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Sou eu malandragem de corpo fechado! Última alegoria do Salgueiro retrata Zé Pilintra

A Acadêmicos do Salgueiro foi a terceira escola a desfilar na madrugada de segunda para terça na Marquês de Sapucaí, com o enredo “Salgueiro de corpo fechado”. A escola apresentou uma verdadeira viagem pelo mundo das práticas mágico-religiosas do povo brasileiro. O sexto e último carro mergulhou nas ruas da Lapa e na figura espiritual do Zé Pilintra, associado à malandragem e boemia.

“A gente sabia que teria uma Lapa no desfile, mas queria fugir dos Arcos da Lapa como a única representação possível do bairro. A gente pensou em trazer o santuário do Seu Zé Pilintra e a escadaria Selarón, que é um símbolo da Lapa muito bonito. A gente traz a figura do Zé Pelintra meio que espiritualmente no carro, porque é uma figura sem rosto, sem corpo. O que está ali é mais a energia do Zé Pelintra, que é uma escultura dos braços e a cartola dele”, explicou o integrante da equipe de criação Allan Barbosa, de 24 anos.

Allan

“A gente vem no carro da Lapa, representando o povo da rua. É o retorno. O Salgueiro fez toda uma viagem de vários setores, desde o inícios dos rituais, como chegou o ritual no Brasil. Aqui a gente retorna para o Rio de Janeiro, falando sobre a umbanda, sobre o fechamento de corpo no Rio de Janeiro, por isso essa relação com a Lapa. Nós somos as Pombas Giras. Temos também os malandros fazendo parte do nosso carro”, disse a enfermeira Bianca Barbosa, de 32 anos, em seu sexto carnaval pelo Salgueiro.

Bianca

“A alegoria fala sobre o povo da rua, os malandros, as pombas-giras, as damas da noite. Tem até uma escadaria Selarón da Lapa também, que os malandros vão estar ali. A gente vai fechar o desfile com chave de ouro”, afirmou a administradora Carolina Florim, de 25 anos, dos quais 16 foram dedicados à Academia do Samba.

Carolina 2

Para além da atmosfera de liberdade e divertimento, o carro reverenciou o histórico intérprete da escola Quinho, que faleceu em janeiro de 2024.

“Esse desfile todo, na verdade, é uma celebração da própria história do Salgueiro. A gente traz vários símbolos caros à escola nesse desfile e esse último carro é mais um desses símbolos. A alegoria traz uma homenagem ao Quinho. O Quinho, em uma entrevista que ele deu, falou que ele passou por uma doença, onde ele foi no terreiro e ele fez um pedido a uma pomba gira, que era a pomba gira arrepiada. E essa pomba gira devolveu a voz a ele para ele. Como forma de gratidão, essa pomba gira pediu que ele sempre lembrasse dela nos desfiles. A forma que ele teve de lembrar dela todos os desfiles era dando o grito de ‘Arrepia’”, compartilhou Allan.

Animados, os componentes adiantaram detalhes da alegoria minutos antes de entrar na avenida.

“Temos uma performance que vocês vão gostar”, disse Carolina, de forma enigmática.

“Nós vamos fazer uma coreografia em cima de uma escadaria representando a escadaria de Santa Teresa. Vai dar o que falar, com certeza. Vai ter uma grande surpresa também no final desse carro. Desde dezembro, antes do Natal, a gente  começou a ensaiar”, finalizou o professor do Ensino Fundamental João Vitor Silva, de 29 anos, em sua primeira vez na escola.

Joao Vitor

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