O carnaval de 2024 da Superliga Carnavalesca do Brasil trouxe uma ação inédita aos foliões e participantes do desfile da Passarela do Povo. O “Super Carnaval de Sustentabilidade”, como foi batizado o projeto, apresentou diversas ações relacionadas às temáticas socioambientais, entre elas, o ineditismo ao tratar a compensação total das emissões de gases de efeito estufa, oriundas dos cinco dias de desfile.
A neutralização se deu através da utilização dos créditos de carbono do projeto elaborado pela empresa Let It Trees, na região Amazônica, em parceria com a empresa GPX ECOFI, compensando as emissões de carbono provenientes dos carros alegóricos e seus geradores, o trajeto médio dos mais de 40.000 desfilantes diários, a energia elétrica de toda a estrutura e o combustível utilizado pelos carros de som nos desfiles. No processo de inventário, foram totalizadas 522 tCO2e (toneladas de carbono equivalente), sendo 90 tCO2e do Grupo de Avaliação, 192 tCO2e da Série Bronze e 240 tCO2e relativas à Série Prata.
Para Diego Carbonell, Diretor de Sustentabilidade e ESG da Superliga, a iniciativa apresenta, além do pioneirismo e do impacto ambiental positivo, a possibilidade de aproximar o tema da sustentabilidade da população carioca, em especial a do carnaval.
“Sabemos o quanto temos sido cada vez mais impactados por eventos climáticos e o quanto a população é importante para revertermos isso, principalmente com relação às suas práticas no dia a dia e seus hábitos de consumo, que proporcionam mudanças nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. É acreditando no carnaval como linguagem de acesso para uma maior conscientização dessa população, que realizamos essa compensação. Uma iniciativa que esperamos que seja replicada em outras ligas, escolas e desfiles pelo Brasil e no mundo”, diz o profissional.
CEO da GPX ECOFI, Paulino César Gaspar comemorou o resultado alcançado nos desfiles.
“Para a GPX ECOFI, essa ação de compensação, além de histórica, é também um enorme passo para que as questões ambientais ganhem alcance e relevância através do carnaval. O objetivo é conseguirmos, além da ação de neutralização, apoiar a Superliga na conscientização das pessoas, e fazer com que em seu dia a dia, mesmo com pequenas ações, elas repensem suas atitudes e atuem de maneira a gerarem impactos positivos em sua comunidade”, diz o executivo.
Compartilhando do mesmo pensamento, Pedro Silva, presidente da Superliga, acredita que este foi somente o primeiro passo para que práticas ESG sejam adotadas, não somente pela instituição, mas também pelas escolas de samba que a integram, um processo que já começou a acontecer antes mesmo do desfile deste ano.
“Estamos muito felizes com os resultados e os números deste Carnaval. Apesar do curto tempo de planejamento, não faltou dedicação ao projeto, que, sem dúvida, incentiva outras ligas e instituições do Carnaval. Não apenas a neutralização de carbono, mas também as práticas baseadas nos pilares de ESG são essenciais para o desenvolvimento social e administrativo da cadeia produtiva do Carnaval brasileiro”
Recebendo aproximadamente 300.000 pessoas ao longo dos cinco dias de realização, os desfiles das Séries Prata, Bronze e Grupo de Avaliação foram um absoluto sucesso de público, com a Intendente Magalhães proporcionando um espetáculo inclusivo e gratuito para a população carioca.
O Carnaval a Superliga, foi realizado em parceria com a Riotur, com o apoio cultural da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e o incentivo da Funarj, da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro.