melancólica perante a imagem de um campeonato perdido.

Porto da Pedra – O Tigre de São Gonçalo lavou, literalmente, a alma na avenida, cantando forte e com um desfile para cima, empolgando o público a escola desfilou bem, porém com problemas no abre-alas abriu um grande buraco logo no primeiro módulo de jurados. Comissão de frente muito bem dançada e sincronizada foi um dos pontos altos do desfile junto com o primeiro casal que arrancou aplausos e gritos do público em toda Sapucaí. Porto da Pedra levou para a Sapucaí o enredo “O que a Baiana Tem? Do Bonfim à Sapucaí” desenvolvida por Annik Salmon. O desfile encerrou com 53 minutos, sem atrasos.

Renascer – A Renascer foi a sexta agremiação a desfilar no primeiro dia de desfiles da Série A e, apesar da qualidade estética nas alegorias, a vermelha e branca oscilou no canto. A comissão de frente foi realista e teatralizada. O samba-enredo fez o desfile crescer.

Império Serrano – Fechando a primeira noite dos desfiles da Série A, o Reizinho de  Madureira tropeçou em diversos quesitos e pode enfrentar problemas na apuração. Demorando sete minutos para começar o desfile, a escola teve dificuldade com o deslocamento do abre-alas que, acoplado, colidiu um com o outro atrapalhando o andamento do desfile. Baianas desfilaram sem saia e parte dos ritmistas sem chapéu, além de outras alas que passaram com peças faltando. Apresentando o enredo “Lugar de Mulher é onde ela quiser!” e depois de correr para não estourar o tempo, o Império Serrano fechou o seu desfile cravando o tempo máximo de 55 minutos.

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