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Série Barracões SP: Com a espiritualidade da umbanda, Morro da Casa Verde busca volta ao Acesso 1

Escola perdeu para a segunda colocada no desempate, e agora busca na religião afro-brasileira a ascensão à segunda prateleira do carnaval

Após a queda do Acesso 1 para a divisão inferior no ano de 2023, o Morro da Casa Verde busca novamente voltar à segunda prateleira do carnaval paulistano, sendo que, no ano passado, a verde e rosa da Zona Norte quase subiu, ficando empatada com a Unidos de São Lucas, perdendo no desempate e terminando na terceira posição. Apostando em um forte enredo, que é uma homenagem à religião da umbanda, o Morro quer essa vitória. Tem uma equipe forte e principalmente um grande samba, cantado pelo renomado intérprete Wantuir.

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Indo para o seu segundo ano na escola, o carnavalesco Ulisses Bara recebeu o CARNAVALESCO no barracão, na Fábrica do Samba 2, e deu detalhes sobre o desfile que será mostrado no Anhembi no próximo dia 22.

Tendo como enredo “Saravá Umbanda! Uma história de luz, caridade e amor”, o Morro da Casa Verde será a sexta escola a pisar na passarela, pelo Grupo de Acesso 2.

Explicação e surgimento do enredo

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Ulisses revelou que o tema surgiu em conversa com o presidente Diego Campos, e que foi proposto pelo próprio artista, por ser apaixonado pelo universo umbandista e ter crescido na religião. “É um enredo que eu sempre tive vontade de fazer e surgiu através de uma conversa com o presidente. Eu cresci dentro da umbanda e sempre fui muito fascinado pelo mundo deles. Daí eu saí naquela pesquisa entre as casas, livros e vídeos para o desenvolvimento, porque eu não queria um enredo de protesto. Nós queremos uma homenagem mesmo à história deles. Como o Acesso 2 é um grupo mais reduzido, tive que ir enxugando, porque é uma história muito rica e, por isso, tive que pegar os pontos principais”, contou.

Brevemente explicando a narrativa, Bara diz que o desfile será contado pela entidade do Caboclo, uma das principais que incorpora na religião. “A gente conta a história através do Caboclo. Ele vem contando a narrativa, que é o Caboclo que incorporou no Zélio de Moraes, começando um pouco antes até mesmo da anunciação da umbanda para depois passar até os dias de hoje. Nós estamos ali mostrando os rituais, cerimônias, influência do catolicismo e influência do candomblé em cima da religião. Também nós pegamos todos esses pontos para montar o enredo”, explicou

Umbanda presente no Morro

De acordo com o carnavalesco, desde o momento em que o presidente Diego Campos, o diretor de carnaval Marquinhos e o próprio artista começaram a visitar os terreiros de umbanda, as pessoas que fazem parte da religião e viram o tema, ficaram felizes com a homenagem. “As casas de umbanda nos receberam muito bem. Eu fui a uma parte e o presidente foi em várias. Ele foi muito mais do que eu com o nosso diretor de carnaval. Toda vez que nós falávamos para as casas, eles ficavam muito felizes. Quando eu mostrei a proposta, depois que eu já estava com o texto e apresentei para eles, até mesmo quando os pilotos estavam prontos, todos gostaram muito e acharam muito respeitosa a forma como estava sendo tratado. A minha maior preocupação era ser o mais claro possível sem perder o respeito. As casas onde nós fomos visitar, todas acabaram abraçando a causa, tanto que até mesmo para o desfile e nos ensaios, sempre tem alguém da umbanda. Eles estão bem presentes dentro do nosso carnaval. Isso é muito legal”, declarou.

Cor branca como característica

Bara contou que o primeiro setor será colorido, usando o verde e rosa da escola e, o segundo, dedicado ao branco, que é a cor predominante da umbanda. “A gente começa um desfile com as cores da escola. Na primeira parte do enredo, até onde se está falando sobre as influências, senzala, catolicismo e a influência do candomblé, é um setor mais colorido. Quando a gente já vai passando para os dias atuais e contamos um pouco dentro do terreiro, vai clareando e o branco começa a predominar. Nós temos alguns pontos de cores em cima, mas o branco predomina. É a cor característica da umbanda e do candomblé também. Mas na Umbanda a gente vê que eles são muito mais ligados ao branco. Por isso a gente teve essa preocupação em estar usando bastante essas cores”, comentou.

Conheça o desfile

Setor 1
“É uma abertura mais indígena, já que é o Caboclo que está contando a história. A gente começa pelos caboclos e entramos em um setor que a gente vai para a senzala e passa para o cristianismo e a influência do cristão em cima da umbanda, já que os escravos pegavam as imagens para poder louvar as suas entidades e seus orixás”

Setor 2
“Já é a Umbanda hoje em dia. A gente começa a contar como se estivesse dentro do terreiro. A partir dali, nós falamos dos rituais que são feitos dentro das casas de umbanda”

Ficha técnica
Duas alegorias
800 componentes
Um tripé
Diretor de barracão – Danilo Destro

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