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Série Barracões SP: Acadêmicos do Tucuruvi mostrará o real significado da busca pelo Manto Tupinambá

Escola da Cantareira contou com a colaboração de lideranças originárias para desenvolver desfile de acordo com a visão tupinambá sobre o artefato histórico

Uma das relíquias culturais que mais repercutiram no ano passado se tornou inspiração para os Acadêmicos do Tucuruvi no carnaval de 2025. A volta de um exemplar dos mantos tupinambás espalhados pela Europa apenas potencializou a proposta do enredo “Assojaba – A busca pelo manto”. O CARNAVALESCO visitou o barracão da escola da Cantareira para entender a proposta do tema e a importância do artefato na visão dos carnavalescos Dione Leite e Nícolas Gonçalves.

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Ancestralidade em torno do Assojaba

“Assojaba” é um termo que se refere ao manto sagrado que há muitos anos é reivindicado pelo povo tupinambá. Dione explica que a proposta do enredo partiu do enredista Vinícius Natal e conquistou os carnavalescos e o diretor de carnaval, Rodrigo Delduque.

“Essa ideia veio através do nosso enredista, Vinícius Natal, que falou com o Rodrigo Delduque, nosso gestor. Ele falou: ‘eu tenho aqui uma proposta de enredo’. Rodrigo já queria algo que fosse diferente, mas queria manter uma linha para esse lado ancestral que não necessariamente fosse uma temática africana e nós tínhamos outros enredos muito interessantes na mesa, estavam bem cotados. Quando aparece ‘Assojaba’, ele ganha todos nós de cara. Ele nos domina pela qualidade, pela densidade, pelas profundas camadas que poderiam ser acessadas para desdobramentos do enredo. O Rodrigo aposta já direto, e eu e o Nicolas ficamos muito felizes também porque nos oferecia a possibilidade de uma estética nova, uma possibilidade de repensar algumas coisas que eram possíveis e aí tem esse carnaval hoje que é desafiador, assim como era desafiadora a volta do manto, que já está aqui. Esse carnaval também no início foi muito desafiador, mas hoje ele já está aqui praticamente pronto. É possível quando você acredita, é possível quando se busca pelo seu manto”, declarou.

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Busca pelo manto em diferentes formas

Em julho de 2024, o Museu Nacional confirmou que o manto tupinambá retornou ao Brasil após 300 anos exposto em um museu na Dinamarca, meses depois de o Tucuruvi anunciou seu enredo. Mas Nícolas afirma que a volta repentina de um exemplar do artefato não significa que a busca pelo manto tenha se encerrado. O artista afirma que a linha de enredos iniciada por “Ifá”, de uma temática com mensagens históricas escondidas da sociedade, prossegue na escola com “Assojaba”.

“Quando trazemos o manto, foi para seguir nessa narrativa, foi para seguir nessa ideia de a escola trazer histórias importantes que vão além. Por mais que o manto tenha chegado antes do desfile, nós ainda temos outros mantos na Europa, e a volta desse manto não precisa ser física. O que estamos fazendo hoje é também a busca pelo manto: celebrá-lo, cantar um samba-enredo para ele, é uma forma de trazê-lo de volta. Novamente, o Tucuruvi tem como missão passar uma mensagem forte e fazer as pessoas que conheceram o ‘Ifá’, que foram pesquisar e entender o que é o ‘Ifá’, buscar também o que é o manto, o que significa ‘Assojaba’ e o porquê de nós estarmos cantando sobre ele, celebrando-o e devemos conhecê-lo. Eu acho que a nossa maior missão como desfile é essa: fazer as pessoas entenderem que esse manto é muito importante para cada um aqui nesse país”, explicou.

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Dione esclarece os povos tupinambás acreditam que o manto seja um ancestral vivo e sua volta tem um significado especial ao evidenciar a um lado da história essencialmente brasileira, mas que sofreu um apagamento ao longo dos séculos.

“Quando começamos a pesquisar o enredo, nós tínhamos a expectativa de que o manto retornasse antes do carnaval, era uma possibilidade que havia, só que nós fomos surpreendidos! Quando recebemos a notícia de que o manto tinha chegado no Brasil, que estava já em posse no território nacional, foi muito comovente para nós e nos deu mais certeza de que o que nós tínhamos planejado e pensado lá atrás não estava errado. Nós sabíamos da missão que esse enredo tinha desde o início e tínhamos um propósito muito grande que não era sobre o material. O manto é um veículo muito grande de comunicação para todos os povos, ele gera possibilidade de diálogo de novo na sociedade. Nós passamos a ver os povos originários em rede nacional, exaltando, se reencontrando com o seu mais antigo ancestral que está vivo, que é o manto, isso tem um valor imenso. Para nós, isso prova que fazer esse enredo é muito pertinente porque ele vai além do manto, é sobre qual contexto que o manto nos traz. ‘Ah, mas agora já chegou o manto e nome do enredo é a busca pelo manto’. É que a busca do manto não é sobre isso, é buscar as memórias, é buscar o que foi perdido, é buscar a dignidade. É tanta coisa que precisamos buscar que quem vai saber responder isso são os originários. Eles saberiam dizer para nós porque eles sentem as dores do apagamento. Nós não sabemos o que é isso, mas conseguimos sentir um pouquinho disso. Quando nós conseguimos transformar isso em samba, conseguimos transformar isso em plástica, conseguimos transformar isso em movimento, o nós que eu falo é a escola de samba, o carnaval, esse é o poder de comunicação. A volta do manto ajuda a revelar ainda mais o que está encoberto pela sociedade”, afirmou.

Visão do apagamento e prova da existência: as curiosidades do desenvolvimento

O manto tupinambá sempre existiu e esteve presente até mesmo nos materiais escolares, mas como uma pequena amostra de história sem o menor aprofundamento. É o que Nícolas Gonçalves explica ao apontar o sentimento que teve durante as pesquisas entre as curiosidades sobre o desenvolvimento do enredo.

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“Acho que foi entender e sentir. Eu digo que nós conseguimos fazer esse enredo porque conseguimos senti-lo. Nós fomos agraciados de ter conversas com tupinambás, conversamos muito com a Glicéria Tupinambá, que foi a nossa ‘pássaro’, que ela brinca. Ela veio, voou e nos encantou demais. Quando ela fala do manto nós nos emocionamos e aí quisemos passar isso. Eu acho que o que mais nos deixou curiosos era o fato de o manto estar sempre nos nossos livros nas escolas, mas nós vermos que não foi passado do mesmo jeito que quando pesquisamos profundamente. Eu lembro que eu tinha no meu livro de história uma imagem que tinha o manto ali e eu nem anotei porque que eu anotava outras coisas da história, em nenhum momento tinha um capítulo ali do meu livro que era sobre o manto. Eu acho que isso provocou muita gente no processo de criação porque nós precisamos saber da história do manto. Eu acho que o curioso foi isso, entender que era algo que era para ser de acesso fácil, para todo mundo conhecer e eu acho que é o que queremos despertar nas pessoas também, a curiosidade de entender o que é o manto, o que é o ‘Assojaba’ e qual a importância dele”, comentou.

Questionar a real importância do manto tupinambá é compreensível, já que a cultura desse povo é pouco conhecida pela sociedade. Em uma fotografia, o manto de penas vermelhas parece ser apenas uma espécie de capa, mas Dione afirma que para os povos originários é uma prova viva de que eles sempre estiveram em terras brasileiras, desde antes da chegada dos europeus.

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“Pelo menos o que eu entendi nesse processo pelo falar deles, o mais importante é a existência deles. O manto comprova que os povos originários estavam aqui antes, comprova que eles existem no território nacional, que não estão extintos ou apagados, como foram, por exemplo, na Bahia. Eles, com muita luta, conseguiram ser reconhecidos como tupinambás. Eles eram chamados de ‘caboclinhos’, não recebiam o devido reconhecimento. Foi uma luta muito grande para que isso acontecesse, para vermos como a sociedade sempre dá um jeito de distinguir aquilo que pode trazer problema para ela. O problema no caso é descobrir a história verdadeira, como o Nícolas falou, daquilo que não nos foi contado ou que não foi exaltado. Até estava lá no livro, em um canto jogado, assim como é o indígena no Brasil, que infelizmente, pela sociedade, e não vamos ser hipócritas em dizer que é um problema governamental, mas não, a sociedade em si se encarrega muito de jogar as minorias nos cantos. Eu nem consigo enquadrar os povos originários como minoria porque eles são a maioria, são enormes, são os povos. É muita gente que está perdida, que está sem orientação, que não tem representatividade, são poucas as que tem e lutam para sobreviver. Antes, eles guerreavam com seus arcos, suas flechas, seus ibirapemas. Hoje eles tentam sobreviver com suas falas e suas lutas, e o carnaval tem esse papel importante de reverberar essas vozes na sociedade para que as pessoas entendam que eles estão lá, para que nós possamos entender que é necessário repensar, é necessário fazer existir porque sempre existiu. A volta do manto para os povos originários é muito importante porque prova quem eles eram e estavam aqui antes. É incrível isso porque para muitas pessoas é o artefato, é o objeto, é uma peça de beleza rara, mas não é sobre isso. É um lugar de fala que nós não temos como acessar porque nós não sentimos a dor deles. É esse o nosso respeito através do manto, essa é a nossa consideração do enredo. O Tucuruvi não toma nenhum partido político, não está aqui falando sobre os povos em si, na luta dos povos, mas quando se fala do manto é quase impossível você não se posicionar”, explicou.

A busca pelo Manto Tupinambá: Tucuruvi na Avenida, por Nícolas Gonçalves

O desfile dos Acadêmicos do Tucuruvi será dividido em quatro setores. A narrativa da apresentação transforma o Manto Tupinambá em um personagem que conta sua própria história através do sonho de retornar para sua terra natal. O “manto” explica como ele foi confeccionado, lamenta sua ida para a Europa e celebra seu retorno, mas alertando para a existência de outros artefatos que, como ele, foram levados do país por estrangeiros.

Setor 1: O sonho da revelação
Nícolas: “A nossa busca se dá pelo sonho, não se dá por ele à toa. Se dá pelo sonho porque, para alcançar o encantado e para os tupinambás, o sonho é muito importante. Começamos no sonho da revelação que é quando, através do sonho, o manto se revela e diz que ele quer voltar. A relação com os cosmos, a relação com o encantado, tudo isso permeia o sonho. Nessa abertura a gente tenta representar isso de certa forma e convida o público para sonhar. Nessa abertura, nós convidamos as pessoas para sonharem e a partir do sonho elas vão se conectar com o nosso manto. Vocês vão poder ver que, na verdade, é uma abertura muito galáctica, muito como a própria Glicéria diz, com muita cosmogonia. Vamos todos sofrer de cosmogonia junto com a Glicéria para que consigamos entender e acessar esse campo que o manto dialoga”.

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Setor 2: O sonho da feitura
“Passamos para o segundo setor, que é o sonho da feitura. Nós vamos entender como é que é feito esse manto, como é que ele é construído. Nós ligamos o sagrado ao terreno e começamos ali dentro da floresta a entender o nosso território, entender como é que a própria natureza, os próprios animais ajudaram a construir esse manto. Os tupinambás acreditam que ao se vestir com manto eles se tornam pássaros para conseguirem voar e alçar o sagrado. Desde a trama do manto, tudo é conectado em um grande ecossistema. A trama do manto se dialoga muito com um nó e com a trama das redes, que é responsável pelo conjunto de habitantes que vai pescar e ter essa alimentação. Desde a trama até as penas, como é feita essa coleta das penas, isso está ali no dia a dia deles. É muito bonito ver como é que toda a confecção do manto é muito relacionada com o método de vida e o modo de vida deles. É isso que tentamos passar nesse segundo setor”.

Setor 3: O pesadelo da ida para a Europa
“Com esse manto confeccionado, nós vamos para o terceiro setor que é o manto contando a sua história e a parte ruim do sonho, o seu pesadelo. Ele vai falar como é que ele foi levado para a Europa, mas tudo isso atravessado pela fala do manto, que é o que estávamos falando a pouco, trazendo uma história contada a partir dessa visão do tupinambá. É um setor, por exemplo, que é todo flechado, e não é flechado à toa. É porque essa flecha que vai atravessar o setor é também um atravessamento da história, uma forma de reescrevê-la. Nós vamos sangrar uma história, e esse sangue revela o sangue originário, revela a pele vermelha, revela o urucum para reescrever sobre essas páginas e sobre, por exemplo, essas pinturas das missões artísticas. Nós vamos manchar todas com esse sangue originário para mostrar que muito sangue foi derramado e que a história é realmente muito trágica. Vai ser um setor mais provocativo, também com essa intenção de provocar as pessoas para elas realmente entenderem por que nós estamos reclamando tanto, por que estamos querendo tanto que esse manto volte, para as pessoas sentirem o que isso representa. Nesse setor nós vamos trazer essa parte provocativa”.

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Setor 4: A volta do Manto Tupinambá para o Brasil
“É no quarto setor que nós vamos trazer esse retorno do manto, que é um manto que vai se estender. Vamos trazer um manto que vai trazer no seu bordo todos os outros objetos que não são objetos, que são levados e colocados como objetos, mas que para os originários não são objetos. Nós falamos sobre as maracas também, que estão fora. Trazemos, por exemplo, um escudo bororó que está na Europa e que tem uma grande representatividade para os bororós, as flautas do povo xingu, que também a maioria está fora. Esse manto vem a bordo trazendo muita coisa e além. Finalizamos com uma grande alegoria que vai celebrar esse manto que retornou, esse manto que veio da Dinamarca feito de penas de guará vermelho que é muito bonito, mas que por dentro dele carrega muitas coisas que não são bonitas. Esse manto traz muitas mensagens por trás e é isso que vamos trazer nesse último setor. Eu acho que a mensagem principal é que a volta do manto, por mais que seja física e importante, ele só vai voltar quando todo mundo aqui conhecer esse manto. É um pouquinho o que a Tucuruvi quer fazer e nós temos como maior objetivo. A volta física é a volta física. Tudo bem, ele veio para o Museu Nacional, é muito bacana, mas ele só vai voltar de fato quando todo mundo falar sobre ele, saber o que é e conhecer a sua origem, conhecer a história do país de verdade. Eu acho que esse manto tem o principal significado disso, vamos saber qual foi a história do nosso povo. Eu acho que é a maior missão do nosso desfile e é assim que nós encerramos, celebrando a volta dele, mas também ajudando a propagar essas vozes que têm muito a falar ainda e muito a lutar”.

Trabalho da direção é o trunfo para o carnaval de 2025

Dione Leite acredita que o trunfo do Tucuruvi para o carnaval de 2025 vem dos frutos colhidos desde o momento em que o diretor de carnaval Rodrigo Delduque passou a aplicar seu projeto de reformulação dos diferentes segmentos da escola. O artista exaltou o trabalho e explicou a forma de trabalhar do dirigente.

”Acho que em qualquer escola a resposta é sempre a comunidade. A comunidade é essencial, ela é primordial, é base de tudo isso, sem ela não se consegue fazer carnaval. Mas eu vou destacar um outro ponto que é um trabalho que é essa nova Tucuruvi, que nós já falamos muito disso. Essa nova Tucuruvi não foi uma semente jogada ontem, nasceu, que já é uma árvore frondosa, que é linda. É um trabalho de muitos anos do Rodrigo Delduque, que vem lá de trás, com um trabalho bem nos bastidores. São muitos anos de trabalho dele. Ele sempre foi da escola, mas quando ele consegue ir trabalhando nos bastidores, ele consegue ir reformulando os quesitos da escola aos poucos, baseando-se em qualidade técnica e em comportamental. O Rodrigo vem dos esportes coletivos, e hoje temos o reflexo disso. Nós estávamos conversando há pouco tempo que o Tucuruvi é a escola que no último carnaval apresentou uma qualidade técnica como a campeã do carnaval. A Mocidade Alegre, grande campeã do carnaval, merecidíssima, ficou ali com sete quesitos gabaritados e o Tucuruvi também ficou com sete quesitos gabaritados, igual a campeã do carnaval. O nosso sétimo lugar não reflete quem nós somos. Não quer dizer que nós somos campeões, não é sobre isso, mas é sobre também podermos reconhecer o trabalho que é feito dentro da casa e por quem é feito dentro da casa esse trabalho. Nós sabemos que fazer gestão no carnaval é uma coisa bem complexa. Tem que ter muito ânimo, tem que ter muita resiliência todos os dias, e isso o Rodrigo conseguiu fazer com maestria. Esse novo Tucuruvi, na realidade, é só o resultado de um trabalho de muito tempo do Rodrigo, e juntando todas essas peças com a chegada de todos os quesitos. Estou analisando nessa última década, vem uma coisinha de cada vez, foi acontecendo. Até a última chegada, que é a do Nicolas, nesse carnaval. Ele está sempre em movimento, o cara é filho de Exu, está sempre gerando caminho e por isso que a Tucuruvi aí está com caminhos bonitos. Mas como o Rodrigo fala, uma ótima colocação ou ganhar o carnaval é sobre você validar o seu trabalho, mas não é sobre o trabalho. Quando você fala sobre o trabalho, a parada é outra, que aí é onde ele embarca na piração e ele apoia. ‘Vamos lá, vamos apostar num carnaval diferente, vamos apostar num carnaval inovador, vamos apostar nisso e depois lá na frente nós vemos o que vai acontecer, mas agora é hora disso’. Aí ele vem com a técnica, nós entramos com a técnica, nos mantemos ali dentro do nosso cercadinho, tentando dar uma cara nova aí, dar um fôlego novo para a comunidade que é a parte mais importante da escola sempre”, afirmou.

Mensagem dos carnavalescos Dione Leite e Nícolas Gonçalves para a comunidade dos Acadêmicos do Tucuruvi

“Acreditem no que vocês cantam. Vamos realizar nosso sonho, vamos em busca do nosso manto de campeão. E acreditem também na mensagem, está sendo muito bonita a forma que vocês estão abraçando o enredo. Acreditem que o propósito é grande e que vamos conseguir realizar esse propósito”, disse Nícolas.

“Nós estamos a um passo muito pequeno. Está tão perto o carnaval, é tão amanhã, é tudo tão agora. Nós vivemos intensamente o barracão, vivemos intensamente a comunidade. É como o Rodrigo falou: ’está tão perto tudo, falta tão pouco’, e falta tão pouco também para fazermos um pouco mais. A escola tem cantado muito, tem dançado muito e não é só sobre cantar em um volume alto, é sobre cantar vibrando. A escola está vibrando, a escola está com chão. A escola está pesadona, a bateria da escola é pesada. Que esse povo do Tucuruvi, essa comunidade incrível, todos os quesitos, todos os setores, os departamentos da escola, possam estar muito concentrados até o dia do desfile. Focados, como o Rodrigo fala, não é hora de se distrair, não é hora de ficar olhando para o lado. É hora de mirar ali e só ir fazer aquilo que vem ensaiando. A escola está ensaiando, a escola está se preparando de verdade e a possibilidade é muito real de nós conseguirmos tocar no nosso manto, e nós vamos, até o último dia, lutar por isso”, concluiu Dione.

Ficha técnica
Enredo: “Assojaba – A busca pelo manto”
Alegorias: 4 carros + 2 tripés
Componentes: 2500
Alas: 19
Diretor de barracão: Roberto Miranda
Diretores de ateliê: Regiane Adriano e Diego Martins
Decoração de alegorias: Augusto Oliveira
Desenvolvimento de comissão de frente e composições: Léo Max Castro

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