Por Sérgio Firmino
O “Homo Universalis” Nelson Mattos, ou mais conhecido como Nelson Sargento, escreveu: samba agoniza, mas não morre/alguém sempre te socorre/antes do suspiro derradeiro.” De fato, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa- SECEC e sua secretária Danielle Barros, não se rendeu aos dois anos de epidemia do Coronavírus, com efeito, ajustou políticas públicas em ações seguras ao amparo de todos segmentos culturais do estado, no entanto, para o Carnaval do estado do Rio de Janeiro, traçou metas rígidas de socorro, à cadeia produtiva do Carnaval, na intenção de mitigar o flagelo deixado por um vírus, que mostrou o quanto nosso Planeta é frágil e finito.
O título deste artigo, remete a um universo misterioso, magicamente criativo, cultural, belíssimo, que é o segmento do Samba, da Escola de Samba e do Carnaval. Por maiores críticas que possam fazer aos governos e seus mandatários, no âmbito da Cultura, o governo do estado do Rio de Janeiro, não prevaricou, encontrou ações honestas, de gestão pública e financeiras, eficazes, técnicamente legítimas, para atenuar a dor de famílias inteiras, fazedoras de cultura no estado do Rio de Janeiro, sobretudo ao segmento da cadeia industrial e criativa cultural do Carnaval.
Com efeito, não se pode negar a presença desse poder, principalmente no ápice da pandemia do novo Coronavírus, que assombrou a todos. Sobretudo logo após ao Carnaval de 2020, ou até mesmo agora, no pós-pandemia, onde se faz necessário dar continuidade ao socorro, “não derradeiro”, no âmbito do Carnaval em todo o estado.
Com efeito, foi a Cultura que mitigou o sofrimento das pessoas presas em suas casas, por causa da pandemia. E foi através da Cultura que os fazedores de cultura do Carnaval, tiveram um alento por parte do governo do estado, precisamente através da Secretaria de Estado de Cultura.
Os números não mentem, são mais de R$ 42 milhões de reais investidos no Carnaval de todo o estado. Foram patrocinados, Escolas de Samba, Blocos, Bandas, Bois Pintadinhos, Grupos Bate-Bola e entraram também no ritmo do Carnaval as Folias de Reis, embora não configurem exatamente manifestações carnavalescas, foram contempladas com apoio financeiro, merecidamente.
São 414 Projetos em Editais para apresentações nas ruas de todo o estado. O equipamento Lei de Incentivo SECEC, contemplou 17 Projetos de cultura de Carnaval, foram mais de 40 Cidades fluminenses contempladas com as ações da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, que não apenas contribuiu financeiramente, mas também atendeu nos últimos 4 anos, mais de 1.600 pessoas do segmento do Carnaval na própria sede da SECEC, na Biblioteca Parque Estadual, entretanto, também virtualmente; informando, as vezes, ensinando sobre as diretrizes do uso do equipamento público, mesmo no período da pandemia.
E a SECEC não para por aqui, nos próximos dias, teremos notícia de mais um Edital do Carnaval, que beneficiará o segmento que se prepara para o Carnaval 2024.
O Carnaval deve ser encarado como mais uma fonte econômica de recursos para o estado, os números já foram pesquisados e compilados através de um trabalho brilhante do subsecretário municipal de desenvolvimento econômico inovação e simplificação Marcel Balassiano e a presidente da Fundação João Goulart Rafaela Bastos.
O Carnaval de Dados restringe-se tão somente à capital do Rio de Janeiro, no entanto, pode-se fazer uma reflexão sobre esses números do Carnaval para todo o estado. São movimentados bilhões de reais, somente aqui na capital, mesmo considerando o número de habitantes e tamanho dos outros 91 municípios, ações de gestão pública, municipal, poderiam ser comparados aos da capital no âmbito do Carnaval, por parte dessas cidades, cujos prefeitos, possuem prerrogativa legal constitucional, para a realização de eventos e outras iniciativas culturais em suas cidades, poderiam adequar seus orçamentos para os anos futuros, sobretudo para o investimento dos desfiles das Escolas de Samba.
O Carnaval não é uma manifestação cultural de origem brasileira, tampouco desfiles como das Escolas de Samba, entretanto, a enorme criatividade do povo brasileiro, conquistou respeitabilidade, ao desenvolver e trazer dos Morros da Cidade, essas preciosidades antropológicas, de definição e origem complexas de explicar.
De fato, turistas, brasileiros ou estrangeiros, aconchegam-se no estado do Rio de Janeiro, onde oferece no Carnaval, um rico sortimento de manifestações culturais: Escolas de Samba, Bois Pintadinhos, Jongos, Maculelê, Blocos de Enredo, Bandas, Grupos de Pagodes, ou seja, movimentos culturais que podem acontecer nos 91 municípios, assim como na capital.
Conclui-se que governos não produzem riquezas, entretanto, podem trabalhar políticas públicas eficazes, investindo recursos, onde a população terá e verá os resultados imediatamente.
Por essa e outras razões, há necessidade de se discutir o Carnaval do estado do Rio de Janeiro, dentro das diretrizes e objetivos orçamentários do estado, e incluir o Carnaval em política de gestão pública, assim como a Educação, Cultura, Saúde, Segurança Pública, por exemplo.
Através do Carnaval de Dados, aliás dados irrefutáveis, compilados em pesquisa pelo subsecretário municipal de desenvolvimento econômico inovação e simplificação Marcel Balassiano e Rafaela Bastos presidente da Fundação João Goulart, apontam os gráficos econômicos atingirem picos de circulação financeira em comparação com outros meses do ano sem Carnaval. Os números do Carnaval suscitam, investimento por parte do governo do estado. Portanto, ao inserir o Carnaval no orçamento do estado, garantirá retorno ativo e seguro. O carnaval é sobretudo rentável.
No entanto, o Carnaval não tem apenas retorno financeiro, líquido e certo, também pode capacitar jovens, adultos e idosos, com pouco investimento, produzirá trabalho, renda e receita para as Cidades.
O Carnaval é portanto, produto cultural, turístico, social, de inclusão, de sustentabilidade, e tudo isso foi criado pelo povo e deve ser entregue de alguma forma, de volta ao povo fluminense.
Sérgio Almeida Firmino
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Assessor Especial SECEC da Economia Criativa do Carnaval.
Presidente da Federação da Indústria Criativa Cultural do Carnaval do Estado do Rio de Janeiro.
Diretor Conselheiro do Instituto Cultural Cravo Albin.