Após um susto no último carnaval, a Imperatriz da Paulicéia busca se consolidar ou alçar voos maiores entre as escolas filiadas da Liga-SP. No Carnaval 2024 a agremiação teve problemas na pista e acabou terminando na oitava colocação, sendo apenas uma a frente da escola rebaixada para o Especial de Bairros, Uirapuru da Mooca. Entretanto, para o desfile de 2025, a Coroa da Zona Leste aposta em um tema leve e desfila com energias renovadas. A primeira etapa vencida foi na Corte do Carnaval, onde Arie Suyane, rainha de bateria da agremiação, venceu o concurso e se sagrou a rainha do carnaval de São Paulo em 2025. O CARNAVALESCO foi ao barracão da Imperatriz da Paulicéia e conversou com a presidente Maralice Lazarini, que contou todo o projeto executado para o próximo desfile.
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“O nosso projeto é fazer um carnaval conciso, correto, mas um carnaval muito bem acabado, com bastantes detalhes e alegria. Nosso enredo esse ano fala sobre as escolas de sambas. A gente quer mostrar para a sociedade o funcionamento de uma entidade. Se a gente mostra aqui, por exemplo, que os idosos são muito valorizados. É a velha guarda. As crianças ocupam o lugar delas. A gente tem pouco problema de racismo, de intolerância religiosa, a diversidade é muito bem aceita. A minha escola, inclusive, tem uma mulher na frente da bateria, que eu acho que é bacana. A gente mostra que a mulher cabe em qualquer lugar”, explicou.
Surgimento do enredo
A presidente revelou que o tema surgiu após um amigo ligar e falar sobre um bloco de carnaval que estava vendo, e tocou a música “Eu queria que essa fantasia fosse eterna”, que é o título do enredo. “Um amigo da escola me ligou e falou que havia um bloco perto da casa dele e que tocou a música ‘eu queria que essa fantasia fosse eterna’. Logo, ele disse que daria um bom enredo. Pedi para ele levantar todo o tema e está aí toda essa coisa maravilhosa, que é mostrar que a nossa folia pode ser eterna. O carnaval começa em março do ano anterior e vai até fevereiro do outro ano ”, declarou.
Organização apesar das dificuldades
Segundo Maralice, apesar dos números reduzidos de funcionários para fazer carnaval, está tudo dentro do cronograma. A gestora também contou que a Paulicéia foi uma das primeiras agremiações a abrir a ‘Fupe’. “O Acesso 2 é um grupo que não tem uma verba muito grande. A gente não tem um contingente grande de trabalhadores. Aqui no galpão eu tenho um menino que cuida pra mim, o Francis. Ele que faz tudo, ele é contratado para tocar o galpão. Todo nosso trabalho começa em maio e junho no máximo, porque a gente acaba usando os trabalhadores do Especial e Acesso 1, que ainda não tem muito o que fazer. A gente vai contratando serralheiro, madeireiro, decorador… Todo mundo começa a trabalhar antes a nosso favor. Aqui nós estamos com o cronograma sendo cumprido à risca. O trabalho começou bem cedo. Imperatriz foi uma das primeiras escolas a abrir o galpão aqui na Fábrica 2”, disse.
Alegria é o sucesso
Perguntada sobre o que esperar de melhor no desfile de 2025, a presidente deseja que as pessoas olhem para a escola com o carinho que o projeto será colocado na passarela. “Eu quero que eles se impressionem com o carinho que a gente faz as coisas. Aqui é tudo feito com muito carinho. Se você prestar atenção, tudo é detalhadamente feito. A gente faz tudo com muito amor, com muito carinho e com alegria. Eu quero que o pessoal veja o carinho que as coisas foram feitas não só aqui no barracão, mas os ensaios e o tratamento com as pessoas”, finalizou.