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Série Barracões: Unidos de Bangu destaca a Aldeia Maracanã e a resistência ancestral

O enredo que a Unidos de Bangu apresentará no Carnaval de 2025, intitulado “Maraka’Anandê – Resistência Ancestral”, coloca em evidência a rica história e a luta da Universidade Indígena Aldeia Maracanã, uma emblemática representação da cultura indígena no Rio de Janeiro. Desenvolvido pelos renomados carnavalescos Raphael Torres e Alexandre Rangel, o tema ressalta a importância da Aldeia Maracanã como um símbolo vivo da identidade dos povos originários. Para o Carnaval de 2024, a Unidos de Bangu apresentou o enredo “Jorge da Capadócia”, criado pelo carnavalesco Robson Goulart, que culminou na escola alcançando a 10ª colocação na Série Ouro.

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Em uma entrevista ao CARNAVALESCO, realizada no barracão da escola, Raphael Torres e Alexandre Rangel compartilharam suas expectativas para o desfile de 2025.

“Durante a pesquisa para o enredo, todas as partes foram cativantes, mas nos sentimos especialmente atraídos pela questão dos direitos dos povos indígenas, bem como pela Constituição. O nosso enredo gira em torno dos direitos dos povos indígenas e sua relação com a Constituição”, afirmou Raphael.

Todo desfile tem seu grande trunfo, e ao perguntarmos aos carnavalescos, eles revelaram um spoiler empolgante.

“O grande destaque do nosso enredo será um carro intitulado ‘Clamor pela Justiça’. Neste carro, haverá uma escultura da Justiça adornada com o manto Tupinambá. Acredito que este carro representa o ápice do nosso enredo!”, destacou Rafael.

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Alexandre também compartilhou a importância de trazer um tema tão relevante para 2025. “Esse enredo já está guardado desde 2017. Durante nossa passagem por outra escola naquela época, apresentamos duas propostas, e a segunda foi escolhida. Desde então, mantivemos esse enredo arquivado. Ao chegarmos à Unidos de Bangu, pretendíamos trazer uma nova abordagem e uma linguagem mais didática. Quando apresentamos o conceito à diretoria e ao presidente, foi amor à primeira vista. Ele abraçou a causa e o enredo, o que foi um momento muito significativo, pois essa narrativa é extremamente importante não apenas para os povos indígenas, mas para todos os brasileiros!”, afirmou Alexandre.

Rafael e Alexandre afirmam que este enredo tem como objetivo abrir caminhos e superar o amargo décimo lugar conquistado no ano passado.

“É um enredo que, na verdade, transmite uma mensagem completamente didática, uma proposta direta e de fácil compreensão. O comportamento do público será crucial para que eles possam ver e entender!”, declarou Alexandre.

Os carnavalescos comentaram sobre as dificuldades enfrentadas nos barracões do grupo de acesso. “No grupo de acesso, sempre encontramos desafios. Creio que esse grupo necessita de um barracão exclusivo, um espaço apropriado apenas para a construção das alegorias. Em virtude do tamanho e da grandiosidade que os desfiles têm alcançado, o barracão está se tornando insuficiente para comportar as esculturas que as escolas vêm desenvolvendo!”, afirmou Alexandre.

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Tivemos que abordar um assunto delicado: o incêndio no ateliê Maximus, onde estavam sendo confeccionadas algumas alas da escola. Os carnavalescos compartilharam o que puderam salvar e como estão trabalhando para recuperar as fantasias.

“Conseguimos recuperar uma parte significativa das fantasias, organizamos um mutirão na escola e a comunidade de Bangu se mobilizou para ajudar na reconstrução. Acredito que muitas peças serão utilizadas para contar a história do enredo; no entanto, algumas se perderam no processo. De qualquer forma, estou confiante de que conseguiremos apresentar algo interessante, que permita ao público compreender o enredo!”, disse Rafael.

Apesar de todas as dificuldades, perguntamos a eles o que podemos esperar do desfile da Bangu. Os carnavalescos demonstraram confiança e entusiasmo.

“Acredito que a Bangu vai surpreender com o conjunto de alegorias. Teremos muitas surpresas, e o segundo carro será um destaque à parte!”, disse Alexandre.

Saiba como será o desfile

A Unidos de Bangu apresentará um desfile com três alegorias, 19 alas e 1.600 componentes. A escola será a quarta a se apresentar no sábado de carnaval.

Setor 1: “No primeiro setor, faremos uma homenagem à aldeia Jabebiracica, que é a aldeia ancestral, situada no local da aldeia Maracanã”.

Setor 2: “O segundo setor abordará a questão histórica, desde a invasão dos portugueses, que trouxe o genocídio”.

Setor 3: “O terceiro setor tratará da atualidade, abordando as ações do Estado em relação aos indígenas, incluindo o conflito que ocorreu com o governo do Estado do Rio de Janeiro sobre o despejo da aldeia. Esse setor culminará com o carro intitulado ‘Clamou pela Justiça'”.

Setor 4: “No último setor, focusaremos a parte cultural que acontece dentro da aldeia, encerrando com o carro que representa a Aldeia Maracanã”.

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